sexta-feira, 30 de julho de 2021

Evangelho e reflexão do dia 30de julho de 2021

 Evangelho (Mt 13,54-58)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 54dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? 55Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs não moram conosco? Então de onde lhe vem tudo isso?” 57E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” 58E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.

— Palavra da Salvação.

HOMILIA

A fé é o melhor milagre que experimentamos a cada dia

“‘Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!’ E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé” (Mateus 13,57-58).

A verdade é esta: onde não há fé, não há milagres; onde não há fé, não se alcança graça; onde não há fé, não se alcança intimidade e proximidade com o Senhor. Porque a nossa relação com o Senhor acontece na fé, por isso, precisamos cuidar para sermos homens e mulheres de fé. Não basta sermos pessoas de igreja.

Jesus está na Sua própria terra, na sua própria casa, Ele está entre os Seus. Mas ali eram mais familiares, pessoas conhecidas, do que homens e mulheres que acreditaram e colocaram a sua fé e confiança n’Ele. É preciso dizer que, muitas vezes, mesmo estando na igreja, nós não experienciamos os milagres de Deus em nossa vida. E não confunda milagres com espetáculos, não confunda milagres com mágicas, não confunda milagres também com apenas você ver uma pessoa que está doente ficar boa.

Acontecem muitos milagres assim, mas o milagre é a graça da fé e da ação de Deus no meio de nós. Tocamos no milagre da Eucaristia todos os dias, mas tem pessoas que não veem e não tocam na graça. Tocamos no milagre da confissão e não vejo transformação melhor, maior e mais sublime do que uma alma repleta de pecados que se aproxima do sacramento da confissão e sai dali um novo homem, uma nova mulher, quando se faz uma confissão verdadeira e profunda.

A fé realiza os milagres de Deus para a transformação do mundo, da sociedade e da nossa família

Quantos milagres eu mesmo já presenciei no confessionário, quantas almas saíram de lá renovadas e curadas, porque é isso que realiza em nós. E se for falar de cada um dos sacramentos, eles são verdadeiros milagres em nossa vida.

A graça do sacramento do matrimônio é a união do homem e da mulher, onde Deus faz um milagre a cada dia em pessoas tão diferentes. Sem fé, o matrimônio é até realizado e consumado, mas ele não chega realmente a experimentar o milagre. O primeiro milagre de Jesus foi num casamento, se você não vê os milagres acontecerem no seu casamento é porque falta fé; se você não vê os milagres acontecendo nos seus filhos é porque eles não são alimentados na fé. Não vemos os milagres de Deus em nossa vida, porque não alimentamos a nossa fé.

Às vezes, estamos com uma obstinação na cabeça, estamos determinados a fazer até coisas que são erradas, estamos determinados, de repente, a nos vingarmos, a nos voltarmos contra essa ou aquela pessoa. Você está até determinado a acabar com seu casamento, está determinado a sair de casa. Quantas coisas já vi a pessoa determinada a fazer e o milagre acontecer, o milagre da luz da direção de Deus.

Nazaré, a terra que viu Jesus crescer, a terra talvez mais agraciada que nós tenhamos, porque foi ali que cresceu a graça de Deus viva no meio de nós, ela não pode contemplar os milagres, porque eles não tinham fé.

Nós, muitas vezes, estamos na igreja, estamos no caminho de Deus, estamos até falando de Deus, mas não estamos vivendo da fé, não estamos alimentando a nossa fé, não estamos nutrindo a nossa fé, não estamos realmente sendo movidos pela fé. Estamos na igreja porque estamos, estamos na igreja porque é um lugar que nos faz bem, estamos na igreja porque aliviamos nossa consciência. Não é para isso não!

Estamos na igreja porque precisamos estar, para crescer na fé, para sermos homens e mulheres de fé. Precisamos ser pessoas realmente de fé, porque a fé realiza os milagres de Deus para a transformação do mundo, da sociedade e da nossa família. É a fé que faz milagres e a fé é o maior milagre que podemos experimentar a cada dia.

