sábado, 30 de janeiro de 2016

Liturgia diária: 30 de janeiro de 2016

Sábado, 30 de Janeiro de 2015.
Santo do dia: Santa Jacinta Mariscotti, virgem
Cor litúrgica: verde
Primeira leitura: Samuel 12, 1-7.10-17
Leitura do segundo livro de Samuel:
Naqueles dias: 1O Senhor mandou o profeta Natã a Davi. Ele foi ter com o rei e lhe disse-lhe: 'Numa cidade havia dois homens, um rico e outro pobre. 2O rico possuía ovelhas e bois em grande número. 3O pobre só possuía uma ovelha pequenina, que tinha comprado e criado. Ela crescera em sua casa junto com seus filhos, comendo do seu pão, bebendo do mesmo copo, dormindo no seu regaço. Era para ele como uma filha. 4Veio um hóspede à casa do homem rico, e este não quis tomar uma das suas ovelhas ou um dos seus bois para preparar um banquete e dar de comer ao hóspede que chegara. Mas foi, apoderou - se da ovelhinha do pobre e preparou-a para o visitante'. 5Davi ficou indignado contra esse homem e disse a Natã: 'Pela vida do Senhor, o homem que fez isso merece a morte! 6Pagará quatro vezes o valor da ovelha, por ter feito o que fez e não ter tido compaixão'. 7aNatã disse a Davi: 'Esse homem és tu! Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: 10Por isso, a espada jamais se afastará de tua casa, porque me desprezaste e tomaste a mulher do hitita Urias para fazer dela a tua esposa. 11Assim diz o Senhor: Da tua própria casa farei surgir o mal contra ti e tomarei as tuas mulheres, sob os teus olhos, e as darei a um outro, e ele se aproximará das tuas mulheres à luz deste sol. 12Tu fizeste tudo às escondidas. Eu, porém, farei o que digo diante de todo o Israel e à luz do sol'. 13Davi disse a Natã; 'Pequei contra o Senhor'. Natã respondeu-lhe: 'De sua parte, o Senhor perdoou o teu pecado. de modo que não morrerás! 14Entretanto, por teres ultrajado o Senhor com teu procedimento o filho que te nasceu morrerá'. 15E Natã voltou para a sua casa. O Senhor feriu o filho que a mulher de Urias tinha dado a Davi e ele adoeceu gravemente. 16Davi implorou a Deus pelo menino e fez um grande jejum. E, voltando para casa, passou a noite deitado no chão. 17Os anciãos do palácio insistiam com ele para que se levantasse do chão; mas ele não o quis fazer nem tomar com eles alimento algum.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 50 (51)
- Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
R: Criai em mim um coração que seja puro!
- Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Ensinarei vosso caminho aos pecadores, e para vós se voltarão os transviados.
R: Criai em mim um coração que seja puro!
- Da morte como pena, libertai-me, e minha língua exaltará vossa justiça! Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor!
R: Criai em mim um coração que seja puro!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 4, 35-41
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer encontre vida eterna (Jo 3, 16)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:
35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: 'Vamos para a outra margem!' 36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: 'Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?' 39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: 'Silêncio! Cala-te!' O ventou cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: 'Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?' 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: 'Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por Santa Teresa de Ávila (1515-1582)
Carmelita descalça, Doutora da Igreja
Carta 284, às Carmelitas de Sevilha

No meio da tormenta
Coragem, minhas filhas! Coragem! Lembrai-vos de que Deus não dá a ninguém mais trabalhos do que os que a pessoa pode sofrer, e que sua Majestade está com os atribulados. Nada deveis temer, mas esperar na sua misericórdia, que Ele trará à luz a verdade e descobrirá as tramas que o demónio tinha escondidas para lançar a tribulação entre vós. […] Oração, oração, minhas irmãs! É agora que devem esplandecer a humildade e a obediência em cada uma de vós. […]
Oh, que momento tão propício para recolherdes os frutos das resoluções que tomastes de servir a Nosso Senhor! Vede bem que, muitas vezes, Ele quer provar se as obras respondem às resoluções e às palavras. Honrai nesta grande provação as filhas da Virgem, vossas irmãs. Se vos aplicardes nesta intenção, o bom Jesus há-de ajudar-vos; ainda que durma no mar quando a tempestade rugir, Ele faz parar os ventos. Mas quer que nós Lho peçamos, e ama-nos tanto que procura sempre novos meios para fazer progredir as nossas almas. Bendito seja o seu nome para sempre! Amen, amen.
Em todos os mosteiros, recomendamo-vos insistentemente a Deus. E assim espero que, na sua bondade, em breve Ele há-de tratar de tudo. Em consequência, esforçai-vos por estar alegres e por considerar que, vendo bem as coisas, é pouco tudo o que se padece por um Deus tão bom que tanto sofreu por nós, pois afinal não chegastes ainda a verter sangue por Ele (Heb 12,4). […]. Deixai agir o vosso Esposo, e vereis como, dentro em pouco, o mar tragará os que nos fazem guerra, tal como Ele fez ao rei Faraó.
Fonte: www.arautos.org

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Liturgia diária: 29 de janeiro de 2016

