A liturgia deste domingo deixa claro que Deus chama todos os homens e
mulheres a empenhar-se na construção do mundo de justiça e paz que Deus
sonhou para todos os seus filhos e filhas. Diante da proposta de Deus,
nós podemos assumir duas atitudes: ou dizer “sim” a Deus e colaborar com
Ele, ou escolher caminhos de egoísmo, comodismo e isolamento e desistir
do compromisso que Deus nos pede.
Evangelho de Mateus 21, 28-32: Jesus nos ensina que
fazer a vontade de Deus não é somente dizer que a faz e não realizar,
mas sim, concretizar a vontade de Deus.
A Palavra de Deus hoje nos exorta a um compromisso sério e coerente
com Deus, um compromisso que signifique um empenho real e exigente na
construção de um mundo novo, de justiça, de fraternidade, de paz.
Na primeira leitura, o profeta Ezequiel convida os israelitas
exilados na Babilônia a comprometerem-se de forma séria e consequente
com Deus, sem rodeios, evasivas ou subterfúgios. Cada fiel deve tomar
consciência das consequências do seu compromisso com Deus e viver, com
coerência, as implicações práticas da sua adesão a à Aliança com Ele.
A segunda leitura apresenta aos cristãos de Filipos o exemplo de
Cristo: apesar de ser Filho de Deus, Cristo não afirmou com arrogância e
orgulho a sua condição divina, mas assumiu a realidade da fragilidade
humana, fazendo-se servidor dos homens para nos ensinar a suprema lição
do amor, do serviço, da entrega total da vida por amor.
Os cristãos são chamados por Deus a seguir Jesus e a viver do mesmo jeito, na entrega total ao Pai e aos seus projetos.
O Evangelho diz como se concretiza o compromisso do cristão com Deus.
O “sim” que Deus nos pede não é uma declaração teórica de boas
intenções, sem implicações práticas; mas é um compromisso firme,
coerente, sério e exigente com o Reino, com os seus valores, com o
seguimento de Jesus Cristo.
O verdadeiro cristão não é aquele que dá boa impressão, que finge
respeitar as regras e que tem um comportamento irrepreensível do ponto
de vista das convenções sociais; mas é aquele que cumpre na realidade da
vida a vontade de Deus.
A parábola dos dois filhos chamados para trabalhar na vinha do pai
sugere que, na perspectiva de Deus, todos os seus filhos são iguais e
têm a mesma responsabilidade na construção do Reino.
Diante do chamado de Deus, há dois tipos de resposta. Há aqueles que
escutam o chamado, mas não são capazes de vencer a preguiça e o
comodismo e não vão trabalhar na vinha, mesmo que tenham dito sim a Deus
e tenham sido batizados; e há aqueles que acolhem o chamado de Deus e
que lhe respondem de forma generosa.
A mensagem do Evangelho é clara: não basta dizer um sim inicial a
Deus; mas é preciso que esse sim se confirme, depois, num verdadeiro
empenho na vinha do Senhor.
Ou seja: não bastam palavras e declarações de boas intenções; é
preciso viver, dia a dia, os valores do Evangelho, seguir Jesus nesse
caminho de amor e de entrega que Ele percorreu, construir, com gestos
concretos, um mundo de justiça, de bondade, de solidariedade, de perdão,
de paz.
sábado, 27 de setembro de 2014
Dicas Litúrgicas para 26º domingo - ano A
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