Deus abençoe você!

terça-feira, 27 de julho de 2021

V Fórum Diocesano da Família: dias 6, 7 e 8 de agosto de 2021


 

Missa de Encerramento do Ano Letivo 2020/2021

A APC-CV, núcleo da Praia convida todos os seus membros para a sua Missa de Encerramento do Ano letivo 2020/2021 na Capela de Imaculada Conceição, neste sábado, 31 de julho, no Bairro Craveiro Lopes, às 17h00 e será celebrada pelo nosso Assistente Espiritual Rev. padre Alexandre Lopes.


 

Evangelho e reflexão do dia 27 de julho de 2021

 Santa e abençoada terça-feira para todos!!! «O Senhor falava com Moisés face a face»

 ORAÇÃO INICIAL 

Bom dia, Senhor. Quero deixar-Te entrar na minha vida. Aqui estou, de coração aberto, para escutar o que me queres dizer no dia de hoje. 

PALAVRA DE DEUS

 Vamos então escutar a leitura do Êxodo 33, 7-11 e 34, 5-9 Moisés pegou na tenda e armou-a fora do acampamento, a certa distância. Chamava-lhe a ‘Tenda da Reunião’. Quem desejasse consultar o Senhor devia ir à Tenda da Reunião, que estava fora do acampamento. Sempre que Moisés se dirigia para a Tenda, todo o povo se levantava; cada um ficava à entrada da sua própria tenda e seguia Moisés, com o olhar, até ele entrar na Tenda da Reunião. Quando Moisés entrava na Tenda, a coluna de nuvem descia e ficava à entrada e o Senhor falava com Moisés. E quando o povo via a coluna de nuvem deter-se à entrada da Tenda, toda a gente se levantava e se prostrava à porta da sua tenda. O Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com um amigo.

 PISTAS DE ORAÇÃO 

Moisés montou uma tenda fora do acampamento para se encontrar com Deus. Este ‘acampamento’ é a nossa vida. E, tal como Moisés, também nós precisamos de uma ‘tenda da reunião’ para nos encontrarmos com Deus. O Senhor está sempre presente nas nossas vidas, mas não Se impõe: tenho que ser eu a tomar a iniciativa de sair da minha bolha e de ir ao Seu encontro. Ele estará lá para me acolher. Já montastes a tua ‘Tenda da Reunião’? Onde vais para te encontrar com o Senhor?... Hoje, Ele convida-nos a recolher nem que sejam cinco minutos, para nos encontrarmos com Ele – Ele quer falar contigo ‘face a face’, como um amigo, como Moisés. 

 ORAÇÃO FINAL

 Senhor, entrego-te a minha vida! Ajudar-me a encontrar-Te mais no meu dia-a-dia e a ser capaz de me retirar para me encontrar Contigo. Amém

terça-feira, 20 de julho de 2021

COMUNICADO: Falecimento do membro da APC-CV do Núcleo da Praia

COMUNICADO: Falecimento do membro da APC-CV do Núcleo da Praia

 É com pesar que Associação dos Professores Católicos, Núcleo da Praia, comunica aos seus membros o desaparecimento físico da colega Filomena Tavares Ortet, mais conhecida por Mena do Bairro. O funeral realizou-se às 16:00 no Cemitério da Várzea, com saída às 15:00 do Salão Paroquial do Bairro. 

À família enlutada os nossos pêsames. 


 

Evangelho e reflexão do dia 20 de julho de 2021

 Santa e abençoada terça-feira para todos!!! «Quem é a Minha mãe e quem são os Meus irmãos?» 

ORAÇÃO INICIAL 

Bom dia, Jesus! Como estás? Agradeço-Te por estares em nós e connosco a cada momento. Bem hajas porque o Teu Amor é para todos, não existe ninguém que fique de fora, somos todos uma família, ainda que nem sempre consigamos reconhecer e viver dessa forma. Ajuda-nos a estar atentos a Ti e àquilo que nos queres dizer hoje, particularmente. 

