terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vê Tratamento da acne

Título: Tratamento da acne
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Comentário do Evangelho do dia 27 de Novembro de 2011


Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Aelredo de Rievaulx
(1110-1167), monge cisterciense - Sermão para o Advento
A vinda do Senhor
Eis que chegou para nós, irmãos muito caros, o tempo em que devemos «cantar o amor e a justiça; para ti, Senhor» (Sl 100,1). É o advento do Senhor, a vinda do Mestre todo-poderoso, d'Aquele que é, que era e que há-de vir (Ap 1,8). Mas como e onde há-de vir; como e onde vem? Não disse Ele: «Porventura não sou Eu que encho o céu e a terra?» (Jr 23,24) Como virá então ao céu e à terra Aquele que enche o céu e a terra? Escuta o Evangelho: «Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não O reconheceu». (Jo 1,10). Ele estava, pois, simultaneamente presente e ausente; presente pois estava no mundo; ausente porque o mundo não O conheceu. [...] Como não estaria distante Aquele que não era reconhecido, em Quem não se acreditava, que não era venerado, que não era amado? [...]
Ele vem, pois, para conhecermos Aquele que não foi reconhecido; para acreditarmos n'Aquele em Quem não se acreditava; para venerarmos Aquele que não foi venerado; para amarmos Aquele que não era amado. Aquele que estava presente pela Sua natureza vem na Sua misericórdia. [...] Pensai um pouco em Deus e vede o que representa para Ele abdicar de tão grande poderio, como Se humilha tão grande poder, como Se fragiliza tão grande força, como Se torna insensata tão grande sabedoria. Será por dever de justiça para com o homem? Certamente que não! [...]
Na verdade, Senhor, não foi minha justiça, mas a Tua misericórdia, que Te guiou; não foi a Tua indigência, mas a minha necessidade. Efectivamente, Tu disseste: «a Sua fidelidade é eterna como o céu» (Sl 88,3). E assim é, porque a miséria abundava sobre a terra. Eis porque «cantarei, Senhor, a misericórdia» que manifestaste aquando da Tua vinda. [...] Quando Te mostraste humilde na Tua humanidade, poderoso nos Teus milagres, forte contra a tirania dos demónios, indulgente no acolhimento dos pecadores, tudo isso proveio da Tua profunda bondade. Eis porque «cantarei, Senhor, a misericórdia» que manifestaste aquando da Tua primeira vinda. E merecidamente, pois «Senhor, a terra está cheia da Tua bondade» (Sl 118,64)
Fonte: http://arautos.org/ 

LITURGIA DO 1º DOMINGO DO ADVENTO - ANO B

Domingo, 27 de Novembro de 2011.
SANTO DO DIA: Santo Eusício, monge; Beato Bronislau Kostkowski, mártir
Primeira Leitura: Isaías 63,16b-17.19b;64,2b-7
Leitura do Livro do Profeta Isaías:
16bSenhor, tu és nosso Pai, nosso redentor; eterno é o teu nome. 17Como nos deixaste andar longe de teus caminhos e endureceste nossos coraçðes para não termos o teu temor? Por amor de teus servos,das tribos de tua herança, volta atrás. 19bAh! se rompesses os céus e descesses! As montanhas se desmanchariam diante de ti. 64,2bDesceste, pois, e as montanhas se derreteram diante de ti. 3Nunca se ouviu dizer nem chegou aos ouvidos de ninguém, jamais olhos viram que um Deus, exceto tu, tenha feito tanto pelos que nele esperam. 4Vens ao encontro de quem pratica a justiça com alegria, de quem se lembra de ti em teus caminhos. Tu te irritaste, porque nós pecamos; é nos caminhos de outrora que seremos salvos. 5Todos nós nos tornamos imundície, e todas as nossas boas obras são como um pano sujo; murchamos todos como folhas, e nossas maldades empurram-nos como o vento. 6Não há quem invoque teu nome, quem se levante para encontrar-se contigo, escondeste de nós tua face e nos entregaste à mercê da nossa maldade. 7Assim mesmo, Senhor, tu és nosso pai, nós somos barro; tu, nosso oleiro, e nós todos, obra de tuas mãos.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Segunda Leitura: Primeira carta aos Coríntios 1,3-9
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 3Para vós, graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 4Dou graças a Deus sempre a vosso respeito, por causa da graça que Deus vos concedeu em Cristo Jesus: 5Nele fostes enriquecidos em tudo, em toda palavra e em todo conhecimento, 6à medida que o testemunho sobre Cristo se confirmou entre vós. 7Assim, não tendes falta de nenhum dom, vós que aguardais a revelação do Senhor nosso, Jesus Cristo. 8É ele também que vos dará perseverança em vosso procedimento irrepreensível, até ao fim, até ao dia de nosso Senhor, Jesus Cristo. 9Deus é fiel; por ele fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo: Is 79
Ao Pastor de Israel, prestai ouvidos. Vós que sobre os querubins vos assentais, aparecei cheio de glória e esplendor! Despertai vosso poder, ó nosso Deus e vinde logo nos trazer a salvação!
R: Iluminai a vossa face sobre nós, convertei-nos, para que sejamos salvos!
Voltai-vos para nós, Deus do universo! Olhai dos altos céus e observai. Visitai a vossa vinha e protegei-a! Foi a vossa mão direita que a plantou; protegei-a, e ao rebento que firmastes!
R: Iluminai a vossa face sobre nós, convertei-nos, para que sejamos salvos!
Pousai a mão por sobre o vosso Protegido, o filho do homem que escolhestes para vós! E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus! Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome!
R: Iluminai a vossa face sobre nós, convertei-nos, para que sejamos salvos!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 13,33-37
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 33Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento. 34É como um homem que, ao partir para o estrangeiro, deixou sua casa sob a responsabilidade de seus empregados, distribuindo a cada um sua tarefa. E mandou o porteiro ficar vigiando. 35Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. 36Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo. 37O que vos digo, digo a todos: Vigiai!'

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor.
 Fonte: http://arautos.org/ 

Vê Porque não deve beber álcool durante a gravidez

Título: Porque não deve beber álcool durante a gravidez
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Liturgia do dia - 24 de novembro de 2011

Primeira Leitura: Daniel 6,12-28


Leitura da Profecia de Daniel:

Naqueles dias: 12Aproximaram-se, pois, aqueles homens e encontraram Daniel orando e fazendo preces a seu Deus. 13Foram ter com o rei e falaram a propósito do decreto: 'Ó rei, acaso não assinaste um decreto segundo o qual toda pessoa que, nos próximos trinta dias, diria oração a qualquer divindade ou homem que não sejas tu, ó rei, seria atirada na cova dos leões?' O rei respondeu: 'O que dizeis, é verdade, como manda a lei dos medos e persas, e que não se pode violar.' 14Então eles disseram perante o rei: 'Daniel, um dos cativos de Judá, não fez caso de ti, ó rei, nem do decreto que assinaste, mas três vezes por dia ele faz suas preces e orações.' 15Ao ouvir isto, o rei ficou muito desapontado, e tomou a resolução de salvar Daniel, empenhando-se em libertá-lo antes do pôr-do-sol. 16Mas aqueles homens instaram com o rei e disseram: 'Não te esqueças, ó rei, de que é lei dos medos e persas que não se pode mudar nenhum decreto que o rei tenha promulgado.' 17Então o rei deu ordem para buscar Daniel e lançá-lo na cova dos leões. E disse a ele: 'O teu Deus, a quem prestas culto com perseverança, haverá de salvar-te.' 18Trouxeram uma pedra e colocaram-na sobre a boca da cova, que o rei marcou com seu anel e os dos grandes da corte, para que nada se tentasse contra Daniel. 19O rei retirou-se para o palácio e foi dormir sem cear, e não quis que lhe trouxessem comida; além disso, não conseguiu conciliar o sono. 20Ao raiar do dia, levantou-se o rei e foi apressadamente à cova dos leões; 21aproximando-se da cova, chamou por Daniel com voz aflita, e disse: 'Daniel, servo do Deus vivo, teu Deus, a quem prestas culto com perseverança, pôde salvar-te do leões?' 22E Daniel respondeu ao rei: 'Ó rei, vive para sempre! 23O meu Deus enviou seu anjo e fechou a boca dos leões; os leões não me fizeram mal, porque, na presença dele, foi provada a minha inocência; tampouco pratiquei qualquer crime contra ti, ó rei.' 24Com isso, alegrou-se grandemente o rei; e mandou tirar Daniel da cova; quando o retiraram, nenhuma lesão mostrava ele, porque acreditara em seu Deus. 25O rei mandou vir os homens que acusaram Daniel, e os fez lançar na cova dos leões, juntamente com seus filhos e suas mulheres; estes não tinham chegado ao fundo da cova, e já os leões caíam sobre eles, esmagando-lhes os ossos. 26Então o rei Dario escreveu a todos os povos, nações e línguas que habitavam a terra: 'Que vossa paz se multiplique. 27Está decretado por mim que, em todo o território do meu império, todos respeitem e temam o Deus de Daniel: ele é o Deus vivo que permanece para sempre, seu reino não será destruído e seu poder durará eternamente; 28ele é o libertador e o salvador, que opera sinais e maravilhas no céu e na terra. Foi ele quem salvou Daniel das garras dos leões!'

