quarta-feira, 10 de março de 2010

CONFERÊNCIAS QUARESMAIS II

28 de Fevereiro
2º Tema: A Vocação sacerdotal – chamamento de Deus/contexto familiar / Social.
Orador: Padre Álvaro Alves dos Santos


Diferentes linguagens sobre o sacerdote
As linguagens variam conforme o sujeito que as constrói no horizonte dos seus interesses. A igreja tem uma linguagem própria sobre o sacerdócio.
Bento XVI cita o próprio Cura d´Ars. Para ele, o sacerdote «é o maior tesouro que o bom Deus pode conceder a uma paróquia e um dos dons mais preciosos da misericórdia divina» em outro momento, o santo exclama: «Oh, como é grande o padre! (…) se lhe fosse dado compreender-se a si mesmo, morreria. (…) Deus obedece-lhe: ele pronuncia duas palavras e, à sua voz, Nosso Senhor desce do céu e encerra-se numa pequena hóstia.

Profissão e vocação
Atravessa o ministério presbiteral a tensão inevitável. Tem duas faces: vocacional e profissional. Profissão e vocação ressoam diferentemente, embora se entrecruzam. A vocação se opõe antes do lado do carisma, da inspiração, enquanto a profissão cultiva o ofício, o encargo.

Conceituação de profissão
Na origem da palavra estão dois étimos: pró+fateor. Fateor significa declarar, confessar. Pró denota fazê-lo de alguém, pessoa ou instituição. Ao exercer uma profissão, declaramos diante da sociedade a nossa habilidade para determinado exercício. A profissão busca principalmente o reconhecimento social.
Vocação
No coração da palavra «vocação» se esconde o étimo «voc», de vox do latim. Em português significa voz. Que voz está na origem da vocação.
A psicologia ouve-a como realização pessoal. Movem-se o gosto, o prazer, a felicidade que a vocação promete até a paixão. Seguem-se atitudes de entrega, dedicação, empenho, à custa mesmo de sacrifícios.

O problema da escolha vocacional
No que se refere às profissões, a sociedade impõe regras. Algumas severas. Controla-se o seu exercício, exigindo cursos, diplomas, inscrições em órgãos do Estado. A vocação como tal, escapa de tais sujeições. Ela brota do coração. Mas, no momento em que se assume aspectos profissionais, cai sob as mesmas obrigações.
No caso da vocação sacerdotal, temos claramente dois momentos. O candidato, com base no discernimento espiritual, chega à convicção de que tem vocação. Sente-se chamado por Deus para tal missão eclesiástica. Nesse momento, interfere Igreja institucional para aceitá-lo ou não. E ela impõe condições para a realização de tal vocação.
Houve uma grande participação nos debates com cerca de 12 intervenções da assembleia.
Na próxima quinta-feira, o Pe. José Álvaro Borja apresentará o tema: As dimensões da formação sacerdotal – Humana, Espiritual, Intelectual, Pastoral. Convidamos de modo especial os jovens e adolescentes a participarem no encontro.

In Água Viva – Folha Semanal Inter-Paroquial – Praia, Cabo Verde, 28 de Fevereiro de 2010

1 comentário:

  1. Parabéns paróquia de Nossa Senhora da Graça por mais uma iniciativa.
    Ricardino Rocha

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