Sexta-feira, 29 de Janeiro de 2016.
 Santo do dia: Beato Bronislau Markiewicz, presbítero
Cor litúrgica: verde
Primeira leitura: Samuel 11, 1-10.13-17
Leitura do segundo livro de Samuel:
1No ano seguinte, na época em que os reis costumavam partir para a guerra, Davi enviou Joab com os seus oficiais e todo o Israel, e eles devastaram o país dos amonitas e sitiaram Rabá. Mas Davi ficou em Jerusalém. 2Ora, um dia, ao entardecer, levantando-se Davi de sua cama, pôs-se a passear pelo terraço de sua casa e avistou dali uma mulher que se banhava. Era uma mulher muito bonita. 3Davi procurou saber quem era essa mulher e disseram-lhe que era Betsabéia, filha de Eliam, mulher do hitita Urias. 4aEntão Davi enviou mensageiros para que a trouxessem. Ela veio e ele deitou-se com ela. 5Em seguida, Betsabéia voltou para casa. Como ela concebesse, mandou dizer a Davi: 'Estou grávida'. 6Davi mandou esta ordem a Joab: 'Manda-me Urias, o hitita'. E ele mandou Urias a Davi. 7Quando Urias chegou, Davi pediu-lhes notícias de Joab, do exército e da guerra. 8E depois disse-lhe: 'Desce à tua casa e lava os pés'. Urias saiu do palácio do rei e, em seguida, este enviou-lhe um presente real. 9Mas Urias dormiu à porta do palácio com os outros servos do seu amo, e não foi para casa. 10aE contaram a Davi, dizendo-lhe: 'Urias não foi para sua casa'. 13Davi convidou-o para comer e beber à sua mesa e o embriagou. Mas, ao entardecer, ele retirou-se e foi-se deitar no seu leito, em companhia dos servos do seu senhor, e não desceu para a sua casa. 14Na manhã seguinte, Davi escreveu uma carta a Joab e mandou-a pelas mãos de Urias. 15Dizia nela: 'Colocai Urias na frente, onde o combate for mais violento, e abandonai-o para que seja ferido e morra'. 16Joab, que sitiava a cidade, colocou Urias no lugar onde ele sabia estarem os guerreiros mais valentes. 17Os que defendiam a cidade, saíram para atacar Joab, e morreram alguns do exército, da guarda de Davi. E morreu também Urias, o hitita.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 50 (51)
- Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!
R: Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!
- Eu reconheço toda a minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!
R: Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!
- Mostrais assim quanto sois justo na sentença, e quanto é reto o julgamento que fazeis. Vede, Senhor, que eu nasci na iniquidade e pecador minha mãe me concebeu.
R: Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!

- Fazei-me ouvir cantos de festa e de alegria, e exultarão estes meus ossos que esmagastes. Desviai o vosso olhar dos meus pecados e apagai todas as minhas transgressões!
R: Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 4, 26-34
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11, 25)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:
Naquele tempo: 26Jesus disse à multidão: 'O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. 28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou'. 30E Jesus continuou: 'Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra'. 33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Fonte: www.arautos.org

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Liturgia diária: 28 de janeiro de 2016

Quinta-feira, 28 de Janeiro de 2016.
Santo do dia: São Tomás de Aquino, presbítero e Doutor
Cor litúrgica: branco
Primeira leitura: Samuel 18-19.24-29
Leitura do segundo livro de Samuel:
Depois que Natan falara a Davi, rei entrou no tabernáculo 18foi assentar-se diante do Senhor, e disse: 'Quem sou eu, Senhor Deus, e o que é a minha família, para que me tenhas conduzido até aqui? 19Mas, como isto te parecia pouco, Senhor Deus, ainda fizeste promessas à casa do teu servo para um futuro distante. Porque esta é a lei do homem, Senhor Deus! 24Estabeleceste o teu povo, Israel, para que ele seja para sempre o teu povo; e tu, Senhor, te tornaste o seu Deus. 25Agora, Senhor Deus, cumpre para sempre a promessa que fizeste ao teu servo e à sua casa, e faze como disseste! 26Então o teu nome será exaltado para sempre, e dirão: 'O Senhor Todo-poderoso é o Deus de Israel'. E a casa do teu servo Davi permanecerá estável na tua presença. 27Pois tu, Senhor Todo-poderoso, Deus de Israel, fizeste esta revelação ao teu servo: 'Eu te construirei uma casa. Por isso o teu servo se animou a dirigir-te esta oração. 28Agora, Senhor Deus, tu és Deus e tuas palavras são verdadeiras. Pois que fizeste esta bela promessa ao teu servo, 29abençoa, então, a casa do teu servo, para que ela permaneça para sempre na tua presença. Porque és tu, Senhor Deus, que falaste, e é graças à tua bênção que a casa do teu servo será abençoada para sempre'.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 131 (132)
- Recordai-vos, ó Senhor, do rei Davi e de quanto vos foi ele dedicado; do juramento que ao Senhor havia feito e de seu voto ao Poderoso de Jacó:
R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.

- 'Não entrarei na minha tenda, minha casa, nem subirei à minha cama em que repouso, não deixarei adormecerem os meus olhos, nem cochilarem em descanso minhas pálpebras, até que eu ache um lugar para o Senhor, uma casa para o Forte de Jacó!'
R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.

- O Senhor fez a Davi um juramento, uma promessa que jamais renegará: 'Um herdeiro que é fruto do teu ventre colocarei sobre o trono em teu lugar!
R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.

- Se teus filhos conservarem minha Aliança e os preceitos que lhes dei a conhecer, os filhos deles igualmente hão de sentar-se eternamente sobre o trono que te dei!
R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.
- Pois o Senhor quis para si Jerusalém e a desejou para que fosse sua morada: 'Eis o lugar do meu repouso para sempre, eu fico aqui: este é o lugar que preferi!'
R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 4, 21-25
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Vossa palavra é uma luz para os meus passos e uma lâmpada luzente em meu caminho (Sl 118, 105)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:
Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 1'Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama? Ao contrário, não a coloca num candeeiro? 22Assim, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto, e tudo o que está em segredo deverá ser descoberto. 23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.' 24Jesus dizia ainda: 'Prestai atenção no que ouvis: com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos; e vos será dado ainda mais. 25Ao que tem alguma coisa, será dado ainda mais; do que não tem, será tirado até mesmo o que ele tem.'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por Santo Inácio de Antioquia (?-c. 110)
Bispo, mártir - Carta aos Efésios, §§ 13-15 (trad. coll. Icthus, vol. 2, p. 80)

