sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Por que o céu estrelado deve ser ainda mais esplendoroso?




A primeira vista, essa pergunta pode parecer sem propósito. Vamos pensar juntos sobre ela?
Comecemos pelo infinito: O homem, tendo sido criado para Deus e para a felicidade eterna, deveria passar a vida, nesta terra de exílio, a procura da suprema perfeição, sentindo, por assim dizer, saudades de um Paraíso que ele não conhece.
Depois de maravilhar-se com o firmamento repleto de estrelas, existe no homem a tendência de querer "enriquecer" a obra da criação. Por exemplo, é perfeitamente concebível que as perguntas seguintes fossem feitas: E se as estrelas fossem coloridas? E se elas fossem semelhantes a enormes pedras preciosas que espargissem luz própria? Que tipo de constelação formariam?
Será que, além dessas "estrelas", esses pingos de beleza inspirariam o desejo de coisas ainda melhores e mais belas? Eles "conduziriam" à procura de coisas mais perfeitas; poderiam levar à busca da perfeição? Chegariam até Deus?
Essas são perguntas ociosas feitas em uma noite de verão, a alguns minutos antes de o Ano Novo chegar? Penso que não!
É bem possível que o homem que inventou os fogos de artifício estivesse com a mente povoada de pensamentos sérios, de considerações e interrogações dessa natureza... E foi por isso que ele, com seus fogos, subiu e iluminou o céu com estrelas que cintilavam sem existir, conseguindo assim embelezar a própria beleza.
Com a mente cheia dessas considerações, e, pelo simples fato (sublime fato) de que Deus concedeu ao ser humano desejos e aptidões pelas quais ele, de alguma forma, complementa a obra da Criação.
E complementa com coisas belas. Pois, sendo Deus a Beleza, o que vem de suas mãos, além de ser verdadeiro, é bom e... belo.
O que acabo de dizer me passou pela mente vendo uma queima de fogos de artificio, ainda há poucas horas atrás, exatamente quando 2012 deixou de existir e em seu lugar veio 2013, que também será de efêmera duração...
De norte a sul, de repente, o céu do Brasil ficou mais belo. E foi a descoberta dos fogos de artifício, nascida, penso eu, do desejo de um belo maior que possibilitou iluminar a noite com sucessivas chuvas de coloridas estrelas cintilantes, cascatas de constelações diferentes, originais e formadoras de realidades de curta duração e profunda alegria, encanto e admiração, que insinuavam um universo diferente, uma realidade que vai além do real, ...mais bela ainda.
Valeu a pena, por instantes, sonhar realidades, desejar o aparentemente impossível. Valeu a pena pensar na Beleza, procurar o Belo, sentir saudades do futuro. Ver, de repente, o fugidio reflexo Deus. (JSG)

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