quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Liturgia do dia - 20 de fevereiro de 2012

Terça-feira, 21 de Fevereiro de 2012.SANTO DO DIA: São Pedro Damião, Bispo e Doutor da Igreja; São Roberto Southwell, presbítero e mártir

Primeira Leitura: São Tiago 4,1-10
Leitura da Carta de São Tiago:
Caríssimos: 1De onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós? 2Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão está em que não pedis. 3Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres. 4Adúlteros, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Assim, todo aquele que pretende ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus. 5Ou julgais ser em vão que a Escritura diz: 'Com ciúme anela o espirito que nos habita'? 6Mas ele nos dá uma graça maior. Por isso, a Escritura diz: 'Deus resiste aos soberbos, mas concede a graça aos humildes'. 7Obedecei pois a Deus, mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. 8Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós. Purificai as mãos, ó pecadores, e santificai os corações, homens dúbios. 9Ficai tristes, vesti o luto e chorai. Transforme-se em luto o vosso riso, e a vossa alegria em desalento. 10Humilhai-vos diante do Senhor, e ele vos exaltará.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo 54
É por isso que eu digo na angústia: 'Quem me dera ter asas de pomba e voar para achar um descanso! Fugiria, então, para longe, e me iria esconder no deserto.
R: Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!
Acharia depressa um refúgio contra o vento, a procela, o tufão'. Ó Senhor, confundi as más línguas.
R: Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!
Dispersai-as, porque na cidade só se vê violência e discórdia! Dia e noite circundam seus muros.
R: Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!
Lança sobre o Senhor teus cuidados, porque ele há de ser teu sustento, e jamais ele irá permitir que o justo para sempre vacile!
R: Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 9,30-37

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:
Naquele tempo: 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galiléia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: 'O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará'. 32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: 'O que discutíeis pelo caminho?' 34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. 35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: 'Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!' 36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: 37'Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou'.

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Cardeal Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI]
Der Gott Jesu Christi (O Deus de Jesus Cristo)
«Quem receber um destes meninos em Meu
nome é a Mim que recebe»
É preciso lembrarmo-nos de que o título de nobreza teológica mais importante de Jesus é «Filho». Em que medida esta designação estava já linguisticamente prefigurada pela maneira como o próprio Jesus Se apresentou? [...] Não restam dúvidas de que ela é a tentativa de resumir, numa palavra, a impressão geral causada pela Sua vida; a orientação da Sua vida, a Sua raiz e o Seu ponto culminante tinham por nome «Abba» - Paizinho. Ele sabia que nunca estava só; e, até ao Seu último grito na cruz, esteve inteiramente virado para o Outro, para Aquele a Quem chamava Pai. Foi isto que tornou possível que por fim o Seu verdadeiro título de nobreza não fosse, nem «Rei», nem «Senhor», nem outros atributos de poder, mas uma palavra que também poderíamos traduzir por «Filho».
Podemos, portanto, dizer que, se a infância ocupa um lugar tão predominante na pregação de Jesus, é porque tem estreita ligação com o Seu mistério mais pessoal, a Sua filiação. A Sua mais alta dignidade, que nos leva à Sua divindade, não é, em última análise, um poder que Ele próprio possua; consiste no facto de estar voltado para o Outro - para Deus Pai. [...]
O homem quer tornar-se Deus (Cf Gn 3,5) e é nisso que se deve tornar. Mas sempre que, como no diálogo eterno com a serpente do Paraíso, tenta lá chegar livrando-se da tutela de Deus e da Sua criação, não se apoiando senão em si próprio, sempre que, numa palavra, se torna adulto, totalmente emancipado, e rejeita completamente a infância como estado de vida, desemboca no nada, porque se opõe à sua própria verdade, que é a dependência. Só conservando o que nele há de mais essencial à infância e à existência como filho, vivida antes de mais por Jesus, é que entra com o Filho na divindade.

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