«Nada há escondido que não venha a descobrir-se»
Cuidai de vos reunirdes com mais frequência para oferecer a Deus a vossa eucaristia, as vossas acções de graças e os vossos louvores. Por vos reunirdes frequentemente, enfraqueceis as forças de Satanás e o seu poder pernicioso dissipa-se perante a unanimidade da vossa fé. Haverá algo melhor do que a paz, esta paz que desarma todos os nossos inimigos espirituais e carnais?
Não ignorareis nenhuma destas verdades, se tiverdes por Jesus Cristo uma fé e uma caridade perfeitas. Estas duas virtudes são o princípio e o fim da vida: a fé é o seu princípio, a caridade, a sua perfeição; a união das duas, o próprio Deus; todas as outras virtudes as seguem em procissão para conduzir o homem à perfeição. A profissão da fé é incompatível com o pecado e a caridade com o ódio. «É pelos frutos que se conhece a árvore» (Mt 12,33); da mesma forma, é pelas suas obras que se reconhecem os que fazem profissão de pertencer a Cristo. Pois, neste momento, não basta fazermos profissão da nossa fé, mas temos efectivamente de a pôr em prática com perseverança, até ao fim.
Mais vale ser cristão sem o dizer, do que dizê-lo sem o ser. Fica muito bem ensinar, desde que se pratique o que se ensina. Nós temos, portanto, um só Mestre (Mt 23,8), Aquele que «disse, e tudo foi feito» (Sl 32,9). Mesmo as obras que realizou em silêncio são dignas do Pai. Aquele que compreende verdadeiramente a palavra de Jesus também é capaz de ouvir o seu silêncio; será então perfeito: agirá através de sua palavra e manifestar-se-á pelo seu silêncio. Nada escapa ao Senhor; até os nossos segredos estão na sua mão. Façamos portanto todas as nossas acções com o pensamento de que Ele habita em nós; desse modo, seremos templos seus, e Ele será o nosso Deus, que habitará em nós.
Fonte: www.arautos.org

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Liturgia diária: 27 de janeiro de 2016

Quarta-feira, 27 de Janeiro de 2016.
Santo do dia: Santa Angela Mérici, virgem
Cor litúrgica: verde
Primeira leitura: Samuel 7, 4-17
Leitura do segundo livro de Samuel:
Naqueles dias: 4A palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: 5'Vai dizer ao meu servo Davi: 'Assim fala o Senhor: Porventura és tu que me construirás uma casa para eu habitar? 6Pois eu nunca morei numa casa, desde que tirei do Egito os filhos de Israel, até ao dia de hoje, mas tenho vagueado em tendas e abrigos. 7Por todos os lugares onde andei com os filhos de Israel, disse, porventura, a algum dos chefes de Israel, que encarreguei de apascentar o meu povo: Por que não me edificastes uma casa de cedro?' 8Dirás pois, agora, ao meu servo Davi: 'Assim fala o Senhor Todo-poderoso: Fui eu que te tirei do pastoreio, do meio das ovelhas, para que fosses o chefe do meu povo, Israel. 9Estive contigo em toda parte por onde andaste, e exterminei diante de ti todos os teus inimigos, fazendo o teu nome tão célebre como o dos homens mais famosos da terra. 10Vou preparar um lugar para o meu povo, Israel: eu o implantarei, de modo que possa morar lá sem jamais ser inquietado. Os homens violentos não tornarão a oprimi-lo como outrora, 11no tempo em que eu estabelecia juízes sobre o meu povo, Israel. Concedo-te uma vida tranqüila, livrando-te de todos os teus inimigos. E o Senhor te anuncia que te fará uma casa. 12Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, então, suscitarei, depois de ti, um filho teu, e confirmarei a sua realeza. 13Será ele que construirá uma casa para o meu nome, e eu firmarei para sempre o seu trono real. 14Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. Se ele proceder mal, eu o castigarei com vara de homens e com golpes dos filhos dos homens. 15Mas não retirarei dele a minha graça, como a retirei de Saul, a quem expulsei da minha presença. 16Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para sempre'. 17Natã comunicou a Davi todas essas palavras e toda essa revelação.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 88 (89)
- 'Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito, e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor: Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, de geração em geração garantirei o teu reinado!'
R: Guardarei eternamente para ele a minha graça.

- Ele, então, me invocará: 'Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação! E por isso farei dele o meu filho primogênito, sobre os reis de toda a terra farei dele o Rei altíssimo.
R: Guardarei eternamente para ele a minha graça.

- Guardarei eternamente para ele a minha graça e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel. Pelos séculos sem fim conservarei sua descendência, e o seu trono, tanto tempo quanto os céus, há de durar'.
R: Guardarei eternamente para ele a minha graça.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 4, 1-20
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Semente é de Deus a palavra, Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:
Naquele tempo: 1Jesus começou a ensinar de novo às margens do mar da Galiléia. Uma multidão muito grande se reuniu em volta dele, de modo que Jesus entrou numa barca e se sentou, enquanto a multidão permanecia junto às margens, na praia. 2Jesus ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. E, em seu ensinamento, dizia-lhes: 3'Escutai! O semeador saiu a semear. 4Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram os pássaros e a comeram. 5Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda, 6mas, quando saiu o sol, ela foi queimada; e, como não tinha raiz, secou. 7Outra parte caiu no meio dos espinhos; os espinhos cresceram, a sufocaram, e ela não deu fruto. 8Outra parte caiu em terra boa e deu fruto, que foi crescendo e aumentando, chegando a render trinta, sessenta e até cem por um.' 9E Jesus dizia: 'Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.' 10Quando ficou sozinho, os que estavam com ele, junto com os Doze, perguntaram sobre as parábolas. 11Jesus lhes disse: 'A vós, foi dado o mistério do Reino de Deus; para os que estão fora, tudo acontece em parábolas, 12para que olhem mas não enxerguem, escutem mas não compreendam, para que não se convertam e não sejam perdoados.' 13E lhes disse: 'Vós não compreendeis esta parábola? Então, como compreendereis todas as outras parábolas? 14O semeador semeia a Palavra. 15Os que estão à beira do caminho são aqueles nos quais a Palavra foi semeada; logo que a escutam, chega Satanás e tira a Palavra que neles foi semeada. 16Do mesmo modo, os que receberam a semente em terreno pedregoso, são aqueles que ouvem a Palavra e logo a recebem com alegria, 17mas não têm raiz em si mesmos, são inconstantes; quando chega uma tribulação ou perseguição, por causa da Palavra, logo desistem. 18Outros recebem a semente entre os espinhos: são aqueles que ouvem a Palavra; 19mas quando surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e todos os outros desejos, sufocam a Palavra, e ela não produz fruto. 20Por fim, aqueles que recebem a semente em terreno bom, são os que ouvem a Palavra, a recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro cem por um.'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Fonte: www.arautos.org