PALAVRA DE DEUS

 Falas-nos no Evangelho de São Mateus 12, 46-50: 

Estava Ele ainda a falar à multidão, quando apareceram Sua mãe e Seus irmãos, que, do lado de fora, procuravam falar-Lhe. Disse-Lhe alguém: «A Tua mãe e os teus irmãos estão lá fora e querem falar-Te.» Jesus respondeu ao que Lhe falara: «Quem é a Minha mãe e quem são os Meus irmãos?» E, indicando com a mão os discípulos, acrescentou: «Aí estão Minha mãe e Meus irmãos; pois, todo aquele que fizer a vontade de Meu Pai que está no Céu, esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe.» 

 PISTAS

 Ao princípio, esta leitura pareceu-me invulgar, contrastante, excêntrica face ao ser/fazer de Jesus. Quando alguém pede algo a Jesus, normalmente, existe sempre uma disponibilidade da Sua parte de ir ao encontro de todos, de dialogar sempre. Porque é que nesta situação não foi assim? Coloquemo-nos no contexto em que Jesus se encontrava. Esta apresentação, da Sua mãe e irmãos, como terá ressoado em Jesus? Será que os de casa queriam tratamento especial? Jesus pretenderia continuar a falar à multidão? Teria apenas a intenção que os de casa se juntassem à multidão ou também que a multidão se juntasse aos de casa? Ninguém está de fora, todos são uma família. Os pais e irmãos são aqueles que fazem a vontade do Pai, que procuram amar, saindo de si e acolhendo os outros, sem distinção nem julgamentos. Por vezes, acontece-nos algo semelhante, quando estamos em casa ou fora, e todos querem falar connosco naquele segundo, querem pedir algo diferente, mas só conseguimos dar atenção a um de cada vez. No entanto, não atendemos à ordem, porque é difícil avaliar quem falou primeiro e gera-se uma grande confusão. Ninguém quer esperar porque considera que o seu pedido é mais importante. Nestas alturas, especialmente com os que nos são próximos, é preciso esclarecer que não há preferências. No caso concreto das minhas filhas, que são amadas igualmente. No fundo, todos somos carentes. Muitas vezes, também somos aqueles que querem atenção. Creio que Jesus também pede que nos abramos, que alarguemos o nosso conceito de família. Realmente tenho a agradecer pois tenho outros irmãos, não de sangue, com quem experimento uma amizade. E Jesus continua a chamar-nos a uma maior abertura.

 ORAÇÃO FINAL

 Do fundo do coração, agradeço-Te, Pai, porque todos somos verdadeiramente amados e especiais para Ti. Ensina-nos a deixar-nos amar e a amar de verdade. É bom reconhecer, Jesus, a tua imensa liberdade para falar e explicar a fraternidade. A procurar tornar possível a inclusão e o desenvolvimento de todos. Ámen!!!

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Evangelho e reflexão do dia 19 de julho de 2021

 Santa e abençoada segunda-feira para todos!!! «Mestre, queremos ver um sinal da tua parte» 

ORAÇÃO INICIAL

 Neste mês em que celebramos Santo Inácio de Loyola, rezemos juntos a sua Oração: Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, a minha memória, o meu entendimento e toda a minha vontade, tudo o que tenho e possuo; Vós mo destes, a Vós, Senhor, o restituo. Tudo é vosso, disponde de tudo, à vossa inteira vontade. Dai-me o vosso amor e graça, que esta me basta.

 PALAVRA DE DEUS 

Hoje escutamos o Evangelho de São Mateus 12, 38-42: 

Naquele tempo, alguns escribas e fariseus disseram a Jesus: «Mestre, queremos ver um sinal da tua parte». Mas Jesus respondeu-lhes: «Esta geração perversa e infiel pretende um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas. Assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim o Filho do homem estará três dias e três noites no seio da terra. No dia do Juízo, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência quando Jonas pregou; e aqui está quem é maior do que Jonas. No dia do Juízo, a rainha do Sul erguer-se-á com esta geração e há-de condená-la, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão». Palavra da salvação. 

