sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Sugestões para a homilia - 4º Domingo Tempo Comum - Ano B


Um Deus próximo
Um Deus que liberta
Um Deus que ama sem limites
Ano Paulino

A liturgia da Palavra deste domingo fala-nos da comunicação que Deus estabeleceu com o seu povo, através dos profetas, que falam em seu nome e, por último, do Profeta, Jesus Cristo, a própria Palavra de Deus encarnada.

Um Deus próximo

A primeira leitura, do livro do Deuteronómio, apresenta-nos Moisés, o pai dos profetas, que anuncia o aparecimento de outro profeta, que surgirá depois dele, numa clara referência a Jesus de Nazaré. O Deus de Israel revela-se, assim, um Deus próximo, capaz de usar a linguagem humana para se dirigir a nós, seu filhos e filhas.

Um Deus que liberta

O Evangelho narra-nos como Jesus exerceu a sua missão profética junto do povo a quem foi enviado. Solidariza-se com a dinâmica do seu tempo. Entra na sinagoga, o sábado e, no meio da comunidade de culto, começa a ensinar. De tal modo eram eloquentes as suas palavras que conseguiu maravilhar quantos o escutavam. Porém, Jesus afasta-se do modo de ensinar dos mestres de Israel, pois à sua palavra une a acção. Estava ali um homem perturbado, possesso de um espírito impuro, que altercava com Jesus, querendo-o afastar do meio do povo. Jesus, Mestre cheio de autoridade, manifesta o seu poder também nesta acção maravilhosa de serenar o homem perturbado e de lhe criar as condições para escutar os seus ensinamentos, expulsando esse espírito desorientador. Jesus prova-nos que tem força para falar e agir como Deus que é. Este Mestre continua hoje a sua acção no mundo e na Igreja, no meio do seu povo e nas assembleias cristãs. Reconheço o poder de Jesus, Palavra viva de Deus, e deixo-me libertar por Ele de todas as forças que se opõem aos seus ensinamentos? É Jesus o Senhor na minha vida e na minha comunidade?

Um Deus que ama sem limites

Na segunda leitura, Paulo lança-nos uma provocação sobre o valor da virgindade. No seu tempo, como no nosso, este valor passou a ocupar o último lugar na escala, se é que não desapareceu mesmo no horizonte de muitos dos nossos contemporâneos. Porém, a virgindade por amor do Reino dos Céus continua a ser um sinal profético, que anuncia às pessoas que a nossa pátria definitiva está em Deus e que é possível viver desde aqui e agora o mesmo estilo de vida que todos havemos de viver na eternidade. Trata-se, acima de tudo, de um amor sem limites á imagem do amor de Deus que a todos ama e guarda.

Ano Paulino

Paulo experimentou este amor de Deus sem limites revelado em Jesus, ao ponto de tornar-se o «apóstolo apaixonado» por Cristo. Como ele próprio afirmou, tudo é lixo, a não ser Cristo e Este crucificado (cf. 1 Coríntios 2, 2). Tudo o mais só em relação a Ele e por causa d’Ele. Por isso O deseja dar a conhecer e afirma que geme e sente as dores de parto para gerar Cristo nos outros (cf. Gálatas 4, 19). Conquistado por Jesus Cristo a caminho de Damasco, vive doravante para Ele, sente o desejo de O anunciar, quer fazê-Lo conhecer mais. Alma e coração em fogo, Paulo vive para Jesus e deseja salvar o maior número possível, a ponto de afirmar: «fiz-me tudo para todos, para salvar alguns» (1 Coríntios 9, 22). Audácia, ânsia apostólica que não o deixa sossegado. Colabora de um modo destemido e audacioso no trabalho do Reino, no anúncio de Jesus, no desejo da salvação de todos. Procuremos seguir estes passos de São Paulo neste ano de 2009, levando a todos, por um novo fervor missionário, o fogo do amor redentor de Deus.

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