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Liturgia diária: 26 de janeiro de 2016

Terça-feira, 26 de Janeiro de 2016.
Santo do dia: São Timóteo (Éfeso - Turquia) e São Tito (Creta – Grécia); Santa Paula, viúva
Cor litúrgica: branco
Primeira leitura: Timóteo 1, 1-8
Início da segunda carta de São Paulo a Timóteo:
1Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo pelo desígnio de Deus referente à promessa de vida que temos em Cristo Jesus, 2a Timóteo, meu querido filho: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor! 3Dou graças a Deus, - a quem sirvo com a consciência pura, como aprendi dos meus antepassados -, quando me lembro de ti, dia e noite, nas minhas orações. 4Lembrando-me das tuas lágrimas, sinto grande desejo de rever-te, e assim ficar cheio de alegria. 5Recordo-me da fé sincera que tens, aquela mesma fé que antes tiveram tua avó Loide e tua mãe Eunice. Sem dúvida, assim é também a tua. 6Por este motivo, exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. 7Pois Deus não nos deu um espírito de timidez mas de fortaleza, de amor e sobriedade. 8Não te envergonhes do testemunho de Nosso Senhor nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus.
- Palavra da Salvação
- Graças a Deus
Salmo 95 (96)
- Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!
R: Anunciai entre as nações os grandes feitos do Senhor!
- Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
R: Anunciai entre as nações os grandes feitos do Senhor!
- Â família das nações, dai ao Senhor, ó nações, dai ao Senhor poder e glória, dai-lhe a glória que é devida ao seu nome!
R: Anunciai entre as nações os grandes feitos do Senhor!
- Publicai entre as nações: "Reina o Senhor! Ele firmou o universo inabalável, e os povos ele julga com justiça.
R: Anunciai entre as nações os grandes feitos do Senhor!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 10, 1-9
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o evangelho (Lc 4, 18)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 1O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2E dizia-lhes: "A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!' 6Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. 8Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: 'O Reino de Deus está próximo de vós'".

- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Fonte: www.arautos.org

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Conversão de São Paulo Apóstolo

Nem a vida nem a morte podiam separar a Paulo do amor de Cristo. Por isso, dois mil anos depois do início de sua peregrinação terrena, a monumental obra apostólica do
Apóstolo das Gentes continua viva e produzindo abundantes
frutos para a Igreja
 A vocação é um dom concedido liberalmente por Deus. E, por vezes, compraz-se o Senhor em chamar alguém aparentemente contrário à missão para a qual Ele o destina, a fim de manifestar com maior fulgor o poder de Sua Graça e a gratuidade do Seu chamado. Nesses casos, apesar dos aparentes paradoxos e à revelia do próprio interessado, cujas aspirações parecem entrar em choque com os desígnios Divinos, o Senhor vai preparando os caminhos, servindo-Se até dos próprios obstáculos para fazer cumprir sua Santa Vontade.
Sao Paulo Apostolo portico-Paris-Notre-Dame.jpg
Jovem fariseu de Tarso
Nada parecia indicar que aquele jovenzinho de rosto vivo e inteligente, de nome Saulo, viesse a transformar-se num intrépido defensor de Jesus Cristo. Nascido em Tarso, na Cilícia, no seio de uma família judaica, o pequeno Saulo esteve, desde muito cedo, sujeito a duas fortes influências que pesariam grandemente na formação de seu caráter.
De um lado, as convicções religiosas que aprendera de seus pais não tardaram em fazer dele um autêntico fariseu, apegado às tradições, anelante pela chegada de um Messias vitorioso e libertador do povo eleito, então submetido ao jugo estrangeiro, e zeloso cumpridor da Lei até em suas mínimas prescrições.
De outro lado, o ambiente de sua cidade natal marcou profundamente a personalidade do jovem fariseu. Tarso - metrópole grega, súdita do Império Romano - tornarase, por sua localização privilegiada, um dos centros de comércio mais importantes daquele tempo. Regurgitava de gente, proveniente das nações mais diversas, cujas línguas e costumes misturavam-se sob o fator preponderante da cultura helênica. A Providência começava a preparar o jovem fariseu para sua futura missão de Apóstolo das Gentes.

Discípulo de Gamaliel
Apenas saído da adolescência, Saulo abandonou sua pátria para instalar-se na cidade-berço da religião de seus antepassados: Jerusalém. Ali tornou-se assíduo estudioso das Escrituras, instruído pelo douto Gamaliel, um dos mais destacados membros do Sinédrio. Também aqui podemos notar a mão de Deus intervindo em sua vida, pois o conhecimento dos Livros Sagrados, que adquiriu ao longo desses anos, servir-lhe-ia mais tarde para abrir seus horizontes a respeito da realidade messiânica de Jesus Cristo.
Entretanto, se Saulo progredia a passos rápidos nas doutrinas farisaicas, sob o olhar vigilante de Gamaliel, em nada pareceu assimilar a prudência que caracterizava seu mestre, sempre cauto em seus juízos e comedido nas apreciações. Pelo contrário, o jovem aluno dava mostras de um exaltado fanatismo religioso, como ele mesmo confessaria em sua epístola aos Gálatas: "Avantajava-me no judaísmo a muitos dos meus companheiros de idade e nação, extremamente zeloso das tradições de meus pais" (Gl 1, 14).
No interior do discípulo de Gamaliel latejava um coração sincero, à procura da verdade. Buscava-a ardorosamente, desejoso de alcançar o pleno conhecimento dela. Não sabia que o termo desses seus anseios encontravase nAquele que, de Si mesmo, dissera: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim" (Jo 14, 6).
Sim, Saulo não poderia chegar ao Pai, Suprema Verdade, sem passar por Jesus, o Mediador entre Deus e os homens. A afirmação proferida pelo Divino Mestre, momentos antes de Sua Paixão, ele a veria cumprir-se em sua vida, ainda que contra a sua vontade e apesar de suas relutâncias. E a ocasião se haveria de apresentar justamente quando as convicções de Saulo, chocadas ante o Cristianismo que surgia, haviam-se convertido em ódio profundo contra este.