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo - Dn 3,68. 69

Orvalhos e garoas, bendizei o Senhor!

R: Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!

Geada e frio, bendizei o Senhor!

R: Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!

Gelos e neves, bendizei o Senhor!

R: Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!

Noites e dias, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!
Luzes e trevas, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!
Raios e nuvens, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!
Ilhas e terra, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o, pelos séculos sem fim!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 21,20-28
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. 21Então, os que estiverem na Judéia, devem fugir para as montanhas; os que estiverem no meio da cidade, devem afastar-se; os que estiverem no campo, não entrem na cidade. 22Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que dizem as Escrituras. 23Infelizes das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá uma grande calamidade na terra e ira contra este povo. 24Serão mortos pela espada e levados presos para todas as nações. e Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete. 25Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. 27Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.'

- Palavra da Salvação.

- Glória a Vós, Senhor.

Estratégias para reduzir a ansiedade nos testes

Estudar a matéria toda na véspera do teste apenas serve para aumentar o cansaço e o nervosismo e reduzir a capacidade de raciocínio para responder ao teste.
O que fazer para ajudar aqueles cuja ansiedade nos testes é geradora de insucesso?
Esta questão não pode efetivamente cair no esquecimento uma vez que a realização de testes é fonte de grande ansiedade e sofrimento para muitos estudantes.
Na redução da ansiedade nos testes é fundamental ter em consideração três fases: a fase que antecede a sua realização, o teste propriamente dito e a fase do pós-teste.
O período que antecede a realização do teste é determinante para a redução da ansiedade. Se, ao longo do processo de desenvolvimento da criança, os adultos que a rodeiam lhe forem incutindo a mensagem de que são capazes, estas mais facilmente irão ter confiança em si mesmas e desenvolverão expectativas positivas face à sua capacidade de resolver problemas. Este processo implica que os educadores deem progressivamente cada vez mais autonomia à criança. Se existir sempre um adulto (pais, explicadores) na retaguarda para resolver todos os problemas da criança, nomeadamente no que se refere a questões académicas, esta mais dificilmente desenvolverá confiança na sua capacidade de ultrapassar as dificuldades sozinha.
Um outro fator que frequentemente aparece associado à ansiedade nos testes é a não aplicação de técnicas de estudo adequadas às disciplinas e aos domínios envolvidos. Por esta razão, é fundamental ajudar os estudantes a desenvolverem estratégias nesta área, tais como preparar os testes com antecedência, distribuindo as matérias pelos dias que antecedem a sua realização. O dia anterior deve ser apenas destinado à revisão geral, através da leitura dos sublinhados, esquemas e resumos feitos nas sessões de estudo anteriores. Estudar a matéria toda na véspera do teste apenas serve para aumentar o cansaço e o nervosismo e reduzir a capacidade de raciocínio para responder ao teste. Uma prática também muito frequente entre os estudantes que apenas leva ao aumento da ansiedade e à diminuição da capacidade de resposta nos testes é a realização da última revisão nos intervalos pequenos, no dia da realização do teste, devendo por isso esta deixar de existir.
Habitualmente os estudantes com ansiedade nos testes durante os períodos de avaliação apresentam múltiplos pensamentos negativos que bloqueiam a sua capacidade de resposta. Pensamentos como: 'O teste está a correr-me muito mal', 'Vou tirar negativa', 'O teste está a correr bem aos outros colegas, só a mim é que está a correr mal' são frequentes. Ajudar os estudantes a identificar estes pensamentos negativos, parar para refletir sobre as suas causas e ajudar a substituí-los por outros mais positivos é fundamental para a obtenção de sucesso.
A má gestão do tempo é outro fator que afeta a boa realização dos testes e que pode gerar ansiedade. Para evitar que isto aconteça, é fundamental sensibilizar os alunos para a importância de ler todo o enunciado no início e distribuir o tempo disponível pelas diferentes questões em função do seu grau de dificuldade.
No período do pós-teste, é fundamental a compreensão dos resultados obtidos. Os maus resultados são frequentemente interpretados como sinónimo de incapacidade. Este tipo de interpretação só contribuiu para diminuir a autoconfiança, levando ao desinvestimento. Para que tal não aconteça é fundamental analisar as razões do insucesso e transformá-lo numa oportunidade de aprendizagem e de autoconhecimento.
Estudos realizados demonstraram que na redução da ansiedade é muito importante o treino de competências em várias áreas onde o aluno é pouco eficaz, nomeadamente o treino de competências de estudo e de preparação e execução eficaz dos testes. Por esta razão refere-se alguma bibliografia que o poderá ajudar nesta difícil missão de reduzir a ansiedade na avaliação.

Gaguez em contexto escolar

Existem algumas situações que facilitam a fluência, como cantar, contar, dizer poesia ou rimas. Sempre que possível a criança deverá ser envolvida em atividades destas, uma vez que estas contribuirão para fortalecer a sua autoestima e autoconfiança.
Falar de disfluência e de gaguez sem falar dos sentimentos que lhes estão associados é esquecer uma parte importante do problema. A pessoa que gagueja tem frequentemente sentimentos de inferioridade e sente muitas vezes vergonha, medo e frustração por não conseguir transmitir claramente aquilo que gostaria. Este facto não pode nunca ser esquecido em contexto escolar, uma vez que, a gaguez é sobretudo dolorosa quando ocorre em contextos sociais. Como as crianças que gaguejam sentem muitas vezes vergonha da sua expressão oral, são muito sensíveis às provocações. Este facto deve ser tido em conta pelo professor, que deve tratar as provocações dirigidas à gaguez não como um problema específico daquele aluno, mas incluí-las nas discussões sobre provocações em geral. As provocações devem sempre ser tratadas antes de a criança ter sofrido a humilhação de ser vitimada.
Para além disto é fundamental seguir algumas regras no sentido de facilitar a tarefa comunicacional das crianças gagas, uma vez que estas precisam de mais tempo para expressar as suas ideias. Falar devagar é uma dessas regras. Ao falar devagar o adulto vai transmitir à criança que há tempo para comunicar. Quando se tem de questionar uma criança muito disfluente é muito importante ponderar bem o tipo de questão que se coloca. Se for possível tente dar-lhe alternativas de resposta, como, por exemplo, 'Foste tu ou o teu colega?'. Além disto, quando forem colocadas questões à turma, a criança com gaguez deve ser das primeiras a serem questionadas, evitando assim o aumento da ansiedade e, consequentemente, a diminuição da gaguez.
Situações que causam maior stressou dor provocam, geralmente, o aumento da disfluência. É, assim, fundamental dar à criança um feedbackverbal que a ajude a sentir-se compreendida. Ao ouvir expressões como 'Eu sei que estás muito aborrecida' ou 'Dói-te muito a barriga, não dói?', a criança vai sentir-se mais compreendida e mais calma, facto que se irá traduzir na sua capacidade de expressão.
Existem algumas situações que facilitam a fluência, como cantar, contar, dizer poesia ou rimas. Sempre que possível a criança deverá ser envolvida em atividades destas, uma vez que estas contribuirão para fortalecer a sua autoestima e autoconfiança.
Para além de tudo o que foi referido é também muito importante que o professor mantenha sempre o contacto ocular com a criança e nunca tente terminar as frases, uma vez que, ao fazê-lo, vai contribuir para reduzir a auto-confiança e para aumentar a frustração da criança, especialmente se usar palavras diferentes daquelas que ela tinha intenção de usar.