 PISTAS DE ORAÇÃO

 Jesus Cristo morreu por cada um de nós e ainda pedimos um sinal ao Senhor, ainda reclamamos, ainda dizemos que Deus se esqueceu de nós. Somos, de facto, apenas homens e mulheres, pequenos e frágeis, neste caminho que é a vida. Devemos humildemente reconhecer essa condição e pedir que o Espírito Santo nos ilumine e acenda em nós a fidelidade para com o nosso Deus que é eterno e que nos deu o maior sinal que poderíamos ter. Poderemos assim, cheios de amor, aspirar a “ser sinal” para as outras pessoas, para os nossos irmãos. É talvez esse um dos nossos propósitos nesta jornada. Dá-nos, Senhor, a graça de sermos fortes e firmes na fé, na esperança e na confiança em Vós para que possamos ser verdadeiros apóstolos e missionários, vivendo na íntegra a nossa missão! 

ORAÇÃO FINAL 

 Ó Senhor, que difícil é falar quando choramos, quando a alma não tem força, quando não podemos ver a beleza que tu entregas em cada amanhecer. Ó Senhor, dá-me forças para poder encontrar-te e ver-te em cada gesto, em cada coisa desta terra que Tu desenhaste só para mim. Ó Senhor, sim, eu preciso da tua mão, do abraço deste amigo que não está. Dá-me luz, à minha alma tão cansada, que num sonho eu queria acordar. Ó Senhor, hoje quero entregar-te o meu canto com a música que sinto eu queria transmitir através destas palavras fico mais perto de ti. Amém!!!

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Reflexão do 16º Domingo do Tempo Comum - Ano B - 18/07/2021

  Ovelhas sem Pastor

 A Liturgia de hoje nos convida a celebrar a fé em Jesus, que tem COMPAIXÃO das ovelhas sem Pastor...

 Na 1a Leitura, Jeremias denuncia os pastores indignos, que usam o "rebanho" para satisfazer os seus próprios projetos pessoais e anuncia que o próprio Deus vai tomar conta do seu "rebanho", assegurando-lhe  a vida em abundância, a paz, a tranquilidade e a salvação. (Jr 23,1-6)

 A 2ª Leitura nos afirma que Jesus derrubou todas as barreiras que separavam os homens e os reuniu num só povo, num só rebanho (Ef 2,13-18)

 O Evangelho revela quem é o Pastor prometido: Jesus de Nazaré. (Mc 6, 30-34).

O texto nos apresenta DUAS CENAS em que Jesus atua com misericórdia e solicitude de um Pastor: Jesus acolhe os Discípulos e acolhe o Povo.

 1) Jesus é PASTOR DE SEUS DISCÍPULOS:

Na volta da missão, do seu "estágio pastoral", os Apóstolos reúnem-se com Jesus como ovelhas ao redor do Pastor e contam com alegria e entusiasmo as maravilhas realizadas... 

- Cristo escuta-os com interesse e, depois, mostra-lhes a necessidade de uma parada para o descanso e para uma interiorização. Por isso, convida-os a um lugar deserto. Jesus é para os discípulos Mestre e Pastor...

 O texto é uma Catequese sobre o discipulado. Jesus forma seus discípulos:

- Envolve os discípulos na missão e leva-os a um lugar mais tranquilo    para poder descansar e fazer uma revisão.  Preocupa-se do seu alimento e do seu descanso, porque a obra da missão era tal que não havia tempo para comer.

- Indica que anunciar a Boa Nova de Jesus não é só uma questão de doutrina, mas antes de acolhida, de bondade, de ternura, de disponibilidade, de revelação do amor do Pai.