Encontro de Saulo com o Cristianismo
Saulo passara alguns anos fora de Jerusalém, que coincidiram com o período da vida pública de Jesus. Quando voltou, verificou uma grande mudança. A Cidade Santa não era a mesma que ele conhecera em seus tempos de estudante: após a tragédia da Paixão, pesava sobre a consciência do povo e, sobretudo, das autoridades a figura ensangüentada da Vítima do Gólgota, que eles em vão procuravam lançar no esquecimento. E mais: os discípulos daquele Homem não temiam pregar sua doutrina no próprio Templo, proclamando que esse Jesus a quem haviam matado ressuscitara dos mortos (cf. At 3, 11ss.).
Tais acontecimentos não podiam deixar indiferente um fariseu convicto como Saulo. Não compreendia que aqueles simples galileus se levantassem impunemente contra a religião de seus antepassados, arrastando atrás de si tamanha multidão de seguidores. Sua irritação chegou ao auge quando, estando na sinagoga chamada dos Libertos, onde semanalmente se reuniam judeus de todas as comunidades da Diáspora, deparou- se com um jovem chamado Estêvão, que anunciava denodadamente as glórias do Crucificado.
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O jovem Saulo sentia-se incomodado: as palavras de
Estêvão eram tão inspiradas e convincentes,
que não se lhe podia resistir
"Martírio de Santo Estêvão" - Juan de Juanes
- Museu do Prado, Madri
Momentos mais tarde, tendo sido apresentado Estêvão ao tribunal do Grande Conselho, Saulo escutou atentamente o longo discurso no qual este demonstrou, por meio de exemplos históricos e de profecias, ser Jesus o Messias esperado. O jovem fariseu sentia-se incomodado: as palavras de Estêvão eram tão inspiradas e convincentes, que não se lhe podia resistir (Cf. At 6, 10); de outro lado, a imagem desse Jesus Nazareno, que ele não conhecera, parecia perseguilo, e constantemente via-se obrigado a ouvir falar a respeito, de tal modo os seus adeptos se espalhavam por Jerusalém. Duro lhe era recalcitrar contra o aguilhão (cf. At 26, 14). E, entretanto, Saulo recalcitrava!
Indignado diante da coragem de Estêvão, aprovou entusiasticamente sua morte (cf. At 8, 1) e considerou como uma honra a missão de custodiar os mantos dos apedrejadores, uma vez que sua idade não lhe permitia levantar a mão contra o condenado.

Surge o perseguidor dos cristãos
A partir daquele dia, o exaltado discípulo de Gamaliel não pôs mais freio à sua fúria. Acreditando "que devia fazer a maior oposição ao nome de Jesus de Nazaré" (At 26, 9), entrava nas casas dos fiéis e arrancava delas homens e mulheres para entregálos à prisão (cf. At 8, 3); chegava a maltratá-los para obrigá-los a blasfemar (cf. At 26, 11). Não contente com devastar apenas a Igreja de Jerusalém, foi apresentar-se ao príncipe dos sacerdotes, pedindo-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de prender, nessa cidade, todos os que se proclamassem seguidores da nova doutrina (cf. At 9, 2).
Mas, esse Jesus a quem ele teimava em perseguir (At 9, 5), viria a atravessar- Se de novo em seu caminho, desta vez de modo definitivo e eficaz.

No caminho de Damasco
Podemos imaginar a ânsia do jovem Saulo ao aproximar-se de Damasco, antegozando a hora de saciar sua cólera no cumprimento da missão que se propunha. Mas eis que, subitamente, uma luz fulgurante vinda do Céu envolveu-o e a seus companheiros, derrubando-o do cavalo. Ali, caído por terra e cegado pelo resplendor dos raios divinos, o orgulhoso fariseu não pôde mais resistir ao poder de Cristo e declarou-se vencido: "Senhor, que queres que eu faça?" (At 9, 6).
De perseguidor que era, poucos instantes antes, passava a servo fiel, pronto para obedecer aos mandatos do Divino Perseguido. Quanta glória para o Crucificado! Por um simples toque de Sua graça, transformara em Seu Apóstolo um dos mais ferventes discípulos daqueles que haviam sido seus principais contendores, durante sua vida pública.
Ajudado por seus companheiros, Saulo ergueu-se do chão. Entretanto, mais do que levantar-se do solo, surgiu em sua alma "o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade" (Ef 4, 24). O blasfemador de outrora permaneceria para sempre prostrado num amoroso reconhecimento de sua derrota: "Jesus Cristo veio a este mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o primeiro. Se encontrei misericórdia, foi para que em mim primeiro Jesus Cristo manifestasse toda a sua magnanimidade e eu servisse de exemplo para todos os que, a seguir, nEle crerem, para a vida eterna" (I Tm 1, 15-16).

Saulo converte-se em Paulo
Com a mesma radicalidade com que outrora se apegara ao judaísmo, Saulo abraçava agora a Igreja de Cristo. A graça respeitara a natureza, conservando as características próprias de sua personalidade que viriam mais tarde a contribuir na formação da escola paulina de vida espiritual. A partir desse momento, o Saulo convertido, o novo Paulo, só se moveria por um único ideal, que tomava todas as fímbrias de sua alma e dava verdadeiro sentido à sua existência: "Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo" (Gl 6, 14).
Doravante essa Cruz - na qual Paulo não apenas considerava os sofrimentos do Salvador, mas via, sobretudo, os esplendores da Ressurreição - seria para ele o rumo de sua vida, a luz dos seus passos, a fortaleza de sua virtude, o seu único motivo de glória. Esse amor, que num instante operara a sua transformação, o impelia agora a falar, a pregar, a percorrer os confins do mundo a fim de conquistar almas para Cristo, arrancando-lhe, do fundo do coração, este gemido: "Ai de mim se eu não evangelizar!" (I Cor 9, 16).
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 O orgulhoso fariseu não pôde mais resistir ao poder de Cristo e
declarou-se vencido: "Senhor, que queres que eu faça?"