A leitura é outra área sensível, uma vez que pode ser fonte de grande frustração para a criança. Para ajuda-lá a ultrapassar esta dificuldade podem ser usadas diferentes estratégias, como ler em uníssono com outra criança, encorajar a realização de uma leitura com uma velocidade calma, trabalhar gradualmente a leitura feita para a classe, ou seja, ler primeiro sozinha para o professor ou para outros adultos e em seguida para pequenos grupos. A criança poderá posteriormente ler para a turma quando se sentir preparada.

FONTE. http://www.educare.pt/

34.000 católicos a mais por dia

     34.000 Católicos a mais por dia revela o relatório anual da “Situação da Missão Global”, realizado em 2011. Segundo o relatório anual da ”Situação da missão global”, feito em 2011, a Igreja Católica reúne 1 bilhão e 160 milhões de fiéis em todo o mundo e todos os dias mais 34 000 pessoas se tornam parte.

Segundo o relatório anual da “Situação da Missão Global”, feito em 2011, a Igreja Católica reúne 1 bilhão e 160 milhões de adeptos em todo o mundo e todos os dias aderem mais 34 000 pessoas. Os dados do estudo, divulgado pela agência Analisis Digirtal, afirma que no mundo hoje, existem dois bilhões de pessoas, de um total de sete bilhões, que nunca foram alcançados pela mensagem do Evangelho. Outros dois bilhões e 680 milhões ouviram algumas vezes, ou conhece vagamente, mas não são cristãos.

“Apesar do fato de que Jesus Cristo fundou uma só Igreja, e pouco antes de morrer, rezava para que -todos fossem um- hoje existem muitas denominações cristãs: eram 1600 no início do séc.XX, e são 42 000 em 2011”, afirma o estudo. Os protestantes carismáticos são 612 milhões e crescem 37 mil ao dia. Os protestantes “clássicos” são 426 milhões e aumentam 20 mil por dia.

As Igrejas Ortodoxas somam 271 milhões de batizados e ganham cinco mil por dia. Anglicanos, reunidos principalmente na África e na Ásia, 87 milhões, e três mil a mais por dia. Aqueles que o estudo define “cristãos marginais” (Testemunhas de Jeová, mórmons, aqueles que não reconhecem a divindade de Jesus ou da Trindade) são 35 milhões e crescem dois mil ao dia.

“A forma mais comum de crescimento é ter muitos filhos e fazê-los aderir à sua tradição religiosa. A conversão é mais rara, no entanto, acontece para milhões de pessoas todos os anos, o mais comum é a de um cônjuge para a fé do outro”. Em 2011, os cristãos de todas as denominações farão circular mais de 71 milhões a mais de Bíblias no mundo (já há 1 bilhão e 741 milhões, algumas de forma clandestina). A cada ano 409 mil cristãos partem para evangelizar um país que não é o seu de origem, distribuídos em 4.800 organizações missionárias diversas.

O sacerdócio é o “emprego” que traz mais felicidade

Segundo revista Forbes, o sacerdócio é o “emprego” que traz mais felicidade nos Estados Unidos. Em uma enquete com 2.500 sacerdotes, 92.4% se declararam felizes.O sacerdócio é o "emprego" que traz mais felicidade nos Estados Unidos. Este foi o resultado da Enquete Geral Social realizada pela National Organization for Research (Organização Nacional para a Pesquisa, em inglês) da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, e publicada recentemente pela revista Forbes (http://www.forbes.com/sites/stevedenning/2011/09/12/the-ten-happiest-jobs/).

A pesquisa foi feita com representantes norte-americanos de diversas profissões. Após os sacerdotes (a organização entrevistou padres católicos e pastores protestantes), os profissionais que se declararam mais felizes com suas ocupações foram os bombeiros; os fisioterapeutas; os escritores; os instrutores de educação especial; os mestres; os artistas; os psicólogos; os agentes de serviço financeiro; e os engenheiros de operações.

No que se refere à felicidade sentida pelo clérigos em sua atividade, o resultado da pesquisa norte-americana não é uma novidade. Em uma enquete realizada recentemente junto a 2.500 sacerdotes, o decano associado no seminário e nos programas ministeriais da Universidade Católica da América, Monsenhor Stephen Rosseti, já havia chegado a esta conclusão. No estudo realizado pelo sacerdote, 92,4% dos sacerdotes declararam ser pessoas felizes.

Esta felicidade clerical contrasta quando comparada com a situação do restantes dos norte-americanos. Segundo uma outra enquete feita pelo National Opinion Center (Centro de Opinião Nacional, em inglês), mais de 50% dos americanos se sente infeliz com seu trabalho.
FONTE:

A África representa "um frescor do sim à vida”, afirma Bento XVI

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 23-11-2011, Gaudium Press)
 Durante a audiência geral desta manhã, na Sala Paulo VI, diante de sete mil pessoas, o Papa Bento XVI fez o balanço de sua viagem apostólica ao Benin, na África, realizada entre 18 e 20 de novembro.

O motivo da viagem foi o 150° aniversário da evangelização do país e a entrega da exortação pós-sinodal "Africae munus", fruto da Segunda Assembléia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, realizada no Vaticano em outubro de 2009.

Em sua catequese, Bento XVI rememorou a rica e calorosa recepção dos africanos

Em sua catequese, o Santo Padre renovou o apelo à África para serem "verdadeiros semeadores de esperança em todas as realidades e em todos os ambientes", e "construtores incansáveis de comunhão, de paz e de solidariedade". "Brota espontâneo da minha alma o agradecimento ao Senhor: na sua providência, Ele quis que eu voltasse à África pela segunda vez como sucessor de Pedro", confessou o Papa no início de seu discurso.

"Agora as comunidades cristãs da África - como foi ressaltado tanto pelo tema do Sínodo como pelo lema de minha Viagem Apostólica - são chamadas a renovar-se na fé para serem cada vez mais ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz. Elas são convidadas a se reconciliarem internamente para tornarem-se instrumentos alegres da misericórdia divina, cada uma trazendo as próprias riquezas espirituais e materiais ao compromisso comum", declarou o Santo Padre.

O pontífice afirmou que o espírito de reconciliação é indispensável no plano civil, sócio-político e econômico do continente africano. Segundo o Santo Padre, a esperança "deve animar o caminho do continente, relevando o ardente desejo de liberdade e justiça" na construção da sociedade".

Comentando sobre os acontecimentos vividos no Benin, o Santo Padre recordou uma verdade que foi dita por ele à imensa multidão presente na celebração eucarística dominical no estádio da Amizade de Cotonou."Os cristãos são por si só homens de esperança, que não podem se desinteressar pelos próprios irmãos e irmãs".

Sobre a cerimônia de entrega da exortação apostólica "Africae munus", o pontífice recordou seu chamado feito na ocasião. "Viver em plenitude, para responder eficazmente à empenhadora missão evangelizadora da Igreja peregrina na África do terceiro milênio", Neste documento, "todo fiel encontrará as linhas fundamentais que guiarão e encorajarão o caminho da Igreja na África, chamada a ser cada vez mais o 'sal da terra' e a 'luz do mundo'", proferiu o pontífice.

O Santo Padre rememorou também a rica e calorosa recepção que lhe foi oferecida pelos africanos, desde os mais velhos aos mais jovens. "Foi um maravilhoso testemunho de como a fé consegue unir as gerações e sabe responder aos desafios de toda estação da vida", disse. "Em seus rostos, em sua fé ardente, em sua adesão convicta ao Evangelho da vida reconheci mais uma vez sinais consoladores de esperança para o grande continente africano", completou.

De um modo particular, Bento XVI lembrou o encontro com as crianças na igreja paroquial de Santa Rita, onde perto dali, no Foyer "Paz e Alegria", saudou as crianças abandonadas e doentes.

O Papa reafirmou ainda, durante a catequese, a esperança e o futuro que vê no continente africano. "A Igreja na África", observou, "com seu empenho a serviço do Evangelho, com o corajoso testemunho de eficaz solidariedade, poderá ser protagonista de uma nova temporada de esperança". De acordo com o Papa, na África, se vê "um frescor do sim à vida, um frescor do sentido religioso e da esperança, uma percepção da realidade na sua totalidade com Deus e não reduzida a um positivismo que, por fim, apaga a esperança".

"Esta minha viagem constituiu também um grande apelo para a África, para que direcione todos os esforços para anunciar o Evangelho àqueles que ainda não o conhecem. Trata-se de um empenho renovado para a evangelização, para qual todo batizado é chamado, promovendo a reconciliação, a justiça e a paz", concluiu o Papa.

