A Quaresma é um tempo penitencial, de oração,
jejum e esmola, onde a cor litúrgica é o roxo. Todavia, temos, no decorrer
deste tempo, um momento de júbilo, onde a cor litúrgica passa do roxo para o
rosa. É o chamado "Domingo Laetare", ou "Domingo da
Alegria", que ocorrerá neste próximo domingo (10/03). Mas, você sabe o
porquê?
O IV Domingo da Quaresma
recebe estes nomes porque assim começa, neste dia, a Antífona de Entrada da
Eucaristia: "Laetare, Ierusalem, et conventum facite omnes qui diligites
eam; gaudete cum laetitia, qui in tristitia fuistis; ut exsultetis, et
satiemini ab uberibus consolationis vestrae" ("Alegra-te Jerusalém!
Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria!
Saciai-vos com a abundância de suas consolações"), conforme Isaías 66,
10-11.
A cor litúrgica passa do
roxo para o rosa para representar a alegria pela proximidade da Páscoa.
Este domingo já foi chamado
também de"Domingo das Rosas", pois, na antiguidade, os cristãos
costumavam se presentear com rosas. E é aqui que surge a"Rosa de
Ouro".
No século X surgiu, então, a
tradição da"Bênção da Rosa", ocasião em que o Santo Padre, no IV
Domingo da Quaresma, ia do Palácio de Latrão à Basílica Estacional de Santa
Cruz de Jerusalém, levando na mão esquerda uma rosa de ouro que significava a
alegria pela proximidade da Páscoa. Com a mão direita, o Papa abençoava a
multidão. Regressando processionalmente a cavalo, o Papa tinha sua montaria
conduzida pelo prefeito de Roma. Ao chegar, presenteava o prefeito com a rosa,
em reconhecimento pelos seus atos de respeito e homenagem.
Daí, então, teve início o
costume de oferecer a"Rosa de Ouro", para personalidades e
autoridades que mantinham uma relação saudável com a Santa Sé, como príncipes, imperadores,
reis...
Leão XIII enviou, em 1888,
uma Rosa Áurea à princesa Isabel. Nos tempos modernos os papas costumam remeter
este símbolo de afeto pessoal a santuários de destaque. Por exemplo, o
Santuário de Nossa Senhora de Fátima, recebeu uma Rosa de Ouro de Paulo VI, em
1965, e a Basílica de Nossa Senhora Aparecida recebeu uma de Paulo VI, em 1967
e outra de Bento XVI, em 2007.
Fonte: http://www.gaudiumpress.org
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