"A conversão de São Paulo", por Murilo - Museu do Prado, Madri
Por esse amor estava disposto a enfrentar todas as tribulações, a suportar os piores tormentos, fossem de ordem natural, como também os de ordem moral: "Muitas vezes vi a morte de perto. Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites, menos um. Três vezes fui flagelado com varas. Uma vez apedrejado. Três vezes naufraguei, uma noite e um dia passei no abismo. Viagens sem conta, exposto a perigos nos rios, perigos de salteadores, perigos da parte de meus concidadãos, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos! Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, freqüentes jejuns, frio e nudez! Além de outras coisas, a minha preocupação cotidiana, a solicitude por todas as igrejas!" (II Cor 11, 23-28).
Ele havia se proposto, antes de tudo, à glorificação de Jesus Cristo e da Sua Igreja, e isto constituía para ele o suco essencial, o norte de sua vida. A este respeito comenta São João Crisóstomo: "Cada dia ele subia mais alto e se tornava mais ardente, cada dia lutava com energia sempre nova contra os perigos que o ameaçavam. [...] Realmente, no meio das insídias dos inimigos, conquistava contínuas vitórias, triunfando de todos os seus assaltos. E em toda parte, flagelado, coberto de injúrias e maldições, como se desfilasse num cortejo triunfal, erguendo numerosos troféus, gloriava-se e dava graças a Deus, dizendo: ‘Graças sejam dadas a Deus que nos fez sempre triunfar' (II Cor 2, 14)."

Apóstolo das Gentes
Assim, pouco a pouco, por meio de suas viagens apostólicas e das numerosas cartas através das quais sustentava na Fé seus filhos espirituais, Paulo ia assentando os fundamentos da Esposa Mística de Cristo. Nem mesmo internamente havia de lhe faltar adversários: por vezes, entre os próprios cristãos, surgiam conceitos errôneos, como o de querer obrigar os pagãos convertidos a praticar os costumes da Lei Mosaica. A esse respeito Paulo levou sua ousadia até o ponto de discutir com o próprio Apóstolo Pedro, "resistindo-lhe francamente, porque era censurável" (Gl 2, 11).
Pedro aceitou com humildade o ponto de vista de Paulo e apressou-se em colocá-lo em prática. Mas os cristãos que haviam espalhado suas idéias pelas igrejas da Galácia não o imitaram, acrescentando ainda que a justificação provinha estritamente do cumprimento da Lei. Nada poderia ser tão nocivo para a Igreja nascente do que tais enganos, e Paulo logo o percebeu. Decidiu deixar por escrito toda a doutrina sobre esse ponto, e o fez com tanta segurança e clareza que deduz-se têla recebido dos lábios do próprio Jesus.
Assim, a epístola dirigida aos Gálatas é um escrito polêmico, sem receios de apresentar a verdade tal como ela é: "Ó insensatos gálatas! Quem vos fascinou a vós, ante cujos olhos foi apresentada a imagem de Jesus Cristo crucificado? [...] Todos os que se apóiam nas práticas legais estão sob um regime de maldição" (Gl 3, 1.10). E pouco antes, afirmava: "Nós cremos em Jesus Cristo, e tiramos assim a nossa justificação da fé em Cristo, e não pela prática da lei" (Gl 2, 16).

São Paulo e os gregos
Se Paulo teve de enfrentar oposições dentro de seu próprio povo, viuse também contestado pelos gregos, que apresentavam objeções de teor completamente diferente, mas não menos perigosas. A Grécia, principal centro da cultura naqueles tempos, orgulhava-se da fama de seus pensadores e de ser o berço da filosofia. Ora, a palavra e a pregação trazidas por Paulo, "longe estavam da eloqüência persuasiva da sabedoria" (I Cor 2, 4), como ele mesmo afirmava.
Assim, não raras vezes tornavase ele alvo do desprezo ou objeto de vergonha para os convertidos. Ele pouco se importava com as ofensas feitas à sua pessoa, mas receava que seus discípulos fizessem eco a idéias tão vãs ou viessem a sucumbir, por medo das humilhações. Por isso, escrevia ele aos fiéis de Corinto, cidade onde principalmente essas falsas doutrinas haviam encontrado aceitação: "A linguagem da Cruz é loucura para os que se perdem, mas para os que foram salvos, para nós, é uma força divina" (I Cor 1, 18).
Não era esse, porém, o pior dos obstáculos encontrados por Paulo na Grécia. Afundados na devassidão e na desordem moral, os gregos haviam elaborado, ao longo dos tempos, uma justificativa para os seus maus costumes, negando a ressurreição dos mortos. Alguns mesmo, como Epicuro de Samos (†270 a.C.), chegaram a afirmar que a alma humana é material e mortal.
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 Algemado, Paulo é levado de Jerusalém a Roma. Durante a viagem, não perdia a
oportunidade de anunciar o Evangelho em todos os lugares por onde passava
No próprio Evangelho percebemos lampejos dessa candente temática quando os saduceus - que, por influência helênica, não acreditavam na ressurreição - se aproximaram de Jesus para pô-lo a prova, mediante uma pergunta capciosa (cf. Lc 20, 27-39). A discussão, como vemos, vinha de longa data e se erguia como principal empecilho para o desenvolvimento do apostolado paulino.
Talvez Paulo, em seus tempos de fervor fariseu, já tivera de enfrentar os mesmos saduceus a esse propósito. gora, porém, como cristão, possuía o argumento da Ressurreição de Cristo e contava com o poderoso auxílio da graça.

Grande Apóstolo da Ressurreição
As dúvidas expostas pelos gregos, quando não a oposição aberta, servirlhe- iam de estímulo para aprofundarse mais na doutrina da ressurreição e deixá-la explicitada para os séculos futuros. Assim escreveu ele aos coríntios: "Ora, se se prega que Jesus ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns de vós que não há ressurreição? Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo ressuscitou. Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. [...] Se é só para esta vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima. Mas não! Cristo ressuscitou dentre os mortos como primícias dos que morreram!" (I Cor 15, 12-14; 19-20).
Custoso era, para aqueles gregos de vida desregrada, ter de assimilar esses princípios. Aceitando a ressurreição da carne, ver-se-iam forçosamente convidados a uma mudança de costumes e a abraçarem um modo de pensar e de comportar-se condizente com essa esperança. Mas até mesmo suas relutâncias contribuiriam para o bem, como afirma o próprio Paulo: "Oportet et haereses inter vos esse" (I Cor 11, 19) - é necessário que haja partidos, ou heresias, entre vós. Impelido pelas circunstâncias, Paulo se transforma no grande Apóstolo da Ressurreição.

