Fonte: http://www.gaudiumpress.org
A primeira vista, essa
pergunta pode parecer sem propósito. Vamos pensar juntos sobre ela?
Comecemos pelo infinito: O
homem, tendo sido criado para Deus e para a felicidade eterna, deveria passar a
vida, nesta terra de exílio, a procura da suprema perfeição, sentindo, por
assim dizer, saudades de um Paraíso que ele não conhece.
Depois de maravilhar-se com
o firmamento repleto de estrelas, existe no homem a tendência de querer
"enriquecer" a obra da criação. Por exemplo, é perfeitamente
concebível que as perguntas seguintes fossem feitas: E se as estrelas fossem
coloridas? E se elas fossem semelhantes a enormes pedras preciosas que
espargissem luz própria? Que tipo de constelação formariam?
Será que, além dessas
"estrelas", esses pingos de beleza inspirariam o desejo de coisas
ainda melhores e mais belas? Eles "conduziriam" à procura de coisas
mais perfeitas; poderiam levar à busca da perfeição? Chegariam até Deus?
Essas são perguntas ociosas
feitas em uma noite de verão, a alguns minutos antes de o Ano Novo chegar?
Penso que não!
É bem possível que o homem
que inventou os fogos de artifício estivesse com a mente povoada de pensamentos
sérios, de considerações e interrogações dessa natureza... E foi por isso que
ele, com seus fogos, subiu e iluminou o céu com estrelas que cintilavam sem
existir, conseguindo assim embelezar a própria beleza.
Com a mente cheia dessas
considerações, e, pelo simples fato (sublime fato) de que Deus concedeu ao ser
humano desejos e aptidões pelas quais ele, de alguma forma, complementa a obra
da Criação.
E complementa com coisas
belas. Pois, sendo Deus a Beleza, o que vem de suas mãos, além de ser
verdadeiro, é bom e... belo.
O que acabo de dizer me passou
pela mente vendo uma queima de fogos de artificio, ainda há poucas horas atrás,
exatamente quando 2012 deixou de existir e em seu lugar veio 2013, que também
será de efêmera duração...
De norte a sul, de repente,
o céu do Brasil ficou mais belo. E foi a descoberta dos fogos de artifício,
nascida, penso eu, do desejo de um belo maior que possibilitou iluminar a noite
com sucessivas chuvas de coloridas estrelas cintilantes, cascatas de constelações
diferentes, originais e formadoras de realidades de curta duração e profunda
alegria, encanto e admiração, que insinuavam um universo diferente, uma
realidade que vai além do real, ...mais bela ainda.
Valeu a pena, por instantes,
sonhar realidades, desejar o aparentemente impossível. Valeu a pena pensar na
Beleza, procurar o Belo, sentir saudades do futuro. Ver, de repente, o fugidio
reflexo Deus. (JSG)
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