sexta-feira, 6 de março de 2015

Liturgia do dia 6 de março de 2015

Sexta-feira, 6 de Março de 2015.
Santo do dia: São Juliano, Bispo
Cor litúrgica: roxo
Evangelho de hoje: São Mateus 21, 33-43.45-46
Primeira leitura: Gênesis 37, 3-4.12-13.17-28
Leitura do livro do Gênesis:
3Israel amava mais a José do que a todos os outros filhos, porque lhe tinha nascido na velhice. E por isso mandou fazer para ele uma túnica de mangas longas. 4Vendo os irmãos que o pai o amava mais do que a todos eles, odiavam-no e já não lhe podiam falar pacificamente. 12Ora, como os irmãos de José tinham ido apascentar o rebanho do pai em Siquém, 13adisse Israel a José: “Teus irmãos devem estar com os rebanhos em Siquém. Vem, vou enviar-te a eles”. 17bPartiu, pois, José atrás de seus irmãos e encontrou-os em Dotaim. 18Eles, porém, tendo-o visto ao longe, antes que se aproximasse, tramaram a sua morte. 19Disseram entre si: “Aí vem o sonhador! 20Vamos matá-lo e lançá-lo numa cisterna, depois diremos que um animal feroz o devorou. Assim veremos de que lhe servem os sonhos”. 21Rúben, porém, ouvindo isto, disse-lhes: 22“Não lhe tiremos a vida”! E acrescentou: “Não derrameis sangue, mas lançai-o naquela cisterna do deserto, e não o toqueis com as vossas mãos”. Dizia isto, porque queria livrá-lo das mãos deles e devolvê-lo ao pai. 23Assim que José chegou perto dos irmãos, estes despojaram-no da túnica de mangas longas, pegaram nele 24e lançaram-no numa cisterna que não tinha água. 25Depois, sentaram-se para comer. Levantando os olhos, avistaram uma caravana de ismaelitas, que se aproximava, proveniente de Galaad. Os camelos iam carregados de especiarias, bálsamo e resina, que transportavam para o Egito. 26E Judá disse aos irmãos: “Que proveito teríamos em matar nosso irmão e ocultar o seu sangue? 27É melhor vendê-lo a esses ismaelitas e não manchar nossas mãos, pois ele é nosso irmão e nossa carne”. Concordaram os irmãos com o que dizia. 28Ao passarem os comerciantes madianitas, tiraram José da cisterna, e por vinte moedas de prata o venderam aos ismaelitas: e estes o levaram para o Egito.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 104 (105)
— Mandou vir, então, a fome sobre a terra e os privou de todo pão que os sustentava; um homem enviara à sua frente, José que foi vendido como escravo.
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!
— Apertaram os seus pés entre grilhões e amarraram seu pescoço com correntes, até que se cumprisse o que previra, e a palavra do Senhor lhe deu razão.
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!
— Ordenou, então, o rei que o libertassem, o soberano das nações mandou soltá-lo; fez dele o senhor de sua casa, e de todos os seus bens o despenseiro.
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 21, 33-43.45-46
- Jesus Cristo, sois bendito, sois o ungido de Deus Pai!
- Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer encontre vida eterna (Jo 3, 16)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:
Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, disse-lhes: 33“Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, fez nela um lagar para esmagar as uvas e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou-a a vinhateiros, e viajou para o estrangeiro. 34Quando chegou o tempo da colheita, o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros para receber seus frutos. 35Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados, espancaram a um, mataram a outro, e ao terceiro apedrejaram.36O proprietário mandou de novo outros empregados, em maior número do que os primeiros. Mas eles os trataram da mesma forma. 37Finalmente, o proprietário, enviou-lhes o seu filho, pensando: ‘Ao meu filho eles vão respeitar’. 38Os vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança!’ 39Então agarraram o filho, jogaram-no para fora da vinha e o mataram. 40Pois bem, quando o dono da vinha voltar, que fará com esses vinhateiros?” 41Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”. 42Então Jesus lhes disse: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?” 43Por isso eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos. 45Os sumos sacerdotes e fariseus ouviram as parábolas de Jesus, e compreenderam que estava falando deles.46Procuraram prendê-lo, mas ficaram com medo das multidões, pois elas consideravam Jesus um profeta.
— Palavra da Salvação
— Glória a vós, Senhor
Comentário do dia por São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge, bispo 
Terceira homilia sobre o Cântico dos Cânticos
Frutificar naquele que nos foi dado na plenitude dos tempos
«O meu amado é um cacho de uvas de Chipre entre as vinhas de Engadi» (Ct 1,14). […] Este cacho divino cobre-se de flores antes da Paixão e derrama o seu vinho na Paixão. […] Na videira, o cacho não tem sempre a mesma forma, muda com o tempo: floresce, incha e, depois de estar perfeitamente maduro, vai-se transformar em vinho. A videira promete, pois, pelo seu fruto: ainda não está maduro e no ponto para dar vinho, mas espera a plenitude dos tempos. No entanto, não é absolutamente incapaz de nos alegrar. Com efeito, já antes do sabor, encanta o olfacto na espera de bens futuros, e seduz os sentidos da alma pelos aromas da esperança. Porque a garantia da graça esperada torna-se já alegria para os que esperam com constância. Assim é a uva de Chipre que promete o vinho antes de o ser: pela sua flor – a sua flor é a esperança –, dá-nos a garantia da graça futura. […]

Aquele cuja vontade está em harmonia com a do Senhor, porque «a medita dia e noite», torna-se «uma árvore plantada à beira de um riacho, que dá fruto na estação própria, e cuja folha não morre» (Sl 1,1-3). É por isso que a videira do Esposo, que criou raízes no solo fértil de Engadi, isto é, no fundo da alma que é regada e enriquecida pelos ensinamentos divinos, produz este cacho rico e cheio, no qual pode contemplar o seu próprio jardineiro e o seu enólogo. Bem-aventurada esta terra cultivada, cuja flor reproduz a beleza do Esposo! Uma vez que este é a luz verdadeira, a vida verdadeira e a verdadeira justiça […], e também muitas outras virtudes, se alguém, por suas obras, se assemelha ao Esposo, quando olha para o cacho da sua própria consciência, vê o próprio Esposo, porque reflecte a luz da verdade numa vida luminosa e imaculada. Foi por isso que esta videira fecunda disse: «A minha vinha floresce, os botões estão a abrir» (cf Ct 7,13). O Esposo, que é esta verdadeira vinha em pessoa, aparece amarrado ao lenho, e o seu sangue tornou-se bebida de salvação para os que exultam na sua redenção.

Fonte: www.arautos.org

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