Cordeiro e leão ao mesmo tempo
Nem tudo, porém, eram combates para o incansável Paulo. Se face ao erro e à falta de fé ele mostrava todo o seu ardor combativo e sua intransigência, em relação aos bons deixava entrever um fundo de alma extremamente afetuoso e compassivo, ordenado segundo a caridade de Cristo. Nesta admirável conjugação de virtudes, na aparência opostas, Paulo assemelhava-se ao Divino Mestre, sempre disposto a perdoar ou pronto a repreender, a ser Cordeiro e Leão ao mesmo tempo.
Em sua carta aos fiéis de Filipos, que se inquietavam por seus sofrimentos e suas necessidades, assim escreve: "Deus me é testemunha da ternura que vos consagro a todos, pelo entranhado amor de Jesus Cristo!" (Fil 1, 8). E ainda, aos mesmos gálatas, que antes invectivara a respeito de seus desvios, escrevia mais adiante: "Filhinhos meus, por quem de novo sinto dores de parto, até que Cristo seja formado em vós, quem me dera estar agora convosco" (Gl 4, 19).

São Paulo, segundo Bossuet
Difícil é exaltar o Apóstolo das Gentes em espaço tão exíguo. A pluralidade estonteante de seus feitos, o poder de sua voz e o alcance de sua ação apostólica, cujos frutos até hoje alimentam a Igreja, deixam em embaraço qualquer escritor. Por isso recorremos à incomparável eloqüência de Bossuet, que assim descreveu o ímpeto da pregação do Apóstolo:
"Este homem, ignorante na arte do bem-falar, de locução rude e de acento estrangeiro, chegará à esmerada Grécia, mãe de filósofos e oradores, e, apesar da resistência mundana, fundará mais igrejas do que Platão teve discípulos. Pregará a Jesus em Atenas, e o mais sábio dos oradores passará do Areópago para a escola deste bárbaro. Continuará mais adiante em suas conquistas, e abaterá aos pés do Senhor a majestade das águias romanas na pessoa de um prócônsul, e fará tremer em seus tribunais os juízes diante dos quais fora citado. Roma ouvirá sua voz, e um dia aquela velha mestra sentir-se-á mais honrada com uma só carta do estilo bárbaro de São Paulo, dirigida a seus cidadãos, do que por todas as famosas arengas que outro dia escutara de Cícero."

A prisão em Jerusalém
Sim, Roma, haveria de ouvir sua pregação e suas ruas calçadas de grandes pedras seriam pisadas pelos pés do Apóstolo. Esses pés, entretanto, arrastariam pesadas correntes que lhe tolheriam a liberdade dos movimentos. Acusado pelo ódio de seus concidadãos, por causa de sua fidelidade a Cristo, Paulo fora entregue à justiça romana. Se seu corpo suportava as cadeias e os grilhões, sua alma sentia pesar sobre si o suave jugo de Cristo. Prisioneiro do Espírito (cf. At 20, 22), Paulo recebera, à noite, esta revelação: "Coragem! Deste testemunho de Mim em Jerusalém, assim importa também que o dês em Roma" (At 23, 11).
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Na prisão, São Paulo pregava aos carcereiros e
escrevia aos seus discípulos
(retábulo da Basílica de São Paulo em Toronto, Canadá)
Obediente à inspiração recebida, Paulo exclamará no tribunal do governador Festo: "Estou perante o tribunal de César. É lá que devo ser julgado. [...] Apelo para César!" (At 25, 10-11). Querendo desfazer-se de caso tão complicado, que envolvia assuntos da religião judaica, Festo apressou- se em satisfazer o desejo do preso, mandando-o para Roma, algemado e sob a guarda do centurião Júlio.

O primeiro período de pregação em Roma
Durante a viagem, Paulo não perdia a oportunidade de anunciar o Evangelho em todos os lugares por onde passava. Após várias dificuldades ao longo da travessia e enfrentar um naufrágio, fez escala em Siracusa, na Sicília, e dali foi conduzido a Reggio (cf. At 28, 12-13).
Uma vez chegado à capital do Império e instalado em prisão domiciliar, Paulo realizava um anseio que havia tempos acalentava no coração, como ele mesmo o expressara aos cristãos de Roma: "Daí o ardente desejo que eu sinto de vos anunciar o Evangelho também a vós, que habitais em Roma" (Rm 1, 15). Dois anos haveria de durar seu doloroso cativeiro, mas ele, como afirma São João Crisóstomo, "considerava como brinquedo de criança os mil suplícios, os tormentos e a própria morte, desde que pudesse sofrer alguma coisa por Cristo". Aproveitou o tempo para pregar o Reino de Deus (cf. At 28, 31), escrever numerosas cartas às comunidades da Grécia e da Ásia, as chamadas Epístolas do cativeiro.
Mas a Providência pedia de seu Apóstolo ainda mais alguns anos de abnegação e fadigas, a ele que suspirava pela morte, considerando-a um lucro para ganhar a Cristo (cf. Fl 1, 21).

Novas viagens e retorno à capital do Império
Libertado por um decreto jurídico, Paulo ainda visitaria Creta, Espanha e novamente as conhecidas igrejas da Ásia Menor, pelas quais tanto se dedicara. Afinal voltaria a Roma para onde se sentia atraído, talvez por um secreto pressentimento da proximidade da "coroa da justiça" (II Tm 4, 8) que ali o aguardava.
Sobre o trono dos césares sentava se então o terrível Nero, cuja crueldade, aliada a um orgulho patológico, já fizera sua fama. Era conhecido o ódio que votava aos cristãos, e Paulo não passou despercebido à perspicácia dos espiões do tirano.
Acusado como chefe da seita, foi preso pela polícia imperial e lançado no Cárcere Mamertino, onde, segundo uma antiga tradição, já se encontrava Pedro. Nesse escuro subterrâneo, de estreitas dimensões e teto baixo, o Pontífice da Igreja de Cristo e o Apóstolo das Gentes estiveram acorrentados a uma mesma coluna. Assim, unidos numa mesma Fé e esperança, estavam ambos amarrados pelas cadeias do amor ao Rochedo, que é Cristo (cf. I Cor 10, 4).