* O Agente de Pastoral também muitas vezes se sente cansado e precisa do aconchego e da ternura do Bom Pastor.  Precisa de DESERTO, de silêncio e de oração, para avaliar as motivações de sua atividade. Caso contrário, torna-se um funcionário do sagrado, que não mostra ao mundo o rosto compassivo do Pai. Jesus desaprova o ativismo exagerado que destrói as forças do corpo e do espírito e leva, muitas vezes, a perder o sentido da Missão.

 - Quais os Inimigos do nosso tempo de Deserto? (o trabalho... atividades sociais e religiosas... a política?...)

- Quais as consequências?  Esquecemos o cultivo pessoal... a família (filhos, esposa, marido), os amigos (solidão)... a religião...

2) Jesus é PASTOR DO POVO SOFREDOR.

- O Povo cansado e oprimido busca em Jesus acolhida e proteção.

- E Jesus: "teve compaixão...": "pareciam ovelhas sem pastor..."  Renunciou ao breve descanso programado: "E voltou a ensinar..."Jesus é o Pastor do seu povo, porque o alimenta com a sua palavra e o nutre com o evangelho da esperança. Alimenta-o com a palavra do conforto, do encorajamento, o pão do amor, da ternura, da atenção. Ele cuida de suas feridas, alivia suas dores, devolve-lhe a dignidade perdida ou roubada. Reacende nele a alegria e a esperança de viver.

 * Esse traço da personalidade de Jesus é um desfio para a Igreja e os seus ministros, para que não sejam burocratas do sagrado, mas irradiadores da compaixão do Pai diante das multidões, que ainda hoje continuam como "ovelhas sem pastor".

 + Quem são os Pastores hoje?

Pastores são todas as pessoas que têm responsabilidades na família, na escola, na catequese, nas pastorais, na sociedade... Todos nós, discípulos missionários de Cristo, somos ungidos como pastores. Movidos por sentimentos de misericórdia e compaixão, somos chamados a reproduzir em nós os traços de Jesus, o bom Pastor… Jesus tem compaixão e acolhe as pessoas, revelando o amor e a misericórdia de Deus; O Bom Pastor conhece pelo nome, escuta... conduz para Cristo, para Deus.

 - A Igreja, deve oferecer a tantas pessoas cansadas e oprimidas, que parecem ovelhas sem pastor, um espaço de repouso e de paz, através da experiência da oração profunda e da liturgia viva. Ao mesmo tempo, à imagem de Cristo, deve agir com misericórdia e compaixão diante da miséria humana. 

  • à quais as atividades exageradas que nos impedem momentos de deserto:  Para nós... para a família... para os amigos... para a comunidade?
  • à Quem são as ovelhas sem Pastor? A esposa, o marido, os filhos, os catequizandos, os alunos...
  • à Que significa concretamente para nós hoje: "ter compaixão"?

 Jeremias dizia aos homens do seu tempo: "Ai dos pastores que deixam o rebanho se perder..." A palavra de Jeremias é válida para todos os tempos e também para nós, pois é a palavra do próprio Deus.

- Um dia preferimos ouvir: "Ai dos pastores que deixaram o rebanho morrer?" ou felizes os pastores que salvaram o meu rebanho? 

                                            Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 18.07.2021

Fonte: http://www.buscandonovasaguas.com/ 

Liturgia e reflexão do dia 16 de julho de 2021

 Santa e abençoada Sexta-feira para todos!!! “Eu quero misericórdia e não sacrifício” 

ORAÇÃO INICIAL

 Bom dia, Pai! No final desta semana, queremos agradecer que desejes que tenhamos vida em abundância e que nos procures sempre. Que saibamos viver mais este dia como uma possibilidade, nesta vida que nos deste e estamos a construir, neste tempo de pandemia mas já, também, de reconstrução e de esperança.

