terça-feira, 18 de outubro de 2011

Roteiro Homilético – XXIX Domingo do Tempo Comum – Ano A

Roteiro Homilético – XXIX Domingo do Tempo Comum – Ano A

Evangelho: São Mateus 22, 15-21

Naquele tempo, 15os fariseus reuniram-se para deliberar sobre a maneira de surpreender Jesus no que dissesse. 16Enviaram-Lhe alguns dos seus discípulos, juntamente com os herodianos, e disseram-Lhe: «Mestre, sabemos que és sincero e que ensinas, segundo a verdade, o caminho de Deus, sem te preocupares com ninguém, pois não fazes acepção de pessoas. 17Diz-nos o teu parecer: É lícito ou não pagar tributo a César?» 18Jesus, conhecendo a sua malícia, respondeu: «Porque Me tentais, hipócritas? 19Mostrai-me a moeda do tributo». Eles apresentaram-Lhe um denário e Jesus perguntou: 20«De quem é esta imagem e esta inscrição?» 21Eles responderam: «De César». Disse-Lhes Jesus: «Então, dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus».
A questão proposta era uma hábil cilada em que Jesus deveria cair: se dissesse que se devia pagar o tributo a Tibério César, ali estavam os «fariseus» para O desacreditarem perante o povo, pois apoiava o domínio romano, ao qual os fariseus se opunham tenazmente; se Jesus dissesse que não, ali tinha os «herodianos», que O iriam denunciar a Pilatos como rebelde e agitador do povo contra os Romanos, pois os partidários de Herodes apoiavam o domínio romano.

19 «A moeda do tributo». Era o denário, que tinha a efígie do imperador com a inscrição: «Tibério César, filho do divino Augusto».
21 Jesus evita cair na armadilha, dando uma resposta que transcende a pergunta: a pergunta era política; a resposta é de ordem moral e religiosa e muito mais ampla. Se é certo que Jesus declara: «dai a César o que é de César», também é verdade que restringe imediatamente esta declaração, ao afirmar um princípio superior: «dai a Deus o que é de Deus». É como se dissesse: dai a César o que lhe pertence, mas não mais do que aquilo que lhe pertence, pois há direitos superiores e prioritários, os de Deus, Yahwéh, a quem César tem de servir.

Sugestões para a homilia

Vamos principiar com algumas advertências tiradas da mensagem do Santo padre, Bento XVI, para este Dia Mundial das Missões.

A dado passo da Sua Mensagem, diz Bento XVI: «O meu venerado Predecessor, o Servo de Deus Paulo VI, já afirmava na Exortação Apostólica Evangelii nuntiandi, que «evangelizar constitui, de facto, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade» (n.14). Como modelo deste compromisso apostólico, apraz-me indicar particularmente São Paulo, o Apóstolo das nações, uma vez que no corrente ano celebramos um Jubileu especial a ele dedicado. Trata-se do Ano Paulino, que nos oferece a oportunidade de familiarizar com este insigne Apóstolo, que recebeu a vocação de proclamar o Evangelho aos gentios…
Como deixar de aproveitar a oportunidade oferecida por este jubileu especial às Igrejas locais, às comunidades cristãs e a cada um dos fiéis separadamente, para propagar até aos extremos confins do mundo «o anúncio do Evangelho, força de Deus para a salvação de todo aquele que acredita» (cf. Rm 1,16»
Perante os graves problemas com que se debate a humanidade hodierna o Santo Padre pergunta: «O que será da humanidade e da criação? Existe esperança para o futuro, ou melhor, há um futuro para a humanidade? Como será esse futuro? A resposta a estas interrogações provêm-nos do Evangelho. Cristo é o nosso futuro e, como escrevi na Carta Encíclica Spe salvi, o seu Evangelho é a comunicação que «transforma a vida», incute esperança, abre de par em par as portas obscuras do tempo e ilumina o porvir da humanidade e do universo (cf. n.2). São Paulo compreendeu bem que somente em Cristo a humanidade pode encontrar a redenção e a esperança. Com efeito, «quem não conhece Deus, mesmo podendo ter muitas esperanças, no fundo está sem esperança».

Últimas palavras da Mensagem:
«Enquanto confio ao Senhor a obra apostólica dos missionários, das Igrejas espalhadas pelo mundo e dos fiéis comprometidos em várias actividades missionárias, invocando a intercessão do Apóstolo Paulo e de Maria Santíssima, Estrela de Evangelização e da Esperança, concedo a todos a Bênção Apostólica».

Apelo
Tudo a mais que pode dizer-se já é suficientemente conhecido. Rezemos, ofereçamos algo das nossas economias e lembremos o atraso e a miséria em que vivem muitas Nações.
Recordo só este caso: Esteve entre nós um Padre da Guiné-Bissau. Falou dos imensos problemas que lá existiam e uma das grandes aspirações era levar um tractor para melhorar a agricultura naquele País. Sem máquinas, como se pode viver? A miséria é tal que nós, dificilmente acreditámos. Não se pode pregar a estômagos vazios.

FONTE: http://www.presbiteros.com.br/


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