Saudação aos presentes na Audiência

Entre as 7 mil pessoas presentes esta manhã, na sala Paulo VI, o Papa saudou os fiéis da paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Neuquen, na Argentina; a Comunidade Católica Arca da Aliança, do Brasil, e outros peregrinos dos países latino-americanos.

O Santo Padre convidou os jovens a "sintonizarem o próprio caminho pessoal com aquele da Igreja, enfatizado pela Liturgia" em preparação para o advento que terá início na Igreja Católica a partir das primeiras Vésperas do próximo sábado. Encorajou os enfermos a "invocarem a Deus o dom da esperança, oferecendo também o próprio sofrimento". E aos jovens casais de esposos pediu para "terem sempre confiança na Divina Providência. Que guia e acompanha as famílias cristãs".

Santa Sé divulga programação do Papa para dezembro

 A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou hoje(Quarta-feira, 23-11-2011), por meio de seu diretor, Padre Federico Lombardi, a programação das atividades pastorais do Papa Bento XVI para dezembro.

No dia de Natal, Bento XVI dará a benção "Urbi et Orbi" da sacada da Basílica de São Pedro

O último mês do ano será cheio de compromissos para o pontífice. O Santo Padre começará o mês de dezembro com a tradicional visita à Píazza di Spagna, em Roma, para venerar a Imagem da Virgem Maria Imaculada em sua solenidade, a 8 de dezembro. Depois de um momento de oração o pontífice proferirá um discurso aos cidadãos romanos.

Como já estabelecido no seu pontificado, no terceiro domingo do Advento, assim como também sempre acontece no terceiro domingo da Quaresma, assim chamados "Gaudete", O Santo Padre vai em visita pastoral a uma das mais modernas paróquias romanas. Este ano, no dia 11 de dezembro ele irá à paróquia "Santa Maria delle Grazie" em Casal Boccone.

Já no dia 12 de dezembro, Bento XVI presidirá na Basílica vaticana, durante a solenidade da Beata Virgem Maria de Guadalupe, a Santa Missa para a América Latina por ocasião do bicentenário da independência de alguns países da América.

No dia 15 de dezembro, o pontífice presidirá na Basílica vaticana as tradicionais Vésperas com os universitários dos Ateneus Romanos. Na ocasião, haverá a entrega do ícone de Santa Maria "Sedes Sapientiae". Três dias depois, no domingo, 18, o Papa fará uma visita aos detentos do presídio romano de Rebibbia para responder perguntas dos presidiários.

A Missa de Natal do Senhor, no dia 24, assim como nos dois anos passados, será celebrada pelo Papa antecipadamente às 22h. No dia de Natal, Bento XVI dará a benção "Urbi et Orbi" da sacada da Basílica de São Pedro, dirigindo uma mensagem com votos natalinos em mais de 60 idiomas.

A última celebração pública presidida pelo Papa no ano de 2011 será aquela das Vésperas da solenidade de Maria Santíssima Mães de Deus quando será cantado "Te Deum" em agradecimento pelo ano que se finda.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

REFLEXÃO sobre as leituras do XXXIV Domingo do Tempo Comum - ano A

Cristo Rei


Com a solenidade de Cristo, Rei do Universo,encerramos hoje o Ano Litúrgico,no qual celebramos os principais mistérios de nossa fé..
As LEITURAS nos falam desse REI e do seu Reino.
O Reino de Deus é uma realidade que Jesus semeou, que os discípulos são chamados a edificar na história e que terá o seu tempo definitivo no mundo que há de vir.
Apresentam TRÊS ASPECTOS da Realeza de Cristo:
Na 1ª Leitura, Deus se revela como um Rei PASTOR,totalmente dedicado ao bem de suas ovelhas. (Ez 34, 11-12.15-17)
O profeta Ezequiel, depois de denunciar os "maus pastores"que exploraram e abusaram do Povo e o conduziram por caminhos de morte e de desgraça, até à catástrofe final de Jerusalém e ao Exílio, consola o povo com uma mensagem de esperança:
Deus será o Bom Pastor, que libertará e reconduzirá as ovelhas dispersas para a terra prometida.
Essa profecia se cumpre em Jesus, o Bom Pastor...
A 2ª Leitura apresenta um Rei SOBERANO vencedor da morte e do pecado, estabelecendo uma realeza universal.
Paulo explica o Senhorio universal, a Sabedoria e a Realeza de Cristo Ressuscitado, que é a primícia de todos os que morreram. (1Cor 15,20-26.28)

O Evangelho mostra um Rei JUIZ. (Mt 25,31-46)
Costumamos crer que o julgamento final só acontecerá no fim dos tempos.
A Parábola apresenta o "Filho do Homem" sentado no seu trono, separando as pessoas, como o Pastor separa as ovelhas dos cabritos.
Ele sabe discernir os justos e os injustos. Ele não julga, nem condena.
É a pessoa que se julga e se condena pelas obras de Misericórdia que realizou ou não...
"Vinde benditos de meu Pai… Recebei o Reino que meu Pai vos preparou..."
"Afastai-vos de mim, malditos, ide para o fogo eterno..."
* Essa cena não é uma descrição fotográfica do juízo final.
É uma Catequese que nos revela que o amor aos irmãos é uma condição essencial para fazer parte do Reino.
Cristo protege os necessitados e se identifica com eles.
Quem são as ovelhas e os cabritos?
Às vezes nós nos comportamos como ovelhas e às vezes como cabritos...
Que o Senhor misericordioso nos transforme a todos... em suas ovelhas.
Jesus não aceitou esse título nos momentos de glória:
- Na Sinagoga, onde falava com tanto brilho…
- No Jordão, onde a Trindade se revelou…
- No Tabor, quando apareceu com tanta glória...
- Nos milagres grandiosos...como na multiplicação dos pães…quando até queriam proclamá-lo Rei.
Poderiam confundir com o sentido político desse nome…

Jesus aceitou:- diante de Pilatos: "Sim sou REI… e para isso vim ao mundo,mas o meu Reino não é daqui".
- na Cruz: num trono bem diferente… diante de um povo hostil que o desafia:
"Se és Rei, salva-te a ti mesmo… e desce da cruz…"
Ao Bom Ladrão, que reconhece a sua realeza e suplica pela salvação:
"Lembra-te de mim quando estiveres em teu REINO",
Jesus lhe garante: "Ainda hoje estarás comigo…"
O Prefácio da Missa também nos fala em que consiste esse Reino:
- Reino da Verdade e da Vida;
- Reino da Santidade e da Graça;
- Reino da Justiça, do Amor e da Paz…
= Esse é o verdadeiro Reino de Cristo…

Resumindo:
O Reino de Deus é uma semente que Jesus semeou,que os discípulos são chamados a edificar na história através do amor e que terá o seu tempo definitivo, no mundo que há de vir.
No entanto, esse Reino já está no meio de nós.
E Jesus nos convida a fazer parte dele e a trabalhar para que esse Reino chegue ao coração de todos os homens…
É o que nos convida a rezar, no Pai Nosso: "Venha a nós o vosso Reino."
A Igreja recorda hoje o "Dia do Leigo".
É Vocação de todo cristão viver o Batismo no meio do mundo,trabalhando para a transformação de uma sociedade mais justa e fraterna, anúncio do Reino definitivo.
Prezados irmãos, estamos conscientes de sermos cidadãos desse Reino?
- Ele reina de fato, em nosso coração?
- Trabalhamos para que esse reino chegue ao coração de todos os homens?

Renovemos a nossa fé nessa verdade, cantando:
Somos cidadãos do Reino... do Reino de Jesus de Nazaré...


Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 20.11.2011
Fonte: http://www.buscandonovasaguas.com/

Roteiro Homilético – XXXIII Domingo do Tempo Comum – Ano A

Sugestões para a homilia

1. Testemunhas activas e comprometidas

2. A vida como missão

3. Testemunhas activas e comprometidas

O 33º Domingo do Tempo Comum recorda a cada cristão a grave responsabilidade de ser, no tempo histórico em que vivemos, testemunha consciente, activa e comprometida desse projecto de salvação/libertação que Deus Pai tem para os homens.

O Evangelho apresenta-nos dois exemplos opostos de como esperar e preparar a última vinda de Jesus. Louva o discípulo que se empenha em fazer frutificar os «bens» que Deus lhe confia; e condena o discípulo que se instala no medo e na apatia e não põe a render os «bens» que Deus lhe entrega (dessa forma, ele está a desperdiçar os dons de Deus e a privar os irmãos, a Igreja e o mundo dos frutos a que têm direito).

