A Liturgia de hoje mostra
que Deus é SENHOR DA VIDA.
Ele VISITA seu povo e o
liberta do pecado e do sofrimento.
As Leituras bíblicas
ilustram essa verdade:
DUAS VIÚVAS, que perderam
seus filhos,
foram consoladas por
Deus,
através da obra
salvadora de seus enviados.
Na 1ª Leitura, temos
a Viúva de Sarepta: (1Rs
17,17-24)
O Profeta Elias em
Sarepta recebe hospedagem na casa de uma viúva.
O filho dessa mulher
adoece gravemente e morre.
Ela se sente duplamente
angustiada:
pela perda do filho e
por se considerar culpada da morte.
- Elias toma o menino
nos braços, leva-o para o andar superior,
onde implora a Deus e
lhe comunica novamente a vida.
Em seguida, desce e o
restitui com vida à mãe.
É a primeira
ressurreição encontrada na Bíblia.
- Diante da morte, Elias
e a mulher têm atitudes diferentes:
Ela perde a esperança,
sente-se derrotada e procura um culpado.
O profeta, ao invés,
acredita no Deus da vida,
que não abandona o
homem ao poder da morte.
* Diante de uma morte
inexplicável, ou de uma desgraça,
ainda hoje, muitos falam
de "castigos de Deus" e
acham que Deus manda
doenças para punir os pecados.
Outros recorrem a
adivinhos para descobrir o culpado.
Quem se comporta assim
não tem fé no Deus da Vida.
Deus é bom e quer a vida
e a felicidade de todos.
Na 2ª Leitura, Paulo
se defende de acusações recebidas.
O Evangelho, que ele
está anunciando, não o aprendeu dos homens,
mas o recebeu por
revelação do próprio Cristo. (Gl
1,11-19)
No Evangelho, temos a
Viúva de Naim. (Lc 7,11-17)
Lucas descreve um
grande acontecimento humano:
o encontro da Morte e
da Vida.
+ Dois cortejos se aproximam
pelos caminhos de Naim.
- Um é formado por Jesus e seus discípulos.
O outro formado por uma mãe viúva e seus
amigos,
que levam um féretro para a sepultura.
- Um é precedido por Jesus, o ressuscitado,
o vencedor da morte.
O outro é precedido por um cadáver.
- Um representa a comunidade cristã radiante
de alegria
junto ao seu "Senhor", que a
conduz à vida.
O outro
é símbolo da humanidade que ainda não encontrou Cristo:
está
a caminho do campo santo e vê a morte como uma derrota irreversível.
+ Os dois cortejos se encontram:
- O "Senhor" SE COMPADECE da dor e das lágrimas da mãe
viúva
(que
representa toda a humanidade abatida e desesperada),
interrompe a caminhada para a morte e diz:
- para a Mãe: "não chores mais".
- para o Filho: "Levanta-te."
O que ele faz é sinal da
presença de Deus:
O pranto torna-se um
canto de alegria,
os dois grupos se unem
num único brado de entusiasmo,
todos glorificam o
Senhor, exclamando:
"Um grande profeta surgiu entre nós e Deus VISITOU
o seu povo".
* A grande novidade não
foi adiar a morte por alguns anos,
mas o que o fato
encerra: a morte foi vencida...
Jesus é o SENHOR DA
VIDA.
Ele não abandona o
homem nas garras da morte,
mas o ressuscita para
que viva para sempre.
+ Esta cena se repete todos os
dias:
- Há grandes
cortejos cheios de mortos,
de mortos que andam e se movem, mas não têm
vida:
- É o grande cortejo
dos desempregados, dos drogados, dos analfabetos,
dos sem-teto, dos terroristas, dos enfermos,
dos inválidos...
Cortejo que passa todos os dias ao nosso lado
e não nos damos conta.
- Ao encontro dele pode
e deve ir outro cortejo,
formado de pessoas cheias de vida que
acompanham Cristo...
comprometidas em responder à morte com a
vida.
- Em que cortejo
estamos?
- Que resposta damos
aos que caminham no cortejo da morte?
Jesus não ficou
indiferente diante do sofrimento humano.
Fez algo para aliviar.
Como seguidores de
Cristo, devemos ir ao encontro dos que sofrem.
Se não podemos eliminar
o sofrimento, podemos ao menos ser solidários.
A presença é sempre uma
forma de ajudar quem passa por dificuldades...
Diante do milagre, o POVO
exclamou:
"Um grande profeta surgiu em nosso meio e Deus visitou
o seu povo".
Será que poderá contar
conosco?
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 09.06.2013
Sem comentários:
Enviar um comentário