 PALAVRA DE DEUS

 Hoje, somos convidados a olhar um episódio da vida de Jesus em Mt.12, 1-8:

 Naquele tempo, Jesus passou através das searas em dia de sábado e os discípulos, sentindo fome, começaram a apanhar e a comer espigas. Os fariseus viram e disseram a Jesus: «Vê como os teus discípulos estão a fazer o que não é permitido ao sábado». Jesus respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros sentiram fome? Entrou na casa de Deus e comeu dos pães da proposição, que não era permitido comer, nem a ele nem aos seus companheiros, mas somente aos sacerdotes. Também não lestes na Lei que, ao sábado, no templo, os sacerdotes violam o repouso sabático e ficam isentos de culpa? Eu vos digo que está aqui alguém que é maior que o templo. Se soubésseis o que significa: ‘Eu quero misericórdia e não sacrifício’, não condenaríeis os que não têm culpa. Porque o Filho do homem é Senhor do sábado». 

PISTAS 

Creio que nesta leitura Jesus nos chama a saber ler as situações com largueza de espírito e não na sua literalidade. Podemos ter razão formal em certas situações, mas estar a escapar-nos o essencial: a empatia com a outra pessoa; e o entender a razão porque age de determinada forma, que não é, necessariamente, a de querer “quebrar uma regra” ou provocar o mal a outros. Isto pode passar-se com um familiar, com um filho adolescente, um amigo, ou um colega. Somos muito rápidos a julgar e a achar que determinada pessoa faz algo com que não concordamos “por não querer saber dos outros” ou por outro motivo qualquer. Isto não significa que não tenhamos de ajuizar certas situações, mas sim perguntar-nos se estamos a ver bem a realidade e a não ser simplistas. A realidade nesta leitura é que os discípulos “sentiram fome” e não que queriam quebrar o sábado. Jesus lembra-nos aqui uma leitura de Oseias: “Eu quero misericórdia e não sacrifício”. Sempre que nos pomos a julgar depressa demais, o Senhor lembra-nos isto – mais do que cumprir muitas coisas, somos chamados a amar com um coração de misericórdia, que ama a miséria, a dificuldade, ou a necessidade do outro, que o acolhe para que possa levantar-se. Nos tempos atuais, os cristãos são muitas vezes referidos como sendo “quadrados” e insensíveis. Em alguns casos, pode ser injusto, mas noutros acontece que caímos na exigência fria e não estendemos a mão, não damos sinais de querer compreender o outro. Noutra perspetiva, este convite de Jesus tem passado, por exemplo, na minha situação de teletrabalho, por saber concluir o trabalho e dar atenção aos meus filhos que chegaram a casa, ou à minha mulher, por ser mais importante isso do que responder a uma exigência de trabalho fora de horas. Por fim, um pormenor desta leitura: será que os discípulos comeram as espigas por estarem na presença de Jesus, e sentirem que Ele os apoiaria? Por vezes, precisamos de sentir que Jesus está connosco para tomar atitudes que são necessárias, mas que podem ser alvo de crítica de outros. Peçamos hoje ao Senhor que nos acompanhe e ajude a ser fortes nas situações em que temos de nos definir, de dar um passo em frente. 

ORAÇÃO FINAL

 Jesus, Senhor e amigo, hoje quero ter presentes no meu dia estas Tuas palavras: “Eu quero misericórdia e não sacrifício”. Que seja esta a marca do meu dia, que me ocupe mais em amar do que em cumprir. Amém!!!

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Liturgia e reflexão do dia 15 de julho de 2021

 Santa e abençoada quinta-feira para todos!!! «Sou manso e humilde de coração» 

ORAÇÃO INICIAL

 Senhor… Como estás? Passaste bem? Gostaria tanto de Te ouvir, de escutar tudo o que acontece Contigo e com os meus irmãos. Hoje, quero estar junto de Ti, como a nossa Mãe, e ser capaz de Te reconhecer, de Te cantar um cântico novo (Sal 33,3). Sei muito bem que Tu tens sobre mim um olhar renovado. Obrigada por tudo o que me dás. 

PALAVRA DE DEUS 

Rezamos Mateus 11, 28-30. «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e a Minha carga é leve». 