Na segunda leitura, Paulo deixa claro que o importante não é saber quando virá o Senhor pela segunda vez; mas é estar atento e vigilante, vivendo de acordo com os ensinamentos de Jesus, testemunhando os seus projectos, empenhando-se activamente na construção do Reino.

A primeira leitura apresenta, na figura da mulher virtuosa, alguns dos valores que asseguram a felicidade, o êxito, a realização. O «sábio» autor do texto propõe, sobretudo, os valores do trabalho, do compromisso, da generosidade, do «temor de Deus». Não são só valores da mulher virtuosa: são valores de que deve revestir-se o discípulo que quer viver na fidelidade aos projectos de Deus e corresponder à missão que Deus lhe confiou.

Em Ano Paulino: A vida como missão

1. A vida como missão. Paulo era homem de urgências apressadas e consciência aguda duma missão a cumprir. Acreditava na teoria da «vida passageira e breve» onde o tempo era bem escasso e a vida energia não renovável em contraste com o muito por fazer, este, sim, inesgotável. Preguiça não era com ele; desperdiçar o tempo muito menos. Homem de grandes causas e grandes lutas, coloca-se todo no que fazia. E tudo o que fazia, fazia-o por convicção. Tinha pressa antes que o Senhor chegasse, para no fim dos seus dias Lhe poder dizer: «Combati o bom combate», agora, Senhor, acolhe-me no teu Reino pelo qual gastei vida e talentos. Enervava-se com quem não trabalha («Quem não quiser trabalhar que não coma»). Hoje escreve aos Tessalonicenses: «Não durmamos como os outros» porque «não somos da noite» mas do dia. Até que o Senhor venha pedir contas da vida e do que fizemos com ela. Responder à missão que Deus lhe confiou. (in Dehonianos)

XII. Basta ler com atenção e sem preconceitos as páginas da História para confirmar isto mesmo…

FONTE: http://www.presbiteros.com.br/

Leituras do XXXIII Domingo do Tempo Comum - Ano A

LITURGIA DA PALAVRA


Primeira Leitura

Monição: O livro dos Provérbios exalta a dignidade da mulher e a sua importância fundamental na vida familiar e social. A mulher que orienta a vida da casa, que cuida da educação da família e é capaz de amar é um verdadeiro tesouro e é bem mais preciosa que as pérolas!

Provérbios 31, 10-13.19-20.30-31

10Quem poderá encontrar uma mulher virtuosa? O seu valor é maior que o das pérolas. 11Nela confia o coração do marido e jamais lhe falta coisa alguma. 12Ela dá-lhe bem-estar e não desventura, em todos dias da sua vida. 13Procura obter lã e linho e põe mãos ao trabalho alegremente. 19Toma a roca em suas mãos, seus dedos manejam o fuso.20Abre as mãos ao pobre e estende os braços ao indigente. 30A graça é enganadora e vã a beleza; a mulher que teme o Senhor é que será louvada. 31Dai-lhe o fruto das suas mãos e suas obras a louvem às portas da cidade.
O texto é tirado da última secção do livro dos Provérbios e contém os primeiros versículos do poema em que se enaltece «a mulher virtuosa», isto é, de valor; na tradução da Vulgata e da Neovulgata, é a mulher forte, ou dotada de força de carácter e de habilidades e ornada de virtudes. É uma espécie de «abecê da esposa ideal» (Dyson), começando mesmo cada verso por uma letra, segundo a ordem habitual do abecedário hebraico, um poema acróstico.
31 «O fruto das suas mãos». Já então a mulher amealhava com as suas economias domésticas, e esse produto podia dar não apenas para «alfinetes», mas até para poder plantar uma vinha, como se diz no v. 16 (omitido na leitura).

Salmo Responsorial. Sl 127, 1-2.3.4-5 (R. cf. 1a)

Monição: Verdadeiramente feliz é aquele que teme e segue o Senhor. Esse será abençoado por Deus e o bem e a felicidade estarão com ele.

Refrão: DITOSO O QUE SEGUE O CAMINHO DO SENHOR.

Feliz de ti que temes o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem.

Tua esposa será como videira fecunda,
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira,
ao redor da tua mesa.

Assim será abençoado o homem que teme o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.

Segunda Leitura

Monição: Paulo, na segunda leitura, pronuncia-se contra o temor e angústia acerca da última vinda do Senhor e apela à vigilância e sobriedade do cristão que, por ser filho do dia e da luz, há-de viver como tal.

1 Tessalonicenses 5, 1-6

Irmãos: 1Sobre o tempo e a ocasião, não precisais que vos escreva, 2pois vós próprios sabeis perfeitamente que o dia do Senhor vem como um ladrão nocturno. 3E quando disserem: «Paz e segurança», é então que subitamente cairá sobre eles a ruína, como as dores da mulher que está para ser mãe, e não poderão escapar. 4Mas vós, irmãos, não andais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão, 5porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia: nós não somos da noite nem das trevas. 6Por isso, não durmamos como os outros, mas permaneçamos vigilantes e sóbrios.

EVANGELHO: Forma longa: São Mateus 25, 14-30 Forma breve: São Mateus 25, 14-15.19-21
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: 14«Um homem, ao partir de viagem, chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens. 15A um entregou cinco talentos, a outro dois e a outro um, conforme a capacidade de cada qual; [e depois partiu. 16O que tinha recebido cinco talentos fê-los render e ganhou outros cinco.17Do mesmo modo, o que recebera dois talentos ganhou outros dois. 18Mas, o que recebera um só talento foi escavar na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.] 19Muito tempo depois, chegou o senhor daqueles servos e foi ajustar contas com eles. 20O que recebera cinco talentos aproximou-se e apresentou outros cinco, dizendo: ‘Senhor,confiaste-me cinco talentos: aqui estão outros cinco que eu ganhei’. [21Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’. 22Aproximou-se também o que recebera dois talentos e disse: ‘Senhor, confiaste-me dois talentos: aqui estão outros dois que eu ganhei’. 23Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’.24Aproximou-se também o que recebera um só talento e disse: ‘Senhor, eu sabia que és um homem severo, que colhes onde não semeaste e recolhes onde nada lançaste. 25Por isso, tive medo e escondi o teu talento na terra. Aqui tens o que te pertence’. 26O senhor respondeu-lhe: ‘Servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde nada lancei; 27devias, portanto, depositar no banco o meu dinheiro e eu teria, ao voltar, recebido com juro o que era meu. 28Tirai-lhe então o talento e dai-o àquele que tem dez.29Porque, a todo aquele que tem, dar-se-á mais e terá em abundância; mas, àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado. 30Quanto ao servo inútil, lançai-o às trevas exteriores. Aí haverá choro e ranger de dentes’».

FONTE: http://www.presbiteros.com.br/

REFLEXÃO sobre as leituras do XXXIi Domingo do Tempo Comum - ano A

PARÁBOLA DOS TALENTOS


(Padre Ignácio, dos padres escolápios)

INTRODUÇÃO: À parte alguns dados significativos da parábola, que são alegóricos, a maioria dos outros são teologicamente nulos, ou sem significado, e refletem unicamente a cultura do tempo. Do contrário, poderíamos ressaltar da parábola, que Deus aprova juros e bancos e que visa o lucro como um empreendedor qualquer, dando uma palmada de aprovação a um capitalismo liberal e selvagem. Porém a intenção da parábola é completamente diferente e é essa intenção que deve conduzir nossa hermenêutica: Durante a ausência do Senhor [Jesus], os discípulos não podem permanecer de braços cruzados, mas devem exercitar seus talentos [qualidades] de modo a aumentar o número de discípulos, trabalhando para estender o Reino, como faria um mordomo que recebesse um capital de seu senhor. Quem cruzasse os braços, não estaria cumprindo a vontade do senhor, durante a ausência deste. Vamos agora pensar como pensavam os contemporâneos de Jesus, sabendo dos costumes e interpretando as mesmas com a ajuda da cultura atual.

