sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dia Mundial de Luta contra a SIDA No primeiro de Dezembro comemora-se o dia mundial de luta contra a sida. Aproveito para enviar um abraço de solidariedade da APC para todos os doentes de sida e portadores do vírus HIV do nosso país e do mundo inteiro. Encorajá-los a enfrentarem a doença com coragem e determinação e sobretudo que nunca percam a vontade de viver e de fazer os outros viver. Ter sempre presente que Deus em nenhum momento abandona os seus filhos e que ele é misericordioso. Aproveito também a data para apelar a todos os cabo-verdianos, homens e mulheres, velhos e novos, para que unamos as forças na luta contra a sida. Doença grave mas que pode ser evitada com comportamentos responsáveis, principalmente de parceiros sexuais e profissionais de saúde. Num dos artigos do boletim nº2, “O Barco é Nosso” tinha dito que “sida é ka rasista, sima é ka ta púrdua,”volto a afirmar isso de novo porque noto diariamente que há pessoas que talvez pensem que estão imunes dessa doença. Que ela existe apenas para os outros ou que ela perdoa uns e castiga outros. Brincam com a sua prevenção e com a dos outros, chegando, às vezes, ao cúmulo de passar mensagens erradas e inadequadas quanto aos meios da prevenção dessa doença. Nos últimos anos, o dia primeiro de Dezembro tem-me marcado muito, como educadora e como mãe. Tenho acompanhado com muita atenção as actividades realizadas para a comemoração dessa data. Umas plausíveis mas outras, a meu ver, pouco pedagógicas e até algumas uma autêntica violação aos princípios morais e educacionais. É o caso da distribuição de camisinhas aos adolescentes, às vezes até, nas escolas. Será que já pensamos seriamente nas consequências dos nossos actos, como educadores? Neste dia mundial de luta contra a sida gostaria de deixar mais uma pergunta de reflexão: depois de vários anos de publicidade de camisinha no nosso país, já se fez um inquérito junto dos infectados para avaliar a eficácia desse meio de prevenção contra a sida, mais divulgado no país? Na prevenção da gravidez precoce a “eficácia” é bem visível nas nossas escolas. Ou será que é essa mesma eficácia que queremos em relação a sida, doença tão grave. As consequências não se comparam. Longe de mim pensar que o uso de camisinha não ajuda, mas com a vida deve-se pautar, sempre que possível, pelo seguro. Na minha opinião, devemos ser sinceros e honestos, publicitando um pouco mais, os métodos mais seguros, como a abstinência e a fidelidade, para que os nossos jovens se sintam também estimulados a prevenir-se seguramente contra essa doença que tem diminuído o sorriso de muitas famílias no mundo inteiro. A vida é muito preciosa ela merece todo o sacrifício, ao nosso alcance, para preservá-la. Por isso escolhamos todos “VIVER MAIS E MELHOR” prevenindo seguramente contra a sida. Que o dia primeiro de Dezembro seja vivido durante os trezentos e sessenta e cinco dias do ano. FÁTIMA SANCHES