PISTAS DE ORAÇÃO 

Quanta ternura e preocupação encontro nestas palavras! Tentei ver como é que Tu estás e és Tu quem está preocupado connosco. Exclamas o desejo mais profundo que há no Teu coração num convite que é surpreendente: chamas a encontrarem-se Contigo os cansados, os oprimidos por uma vida difícil, pessoas com tantas necessidades, os que se sentem ultrapassados por situações difíceis; os que sentimos tanto ‘stress’, que até sofremos ataques de pânico, de ira ou de tristeza. Chamas todos, até aqueles que já perderam o sentido para trabalhar, para estudar, para acreditar, para continuar a orar, para crer e esperar. E, no meio de tudo isto, ofereces uma promessa: “Eu vos aliviarei”. Prometes que, em Ti, encontraremos repouso e alívio. O Teu convite é dirigido de forma imperativa: «Vinde a mim», «Tomai o Meu jugo», «Aprendei de Mim». “Vinde a Mim!” – “Quem te criou sem ti, não te salvará sem ti” (Santo Agostinho). Não podemos ficar só à espera que o Senhor faça: precisamos pôr-nos de pé, levantarmo-nos, deixar o nosso cantinho; caminhar, olhar para o alto, falar, não guardar as coisas dentro de nós, deixar de engolir tanta coisa; atrevermo-nos a descobrir que Jesus orienta o nosso caminho. É Ele esse caminho que nos vai conduzir à verdade, à vida, à alegria e à paz que tanto esperamos e desejamos. “Tomai o Meu jugo!” – Eu sei, Senhor, que não estás a querer impor-me nada; mas é certo que estás a propor-me tomar o Teu jugo, ou seja, acreditar em Ti, confiar em Ti, nas Tuas palavras, na Tua forma de pensar, de agir, de sentir, de olhar sobre a vida, sobre as situações que vivemos. Tomar o Teu jugo é atrever-me a ir mais longe. “Aprendei de Mim!” – Jesus, que imperativo é este? Aprender de Ti… Não queres obrigar-me a nada: queres que aprenda, que descubra, que experimente. Aprender implica abertura, mas também correspondência, diálogo, pergunta, interpelação. Quando queres que aprenda de Ti estás a convidar-me a ser criativo e participativo neste caminho. 

 ORAÇÃO FINAL

 Jesus, peço-Te: dá-me um coração como o das crianças – simples, aberto, confiante. E capacita a minha mente para se deixar surpreender por Ti! Amém

segunda-feira, 12 de julho de 2021

quinta-feira, 8 de julho de 2021

EVANGELHO E REFLEXÃO DO DIA 8 de julho de 2021

 Santa e abençoada quinta-feira para todos!!! «Recebestes de graça; dai de graça» 

 ORAÇÃO INICIAL

 Meu Senhor e Meu Deus! Sou reconhecida por Te ter gratuitamente! Nada fiz para o merecer! Que este bocadinho na Tua companhia constitua parte da minha gratidão! 

 PALAVRA DE DEUS

Hoje, a conversa emerge do Evangelho de Mateus 10, 7-15: 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça. Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador merece o seu sustento. Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar. Ao entrardes na casa, saudai-a, e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa ou dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do Juízo, para a terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade».

 PISTAS DE ORAÇÃO 

Hoje, és claramente Tu, Senhor, quem me dá pistas a mim! Durante algum tempo acolhi o imperativo que atravessa toda esta Tua conversa como uma ordem, e coloquei a tónica no “Ide e proclamai”. Agora, olhando o contexto e a realidade que vivo, o meu entendimento abriu-se ao que creio ser o centro. O que me dizes é que curar, ressuscitar, sarar e expulsar são em si mesmo a proclamação do amor! E é muito belo, Senhor! Só o amor cura o meu coração atrofiado; só o amor ressuscita dos túmulos onde insisto permanecer; só o amor sara e limpa as feridas existenciais que transporto; só o amor tem força para lutar, vencer e expulsar tantos inquilinos interiores que me habitam! E é na medida em que creio na força do amor, e me deixo transformar por ele, que Te dou a conhecer, Senhor, tão próximo, tão íntimo de cada um de nós! O imperativo, a súplica que neste dia me fazes é simplesmente para não me perder em acessórios mas para dar o que antecipadamente recebi de Ti porque se não o faço não sou coerente com a minha própria natureza: ser Tua filha. 