A AUSÊNCIA: Pois do modo como um homem, deixando o país, chamou os seus escravos e entregou-lhes os seus bens (14). Sicut enim homo proficiscens vocavit servos suos et tradidit illis bona sua. A parábola começa com um homem apodëmön [que emigra ou se ausenta a um país longínquo]. Ele reparte sua fortuna entre três de seus escravos [doulos<1401>=servus]. A palavra doulos implicava uma dependência absoluta de outra pessoa: o dono. O escravo, nem sempre era tratado de modo bárbaro e, muitas vezes, era tratado de modo humano. Para um israelita, o período de escravidão estava limitado a 6 anos (Êx 21,2). Muitos dos escravos, no oriente próximo, eram prisioneiros de guerra, que eram separados em três partes: uma, como servidores do templo; outra, entregues aos líderes militares; e a maior parte, para o serviço do rei. Os súditos de um rei são seus escravos (Gn 21,25 e Êx 7, 28) e todos os que estão ao serviço do rei são seus escravos (Gn 40, 20), inclusive os seus oficiais (1 Sm 19, 1 e 2 Rs 22, 12). A palavra abed refere-se tanto a um servo de Deus (Dn 3, 93{26}) quanto a um servo de um rei humano (Dn 2,4;7). Já no início, Deus deu ao homem o poder de controlar o mundo [=domínio da terra], ou seja, de substituí-Lo, submetendo os animais (Gn 1,27-28), porque formou o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1,26). Jesus formou seus discípulos também à sua imagem e semelhança: Quem vos ouve a mim ouve (Lc 10,16) de modo que devem anunciar os fatos de forma semelhante aos enviados pelo Batista: Deviam referir a João o que tinham visto e ouvido (Mt 11,4). Assim, os discípulos de Cristo foram constituídos em testemunhas (Lc 1,2). Por isso, durante a ausência de Jesus, eles devem continuar o trabalho do Mestre para expansão do Reino. Os talentos recebidos são a memória fiel do visto e ouvido.

A PARTILHA: Antes de partir por um longo período de tempo (19), repartiu seus bens entre três de seus servos. No tempo de Jesus a administração dos bens era coisa dos escravos, ou dos libertos. Os cidadãos livres sentir-se-iam humilhados em trabalhar como comerciantes ou artesãos. Durante essa longa ausência do senhor, a conduta dos servos foi diversa.

OS BENS: Uparchonta<5224>, que é traduzido na Vulgata como bona, plural de bonum são os bens, possessões ou riquezas. O motivo de dividi-las é provável que o dono não confiasse muito num único administrador. Caso a administração fosse um desastre, o dono só podia botar no xadrez o culpado e vender seus familiares como escravos.

A REPARTIÇÃO: Então, a um deu cinco talentos, mas a outro dois, e a outro, pois, um; a cada um segundo sua própria capacidade. E imediatamente foi ao estrangeiro (15). Et uni dedit quinque talenta alii autem duo alii vero unum unicuique secundum propriam virtutem et profectus est statim.

TALENTO <5997>: A palavra grega significava, originalmente, pratos de uma balança, até, finalmente, designar um peso determinado, que, nos tempos de Jesus, equivalia a 35 ou 45 Kg de prata, porque o ouro era tão escasso que não se computava com esse padrão, demasiado alto para o mesmo. O talento era uma medida de peso, a maior de todas. De modo que falar de talentos, em dinheiro, era sempre referido à prata. Para se ter uma ideia, a prata de um dólar tem um peso de 25 g. Era o valor do antigo duro espanhol. O talento, pois, equivalia a 1400 ou 1800 dólares de prata. É uma soma considerável de dinheiro. Na realidade, o peso básico entre os orientais era o siclo [shekel] equivalente a 10 ou 12 gramas de prata. Os valores mais altos eram a mina, equivalente a 50 siclos (Ez 45, 12) e o talento [kikkar] (Êx 28, 25-26) valendo 3 mil siclos. Portanto, um talento equivalia a 60 minas. Como moedas correntes, temos o denário ou dracma, e o didracma [dois dracmas], este último valendo a metade de um siclo. O denário [1/4 de siclo] era o salário de um dia. Logo um talento equivalia a 12 mil salários, ou seja, aproximadamente 32 anos de trabalho. Entre os romanos a moeda mais comum era o sextertius [sextércio], inicialmente de prata e logo de bronze, cujo valor era aproximadamente um quarto de denário, ou 2,5 asses. O salário médio da época [séc I e II dC] era de 700 ou 2 mil sextércios/ano; ou seja, meio denário a um pouco mais de um denário por dia. As fortunas médias de Roma se calculavam na base de 70 talentos.

CAPACIDADE: o grego fala de dynamis <1411>, força física no sentido geral e capacidade financeira no sentido de realizar empreendimentos monetários. Em Lucas 19, 13, serão dez os servos e cada um recebe uma mina [aproximadamente um ano de trabalho].

AS CONDUTAS DIVERSAS: Então, tendo saído, o que recebeu cinco talentos trabalhou com eles e fez [ganhou] outros cinco talentos (16). Do mesmo modo também, o dos dois, ganhou ele, igualmente, outros dois (17). Mas aquele que recebeu um, tendo-se afastado, cavou na terra e escondeu a prata do seu senhor (18). Abiit autem qui quinque talenta acceperat et operatus est in eis et lucratus est alia quinque. similiter qui duo acceperat lucratus est alia duo. Qui autem unum acceperat abiens fodit in terra et abscondit pecuniam domini sui.

AS DUAS PRIMEIRAS: Segundo a intenção da parábola, as duas condutas dos que receberam maior quantidade de bens do senhor foram idênticas; e as respostas do senhor, as mesmas para os dois. Conseguiram um lucro de 100% aumentando em dobro a quantidade recebida. Por isso as palavras do senhor foram igualmente laudatórias.

A TERCEIRA CONDUTA: O que recebeu um único talento o escondeu após cavar um buraco no chão. Era o costume da época em tempos de guerra em que os saqueadores eram frequentes e não existiam meios para guardar melhor os bens adquiridos.

O RETORNO: Então, após um grande [intervalo de] tempo, chega o senhor daqueles escravos e tem uma fala com eles (19). Post multum vero temporis venit dominus servorum illorum et posuit rationem cum eis. O presente histórico não é conservado na Vulgata, mas parece mais próprio da narração da parábola. Chega o dono e imediatamente chama os servos para saber o que foi feito com o dinheiro emprestado.

O PRIMEIRO: Assim, tendo se aproximado aquele que recebeu cinco talentos, apresentou outros cinco talentos, dizendo: Senhor, tu me deste cinco talentos. Vede, ganhei outros cinco talentos sobre eles (20). Diz-lhe o seu senhor: Ótimo, escravo bom e confiável, sobre poucas coisas foste fiel! Sobre muitas coisas te constituirei. Entra dentro do gozo do teu senhor (21). Et accedens qui quinque talenta acceperat obtulit alia quinque talenta dicens domine quinque talenta mihi tradidisti ecce alia quinque superlucratus sum. Ait illi dominus eius euge serve bone et fidelis quia super pauca fuisti fidelis supra multa te constituam intra in gaudium domini tui. Ótimo: É a tradução do grego Eu [=bom, bem feito] que a Vulgata traduz por euge como interjeição de aplauso e parabéns, que hoje traduziríamos por ótimo, perfeito, que também podemos usar em português como OK, aprovado, e que em latim tem o mesmo significado. Pistós <4193> significa confiável em quem se pode acreditar. Daí provém a palavra pístis fé, confiança. Foste fiel em poucas coisas [coisas pequenas] sobre muitas te constituirei administrador. Entra no gozo [chara <5479> grego e gaudium latino] de teu senhor. Como se dissesse: entra a formar parte dos validos que eu estimo com prazer como amigos. Podemos ver nesta expressão outra interpretação: Todo escravo [doulos] era alforriado quando admitido à mesa do dono e com ele comia. É possível que esta seja a melhor interpretação da frase que estudamos.

O SEGUNDO: Tendo, pois, se aproximado também o que tinha recebido os dois talentos disse: Senhor, dois talentos me entregaste; vede, ganhei outros dois talentos além deles (22). Diz-lhe o seu senhor: Ótimo, escravo bom e fiel! Sobre poucas coisas foste fiel; sobre muitas coisas te constituirei. Entra no gozo de teu senhor (23). Accessit autem et qui duo talenta acceperat et ait domine duo talenta tradidisti mihi ecce alia duo lucratus sum. Ait illi dominus eius euge serve bone et fidelis quia super pauca fuisti fidelis supra multa te constituam intra in gaudium domini tui. Os dois versículos deste segundo caso são exatamente cópia do primeiro, salvo o número de talentos e o personagem que com eles trabalhou. Em ambos os casos, o rédito é máximo: 100%.

