Conheça
a história de David Reimer, a primeira cobaia dos ideólogos de gênero e
a prova suficiente de que essa teoria é uma farsa

Está às portas de ser votado o Plano Nacional de Educação. O projeto de
lei lança as diretrizes e metas da educação pública para os próximos 10
anos e, não obstante a clara oposição do povo brasileiro a um sistema
educacional permissivo e imoral, permanece firme o desejo de alguns
grupos políticos em firmar compromisso com a "agenda de gênero", tão
querida pelas organizações internacionais e por "intelectuais" engajados
em causas revolucionárias.
Só que a tão falada "identidade de gênero", embora receba financiamento
pesado de fora, não consegue sustentar-se cientificamente. Às vésperas
de um evento tão importante para o futuro das crianças e adolescentes do
Brasil, é oportuno recordar uma história recente que põe em xeque não
só a autenticidade da "agenda de gênero" como a própria honestidade de
seus propagadores.
Esta história começa na famosa universidade
Johns Hopkins, na cidade de Baltimore, Estados Unidos. É aí
que o médico neozelandês John Money e sua equipe se destacam por sua
pesquisa nas áreas de sexologia e por cunhar, em seus trabalhos, termos
como "papel de gênero" e "identidade de gênero". A sua teoria é a de que
o sexo das pessoas, ao invés de ser dado pela nature ["natureza"], é uma questão de nurture
["educação"]. Assim, uma criança em tenra idade, mesmo com o aparelho
genital de um sexo, poderia ser criada e educada como sendo de outro
sexo. A biologia seria subvertida pela psicologia, ou, dito em outros
termos, o projeto do Criador poderia ser arbitrariamente transformado
pelo homem.
Até 1967, as ideias de John Money já eram mundialmente famosas, mas
permaneciam no papel. É quando a família Reimer decide recorrer ao
renomado médico: um de seus filhos gêmeos, Bruce, teve seu órgão genital
cauterizado durante uma circuncisão, e a sua mãe, Janet Reimer –
interessada após assistir a um programa de televisão sobre a teoria do
dr. Money – decide confiar ao médico o problema de seu filho.
Nas mãos de Money, Bruce, com apenas 22 meses de vida, sofre uma
intervenção cirúrgica e passa a chamar-se Brenda. Recebendo
acompanhamento constante do doutor, a família Reimer era a cobaia de que
Money precisava para provar de vez sua teoria. De fato, o médico
neozelandês escreve vários estudos usando o caso Brenda como "prova
dramática" de que sua "teoria da neutralidade" estava correta: se era
possível educar um menino como menina, homens e mulheres não eram mais
dados biológicos, mas meras "aprendizagens sociais".
No entanto, à medida que Brenda cresce, sua mãe nota algo de muito
errado. "Eu via que Brenda não era feliz como garota, não obstante o que
eu tentasse fazer por ela ou como eu tentasse educá-la, ela era muito
rebelde, era muito masculina e eu não conseguia convencê-la a fazer nada
que fosse feminino", conta Janet Reimer, em um documentário produzido
pela BBC. "Brenda não tinha quase nenhum, nenhum amigo enquanto crescia.
Todo mundo realmente a matava, chamavam-na de ‘mulher da caverna’. Ela
era uma garota muito só" [1].
Aos catorze anos, já longe dos olhos de Money e cada vez mais isolada
socialmente, Brenda descobre, de sua mãe, que nascera como homem e tinha
sido criada como mulher à força. A partir de então, ela muda seu nome
para David e tenta, apesar de tantos percalços, levar uma vida comum,
como homem. No entanto, a morte de seu irmão por uma overdose de
antidepressivos, em 2002, aliada a um casamento conturbado, culmina em
uma tragédia: no dia 4 de maio de 2004, David deixa a casa de seus pais
pela última vez, vai a uma mercearia e comete suicídio.
Antes desse fim dramático, David Reimer expôs o seu caso à mídia, a fim
de tornar públicas a perversidade das ideias de Money e a farsa de sua
"teoria de gênero". "Era-me dito que eu era uma garota, mas eu não
gostava de me vestir como uma garota, eu não gostava de me comportar
como uma garota, eu não gostava de agir como uma garota", confessa
David[2].
"Eu não sou um professor de nada, mas você não acorda uma manhã decidindo se é menino ou menina, você apenas sabe".
"Não se acorda de manhã decidindo se se é menino ou menina": essa lição
foi aprendida a um alto custo pela família Reimer. É esse o mesmo custo
que as famílias brasileiras querem pagar, aceitando que a ideologia de
gênero seja implantada em nossas escolas?
Quando se combate a inserção do termo "gênero" no ordenamento jurídico
brasileiro, não se está a afirmar uma posição "discriminatória" ou
"preconceituosa", como insinuam alguns grupos. Ao contrário, o que se
pretende é que o Brasil seja livre de uma teoria comprovadamente
mentirosa e ideológica. Ou queremos, por acaso, copiar os experimentos
ridículos de Money e repetir o drama da família Reimer no seio de nossas
famílias?
"Você vai sempre encontrar pessoas que vão dizer: bem, o caso do Dave
Reimer podia ter tido sucesso. Eu sou a prova viva, e se você não vai
tomar minha palavra como testemunho, por eu ter passado por isso, quem
mais você vai ouvir?" [3]. Que a alma de David Reimer descanse em paz. E
que a sua conturbada vida lembre às pessoas o quanto é terrível
subverter o plano do próprio Criador inscrito na natureza humana.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
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