1. VIVAM, CAR@S INTERNAUTAS!
2. ARRANJOS SECRETOS OU LEI E TRANSPARÊNCIA
O
Acordo Jurídico entre Santa Sé e o Estado de Cabo Verde é de 16 de
Dezembro de 2013 e nele se prevê a possibilidade do ensino religioso na
escola pública (artigo 16). A Lei n° 64/VIII/2014 de 16 de maio é que
estabelece o Regime Jurídico da Liberdade de Religião e de Culto em Cabo
Verde e nela se prevê, no artigo 30°, o ensino religioso na escola
pública, podendo ser requerido ao Governo por todas as comunidades
religiosas em grupo ou isoladamente. As Diocese de Mindelo e de Santiago
requereram-no.
Diálogo da Igreja Católica com os Governos de Cabo Verde estão em curso desde 2015.
3. ESTADO LAICO E ENSINO CONFESSIONAL OU LAICISMO INDIFERENTE E COACTANTE
A
EMRC é confessional. Há experiências de ensino religioso confessional
em escolas públicas consideradas não confessionais e em Países com
estados considerados democráticos e laicos como a Alemanha, o Reino
Unido, Portugal. O laicismo da Revolução Francesa e de Marquês de Pombal
levou ao juramento à religião republicana e à expulsão de religiosos
respetivamente.https://pleno.news/.../ensino-religioso-confessional-em...
4.
ESTADO LAICO DE UM POVO RELIGIOSO OU GOVERNO ATEU DE UM POVO CRENTE
Povos tidos como muito religiosos na América Latina tiveram ou têm
elites, fazedores de opinião, estados ou governos muito críticos
perante o religião. Em alguns países da Europa em que se leciona
Religião nas escolas, a maioria da população é descrente. Qual o caminho
poderíamos propor para Cabo Verde, sabendo quem são os cabo-verdianos?
Qual é o papel do estado segundo nossa Constituição e segundo o que é de
justiça e da equidade?
5. RELIGIÃO, ÓPIO DO POVO ALIENADO OU EXPERIÊNCIA ESSENCIAL E PLENIFICANTE
A
primeira parte da alternativa é defendida pelos que apelam o ser humano
a dobrar-se sobre si mesmo, uma vez que o procurar-se fora de si, mesmo
que seja a partir de si, é pura alienação ( L. Feuerbach), é ser-se
traído e dopado pelo dominador (K. Marx), é ser-se neurótico e ir-se
atrás de uma ilusão (S. Freud).
Para a segunda
alternativa podem vir em socorro os que encorajam o ser humano a mão
ter medo de si mesmo e de suas interrogações sobre sua origem e seu
destino, não sendo causa de si mesmo, a não tapar seus ouvidos às
respostas que se balbuciam da sua existência e mostram que sagrado e
profano são experimentados em todas as culturas (M. Eliade), que todos
os seres humanos procuram os outros e o Outro pela experimentação do
fascinante e o tremendo do fenômeno religioso (R. Otto), que todos os
humanos procuram o absoluto não como aquilo que nos propomos mas como
Aquele -Deus- a partir do qual nos propomos algo (K. Jaspers). Paul
Ricoeur e Carl Jung, psicanalista, perguntam pela motivação vital do ser
humano e encontram-na no rosto do Outro na religiosidade. É inefável o
mistério do ser humano. Como decifraríamos este enigma? Marginalizando a
religião ou tê-la como verdadeiramente importante, não apenas no
sentido utilitário e eleitoralista?
Muito obrigado.
quarta-feira, 17 de julho de 2019
ERMC segundo o padre João Augusto Mendes Martins
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