O TERCEIRO: Tendo também se aproximado o que recebeu um único talento, disse: Senhor te conheço como um homem duro, ceifando onde não semeaste e recolhendo onde não espalhaste (24). E, temendo, tendo me afastado, ocultei o talento na terra. Eis, tens o teu (25). Respondendo, então, o seu Senhor disse-lhe: Escravo perverso e preguiçoso! Conhecias que ceifo onde não semeei e recolho onde não espalhei (26). Era justo, pois, que tu entregasses a minha prata aos cambistas e, chegando eu, receberia o meu com juros (27). And the one who received the one talent also coming up, he said, Lord, I knew you, that you are a hard man, reaping where you did not sow, and gathering where you did not scatter. And being afraid, going away, I hid your talent in the earth. Behold, you have yours. Respondens autem dominus eius dixit ei serve male et piger sciebas quia meto ubi non semino et congrego ubi non sparsi. Oportuit ergo te mittere pecuniam meam nummulariis et veniens ego recepissem utique quod meum est cum usura. Quando quem recebeu um único talento, o devolveu íntegro, disse: Senhor, conhecendo-te que és um homem inflexível [skleros <4642>, duro, exigente], que ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste [as sementes]. Do ponto de vista das relações humanas, a desculpa do terceiro servo é insolente, se não politicamente descabida. Em vez de louvar, critica duramente atitudes negativas ou pouco recomendáveis do senhor. É uma justificação, por meio do medo, de sua preguiça e indolência. Sempre os pecadores, de todos os tempos, buscam a escusa que os aparta de culpabilidade. Adão se escuda em Eva e esta na serpente. E nosso homem, na inflexibilidade de seu senhor. Disse que foi este medo que o levou a uma conduta, que o amo censura como péssima e negligente; pois se sabia que o amo ia esperar dele frutos não semeados, por que não cuidou de entregar o dinheiro aos cambistas [trapezites <5133>=nummularii] para que na minha vinda o recebesse com usura [tokos <5110> grego e usura latina].

BANCOS E JUROS: Desde aproximadamente o ano 100 a. C. existiam os bancos. Na realidade, o banco era uma mesa, uma banca. Daí seu nome. Havia necessidade de troca de moedas, especialmente no templo. Daí os cambistas, que tinham como lugar de trabalho uma banca ou mesa. Ao que parece, eles cobravam preços excessivos e Jesus os comparou a verdadeiros ladrões (Mt 21,12 e Jo 2,14). Os banqueiros do tempo de Jesus também recebiam empréstimos, e investimentos, pagando juros sobre o dinheiro depositado a eles. Os juros dos empréstimos eram de 12 a 13 % se eram de emergência, e até 50% ao ano. Existiam também poupanças e faziam-se hipotecas e existiam cartas de crédito. Em Lv 25,36 lemos: Não aufiras [de teu irmão] nem juros, nem lucro; é assim que terás o temor de teu Deus e teu irmão poderá sobreviver a teu lado. O empréstimo com juros é permitido em Dt 23,21: A um estrangeiro farás empréstimo a juros; mas não a teu irmão. Em Pr 28, 8: Quem aumenta seus bens por juros e usura, acumula-os para os que têm pena dos indefesos [=ou seja, não lhe trarão proveito e voltarão para os necessitados]. Ez 18,8 descreve o homem justo como aquele que não empresta a juros e não pratica a usura, afasta a mão da injustiça e pratica um julgamento verdadeiro. Assim, os cambistas e os bancos deveriam ter sido a resposta e não o buraco no chão sem proveito nenhum para o senhor. Não era necessário, em semelhante situação, entregar o dinheiro a homens, nem ser enterrado na terra que o assegurava intacto. Logicamente Jesus não produz um juízo formal sobre a usura; mas o que interessava era a conduta do servo, reprovável como administrador da confiança do seu senhor. Logicamente ele é reprovado, por sua negligência em procurar ganhos certos com o capital recebido.

O PRÊMIO: Tomai, pois, dele o talento e dai àquele que tem os dez talentos (28). Pois a todo que tem, dar-se-á e estará em abundância; mas daquele que não tem até o que tem será tomado dele (29). Tollite itaque ab eo talentum et date ei qui habet decem talenta. Omni enim habenti dabitur et abundabit ei autem qui non habet et quod videtur habere auferetur ab eo. O receptor era o primeiro servo que tinha aumentado seu capital até dez talentos. E Jesus afirma a razão desta decisão com um provérbio, aparentemente comum, na época: Ao que tudo tem se lhe dará e terá em abundância; mas ao que não tem até o [pouco] que tem lhe será tirado. A vulgata traduz o que não tem do grego como: o que parece que tem [quod videtur habere] (29). É a mesma frase que Jesus disse anteriormente em Mt 13,12 respondendo a falta de resposta às parábolas do reino por parte dos seus ouvintes. Marcos 4, 25 traz a mesma afirmação de Jesus e no mesmo contexto. Lucas (8, 18) acrescenta o que parece que tem, que a vulgata traz como expressão particular no evangelho de hoje. Lucas como Mateus traz de novo a expressão em 19, 26 com motivo de uma parábola semelhante que tem como protagonista um rei e que 10 servos recebem, no lugar de talentos, cada um, uma mina para negociar. A mina era 1/60 de um talento, ou seja, 30 dólares de prata. O primeiro e segundo servos ganham 10 e 5 minas respectivamente e o terceiro a guarda embrulhada num lenço. A este também repudia o rei, terminando com a frase em questão: Pois vos digo que a todo o que tem dar-se-lhe-á; mas ao que não tem, o que tem, lhe será tirado. Evidentemente, no caso das duas parábolas, podemos interpretar a frase como estando materialmente correta com a atuação do amo ou do rei (Lc): ao que realmente tem, porque o ganhou, se dará mais e ao que não ganhou [não tem ganho] até o que tinha será tirado. No caso dos ouvintes, o que tinham era a eleição como povo escolhido, de modo que as palavras de Jahweh eram seu guia. Os que ouviram com atenção e deram fruto terão mais: o seu novo estado será mais perfeito que o anterior. Mas os que não quiseram ouvir até o que tinham como povo eleito, lhes será tirado. João em 15, 2 dirá que o sarmento que não produz fruto será cortado e o sarmento que produz fruto será podado para que produza mais fruto ainda. É neste sentido que devemos entender as últimas palavras de Jesus. Delas depende toda a interpretação da parábola. A parábola, justamente, ensina que não é só Jesus [evidentemente o amo ou rei], mas seus servos, apóstolos de modo especial, que têm o dever de trabalhar pela difusão do Reino. Chega a hora de render contas e logicamente os esforçados são remunerados, conforme suas obras, e os que nada fizeram, como o servo preguiçoso, serão condenados.

A CONDENAÇÃO: E ao escravo indolente lançai nas trevas de fora. Ali haverá pranto e ranger de dentes (30). Et inutilem servum eicite in tenebras exteriores illic erit fletus et stridor dentium. O servo que não trabalhou [achreios <888>=inútil dizem o latim e as traduções], que nada fez, recebe um castigo que já fora dado aos que não admitiram Jesus entre os que aparentemente eram os herdeiros do Reino, ou filhos de Israel, que serão lançados nas trevas, lá fora, onde haverá choro e ranger de dentes (Mt 8, 12). Lucas trará em 13, 28 o mesmo dito de Jesus sobre a rejeição dos judeus e a entrada dos gentios no Reino. O castigo da fornalha acesa está unido a esse choro e ranger de dentes tanto em Mt 13, 42 como em 13, 50, em ambos os casos indicando a sorte dos que cometem a iniquidade (13, 41) e os maus (13, 50). A essas trevas exteriores será lançado o conviva mal vestido (Mt 22, 13) onde haverá choro e ranger de dentes. É também Mateus em 24, 51 que diz que o choro e ranger de dentes forma parte da sorte dos hipócritas, com os quais comparte destino o servo mau. Finalmente, o servo inútil de hoje será lançado nas trevas, onde encontrará o choro e ranger de dentes (25, 30). Que significam estas frases, evidentemente, mais simbólicas que reais? Logicamente, fora, nas trevas, é uma expressão tomada do banquete em que fora, era noite escura (Mt 22, 13). Quanto aos judeus que ficarão nas trevas em Mt 8, 13 e Lc 13, 28 são trevas do entendimento ou do coração, como diriam os antigos, pois vendo não veem e ouvindo não ouvem (Mc 4, 12). O choro e o ranger de dentes em si mesmo, é, segundo o pensar dos judeus, próprio dos demônios no inferno, pois devido ao fracasso na revolta de Korah (Nm cap 16 e 17), na qual eles, os demônios, foram os bajuladores desses rebeldes e tiveram que recolhê-los no tumulto e indignação do inferno, onde os maus são um tormento como eram os carrascos no xadrez, segundo o Targum [paráfrase aramaica dos textos hebraicos], comentando Jó 3,17-18. Os comentários sobre o ranger de dentes, falam dos remorsos da consciência, torturas da mente, sentido de tribulação inexpressível, em que os malvados cairão, acompanhados pela raiva e o desespero. Ranger os dentes contra alguém como em Sl 35, 16 e At 7, 54 é o mesmo que se sentir estar cheio de ira e cólera, e por vezes de indignação e desprezo, como no caso de Davi em Sl 35, 16 e de Estêvão em At 7,54. É uma demonstração do ódio e aversão dos inimigos ou adversários, que estão como bestas selvagens dispostas a triturar os ossos dos quais buscam a ruína e destruição (ver comentário emPresbiteros.com.br exegese domingo XXVIII parágrafo Trevas, Choro e Ranger de Dentes).