ORAÇÃO FINAL 

Meu Senhor, que impere em mim o Teu jeito, a Tua forma de ser e de estar, a Tua graça, para que em tudo e em todos eu possa estar focada no amor gratuito, nesse Amor que me ofereces em cada segundo de vida! Ámen!!!

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Evangelho e reflexão do dia 1 de julho de 2021

 Santa e abençoada quinta-feira para todos!!!

 “Ensina-nos, Senhor, a trilhar o caminho da compaixão." 

ORAÇÃO INICIAL

 Bom dia, Pai, Jesus e Espírito de Amor. Façam-me consciente da Vossa presença em mim e em toda a vida que me rodeia. Que eu me possa abrir ao que, hoje, têm para me dizer. 

PALAVRA DE DEUS

 Disponho-me a escutar-Vos através do Evangelho de Mateus 9, 1-8 

Naquele tempo, Jesus subiu para um barco, atravessou o mar e foi para a cidade de Cafarnaum. Apresentaram-Lhe então um paralítico que jazia numa enxerga. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados». Alguns escribas disseram para consigo: «Este homem está a blasfemar». Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: «Porque pensais mal em vossos corações? Na verdade, que é mais fácil: dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’? Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, ‘Levanta-te – disse Ele ao paralítico – toma a tua enxerga e vai para casa’. O homem levantou-se e foi para casa. Ao ver isto, a multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens.

 PISTAS 

Sabes, Jesus, curiosamente, é a palavra – ou a ideia de – “poder” que hoje me fica a ressoar desta leitura. Em primeiro lugar, o poder da fé. É a fé das pessoas de Cafarnaum que as leva a apresentar-Te aquele paralítico, é a fé dessas pessoas que Te (co)move para o ajudar. Nem sequer é dito nada sobre a fé do próprio homem. Por outro lado, o poder do julgamento. Os escribas, julgam-Te, Jesus, tal como deviam julgar o paralítico, considerando-o impuro, indigno, deixando-o sem oportunidades. E por último o “poder dado aos homens”. Deixas claro, Jesus, que temos mesmo, nas nossas mãos, o poder de julgar ou de, pela fé, salvar! Temos o poder de manter outros paralíticos ou de os “libertar”. Obrigado, Jesus, por, mais uma vez, não ficares preso ao julgamento dos outros, por não deixares que seja esse julgamento determinar o Teu sentir e o Teu agir. Ao invés disso, focas-Te no essencial: na Tua identidade de filho amado, que também reconheces em qualquer homem, independentemente da sua aparência, comportamento ou história. (Talvez não seja por acaso que tratas o paralítico por “Filho”!) E é esse amor incondicional que vence a paralisia. Qualquer paralisia! Jesus, Tu conheces a situação de tensão familiar que vivi e que me tem deixado, literalmente, “paralisado”. Peço-Te que continues a guiar o meu discernimento, sem julgar e sem ficar preso ao julgamento dos outros. Aumenta minha fé, para olhar com amor, abertura e esperança aquilo que, por vezes, me parece “não ter pernas para andar”. Dá-me criatividade e determinação no agir. 

ORAÇÃO FINAL 

Pai, Jesus, que moram em mim através do Espirito de Amor que derramam continuamente derramam no meu coração, ajudem-me a fazer minhas estas palavras do Cardeal Tolentino de Mendonça: “Ensina-nos, Senhor, a trilhar o caminho da compaixão. Ensina-nos a julgar menos e a sintonizar mais com a dor escondida em cada pessoa. Ensina- nos a catalogar menos e a compreender mais, como Tu o fazes sem cessar. A desistir menos e a abraçar sem reservas, como é o Teu jeito, Senhor.” Amém!