PISTAS: 1) A parábola forma parte das advertências de Jesus para os seus discípulos de como se comportar durante a ausência do Mestre. A parábola aponta de modo especial ao momento de dar conta do trabalho feito como administrador de certa fortuna. O trabalhador que não fez nada é condenado a uma expulsão definitiva. Daí o lamento e o ranger de dentes, indicando ira (Jó 16, 9), raiva (Sl 112, 10), furor (Lm 2, 16), irritação (At 7, 54). É o desespero dos que foram totalmente afastados do gozo do Senhor, como são os hipócritas (Mt 24, 51).

2) Quando teremos esse ajuste? Se considerarmos que o ajuste é particular, será na hora da morte de cada um. Mas não podemos descartar um ajuste geral na hora da volta do amo: Seria o caso para essa geração do desastre dos anos 70 com a destruição do templo e da cidade.

3) Porém, pelo contexto que é apocalíptico, e sob a pergunta de Jesus de qual é o servo fiel e prudente de 24, 45, parece que o importante não é o tempo do ajuste mas a conduta dos servos que têm uma incumbência, e que seu dever é cumpri-la com todo o empenho possível e necessário.

4) A parábola é uma alegação indiscutível contra a postura protestante em que só a fé basta, e não existem méritos pessoais. O dono, que evidentemente representa Jesus, dá a cada servo laborioso um prêmio porque foram fiéis. E não duvida em premiar de modo especial o que mais tem, dando a ele o que foi retirado do servo preguiçoso. A tese evangélica de sola fides, solus Christus, sola gratia, [somente a fé, somente o Cristo, somente a graça] tira do homem comum qualquer mérito e o que é pior invalida da parte de Deus qualquer prêmio ou misthós [=salário], como lemos em grego, referente às condutas corretas. Como explicar, desse ponto de vista evangélico, a conduta do dono da parábola? E se completamos a parábola de Mateus com sua semelhante em Lucas (19, 12-27), veremos mais clara a incongruência do princípio fundamental protestante. Os dois primeiros servos recebem a recompensa devida às suas ganâncias: dez cidades correspondem a dez minas e cinco às cinco minas obtidas pelo segundo servo. Além da fé, Jesus exige um trabalho consciencioso com os dons recebidos e em proveito da comunidade, como Mateus anuncia, no que podemos chamar de consequência desta e da parábola das dez virgens.

FONTE: http://www.presbiteros.com.br/

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Reflexão sobre as leituras do XXXII Domingo do Tempo Comum - Ano a


 "Sede Santos!..."

Celebramos hoje a festa de TODOS OS SANTOS.
O Objetivo dessa festa é homenagear Todos os Santos (conhecidos ou não...) e apresentar o Ideal da Santidade, como possível hoje e como desejado por Deus:
"Esta é a vontade de Deus a vossa Santificação" (1 Tess 4,3)

As Leituras nos revelam o projeto de Deus:tornar o homem participante de sua santidade:

A 1ª Leitura nos abre uma visão sobre o nosso futuro:
A vitória do Cordeiro transformou o caminho de morteem caminho de vida para todos aqueles que o seguem. São numerosos e doravante participam do seu triunfo, numa festa eterna. (Ap 7, 2-4.9-14)

A 2ª Leitura recorda que a vida divinajá está presente em nós desde agora. (1Jo 5,1-3)

No Evangelho, Cristo nos aponta o "caminho" da Santidade,com as Bem-aventuranças (Mt 5,1-12a) :
- Os que têm um coração de pobre: despidos da vaidade e ambição...
- Os que choram: são sensíveis à dor dos irmãos...
- Os mansos...
- Os que têm fome e sede de justiça...
- Os misericordiosos...
- Os construtores da paz...
- Os que têm um coração puro...
- Os que são perseguidos por causa da justiça e dos valores do Reino.

+ Celebramos hoje o maravilhoso mundo da Santidade.

- Mundo imenso, onde os santos são inumeráveis,
  como nos diz a 1ª Leitura. (144 mil: 12 x 12 x 1000 = uma multidão)
- Mundo maravilhoso, onde muitos destes santos são nossos parentes,  nossos amigos, gente grande e crianças que conhecemos.
- Mundo feliz realizando-se no mundo de trabalho e de sofrimento,  de sonhos e realizações.
- Mundo de portas abertas, que cresce sem parar,  porque cada dia que passa vê chegar novos eleitos.

O Mundo dos Santos não é estranho para nós.
É um mundo feito de gente como nós, que, nas limitações humanas,lutaram e venceram, viveram o evangelho de Jesus,e serviram os irmãos nesta terra e continuam a servir por sua intercessão no céu.
Por isso somos convidados participar deste mundo desde agora.

+ Quem são os santos ?

- No princípio, a Bíblia reservou esse nome só a Deus: "Só Deus é santo".
- Jesus Cristo irradia a Santidade de Deus e  transmite a Santidade à Igreja, por meio dos Sacramentos...
- Na Igreja primitiva: Santos são os que participam da Santidade de Deus...
  Por isso, santos eram todos os cristãos...
- Hoje, a Igreja nos diz que todos os homens têm uma vocação à santidade:
  "Os cristãos de qualquer condição e estado são chamados pelo Senhor,
    cada um por seu caminho, à perfeição da santidade pela qual é perfeito
    o próprio Pai. Todos os cristãos são chamados à plenitude da vida
    cristã e à perfeição da caridade.” (Concílio Vat. II)

Portanto, SANTOS não são apenas pessoas privilegiadas já mortas,que viveram no passado longe do mundo...
- Santos não são apenas os que foram declarados santos pela Igreja e são honrados hoje em nossos altares...
- Santos são também muitos "desconhecidos", que viveram o ideal da santidade e muitas pessoas de hoje que andam no "caminho" de Deus...
- Santos... podemos e devemos ser também nós...

+ Por que essa Celebração?
  Para erigir um monumento ao "santo desconhecido"?...
- Não, é uma oportunidade para celebrar a "Comunhão dos santos".
  Essa comunhão espiritual de bens entre todos os fiéis que constituem a Igreja na sua etapa peregrina, purificante e triunfante.
- Hoje a Igreja peregrina se alegra unida à Igreja triunfante no céu,
  como afirma o Prefácio da missa:
  "Festejamos hoje a cidade do céu, onde nossos irmãos, os santos,
   vos cercam e cantam eternamente o vosso louvor ".
- Hoje celebramos a santidade de Deus, que resplandece  nos membros de seu povo, nos filhos da Igreja.

+ Por que culto e devoção aos Santos?
- Como o povo da antiga aliança estava em comunhão com os patriarcas e  profetas, unidos na herança comum das promessas messiânicas,  assim o novo povo de Deus, que é a Igreja, vive em união com Jesus Cristo,  a virgem Maria, os apóstolos, os mártires e os santos.

- Esse culto e devoção não tem nada de mágico ou supersticioso,  pois é culto e louvor a Deus, porque a sua glória resplandece nos santos.
  Assim eles se constituem para nós modelos e intercessores.

+ A festa de hoje é um apelo à Santidade,
   como um dom que o Pai nos concede,   com a proposta desafiadora de Jesus:
   "Sede santos, como o Pai é santo!"

Acolhamos o apelo de Deus à Santidade:
A santidade ainda hoje é possível e desejada por Deus...
E todos nós somos chamados a ela...
                                   Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 06.11.2011
FONTE: www.buscandonovasaguas.com