O martírio de São Paulo
Chegou por fim o dia em que Paulo deveria "ser imolado" (II Tm 4, 6). Para ele a morte pouco significava, pois já se achava morto para o pecado e vivo para Deus (cf. Rm 6, 11). Uma entranhada e exclusiva união o ligavam a seu Senhor. Não era ele mesmo que vivia, mas sim Cristo quem nele habitava (cf. Gl 2, 20) e operava.
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 O sublime imitador de Jesus Cristo sela seu
testemunho com o próprio sangue.


"Martírio de São Paulo" - Paróquia de Maroggia (Itália)
Condenado à morte, Paulo, por ser cidadão romano, não podia, como Pedro, sofrer a pena ignominiosa da crucifixão, mas sim a da decapitação, e esta devia dar-se fora dos muros da cidade. Conduzido por um grupo de soldados, o Apóstolo arrastou seus pesados grilhões ao longo da Via Ostiense e, depois, pela Via Laurentina, até alcançar um distante vale, conhecido pelo nome de Aquæ Salviæ.
Ali, entre a vegetação daquela região pantanosa, o sublime imitador de Jesus Cristo selava seu testemunho com o próprio sangue. Sua cabeça, ao cair no solo sob o golpe fatal da espada, saltou três vezes, fazendo brotar em cada um dos pontos uma fonte de água borbulhante. Este fato, se não comprovado pela História, baseia- se numa piedosa tradição confirmada pelo nome de Tre Fontane, que ostenta o mosteiro trapista construído naquele local.

"Combati o bom combate"
Paulo morrera, mas sua monumental obra apostólica, fundamentada na caridade que consumira sua vida, continuava viva e produziria ao longo dos tempos abundantes frutos para a Igreja. Até o último alento, sua vida não fora senão uma grande luta. Luta de entusiasmo e de entrega, de desprendimento e de heroísmo; luta para levar o Evangelho a todas as gentes, confiando sempre na benevolência de Cristo.
Os piores vagalhões da vida não puderam atingir o seu tabernáculo interior. Sua firmeza, semelhante à imobilidade de um rochedo batido pelas ondas do mar, mantinhase inalterável em meio às maiores angústias e agonias, certo de que nem a vida nem a morte o poderiam separar do amor de Cristo (cf. Rm 8, 38-39).
E uma vez concluído o combate, percorrida toda a sua carreira e chegado ao termo de sua peregrinação terrena (cf. II Tm 4, 7), o Apóstolo apareceu ante o olhar admirado da humanidade, em toda a sua estatura de gigante da Fé, transmitindo para os séculos futuros esta mensagem: "Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade. A caridade jamais acabará!" (I Cor 13, 13.8).
Estando preso em Roma, o incansável Apóstolo não deixou de pregar, e obteve a conversão de incontáveis almas. Posto em liberdade no início do ano 64, dirigiu-se à Espanha e à Ásia. Retornando a Roma, foi preso novamente, desta vez com São Pedro.
Ficaram eles na prisão mais antiga de Roma, o Cárcere Mamertino, local impregnado de bênçãos, que comove a quantos por lá passam. Com efeito, como não se impressionar ao contemplar, logo nos primeiros degraus da estreita escada que leva ao calabouço, a marca do rosto do Príncipe dos Apóstolos, milagrosamente impressa na parede de pedra? E que emoção ao ver no canto da cela a fonte que brotou do solo, possibilitando aos Apóstolos batizarem os próprios carcereiros, convertidos pelo seu exemplo e pregação!
No final de sua heróica vida, pôde o Apóstolo das Gentes cantar este hino de triunfo do varão que sente a consciência limpa na hora do encontro com o Supremo Juiz: "Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição" (11).
Grandiosa foi sua vida, tal será também sua morte. Sendo cidadão romano, São Paulo não podia ser crucificado. Foi, assim, decapitado pela espada, no ano 67. Conta-nos a tradição que sua cabeça, rolando ao solo, saltou três vezes e fez brotar três fontes que podem ser vistas ainda hoje na Igreja de San Paolo alle Tre Fontane, na via d'Ostia, em Roma. (Revista Arautos do Evangelho, Jul/2008, n. 79, p. 26 à 33)

Liturgia diária: 25 de janeiro de 2016

Segunda-feira, 25 de Janeiro de 2016.
Santo do dia: Conversão de São Paulo, Apóstolo
Cor litúrgica: branco
Primeira leitura: Atos dos Apóstolos 22, 3-16
Leitura dos Atos dos Apóstolos:
Naqueles dias, Paulo disse ao povo: 3"Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas fui criado aqui nesta cidade. Como discípulo de Gamaliel, fui instruído em todo o rigor da Lei de nossos antepassados, tornando-me zeloso da causa de Deus, como acontece hoje convosco. 4Persegui até à morte os que seguiam este Caminho, prendendo homens e mulheres e jogando-os na prisão. 5Disso são minhas testemunhas o Sumo Sacerdote e todo o conselho dos anciãos. Eles deram-me cartas de recomendação para os irmãos de Damasco. Fui para lá, a fim de prender todos os que encontrasse e trazê-los para Jerusalém, a fim de serem castigados. 6Ora, aconteceu que, na viagem, estando já perto de Damasco, pelo meio dia, de repente uma grande luz que vinha do céu brilhou ao redor de mim. Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: 'Saulo, Saulo, por que me persegues?' 8Eu perguntei: 'Quem és tu, Senhor?' 7Ele me respondeu: 'Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu estás perseguindo'. 9Meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz que me falava. 10Então perguntei: 'Que devo fazer, Senhor?' O Senhor me respondeu: 'Levanta-te e vai para Damasco. Ali te explicarão tudo o que deves fazer'. 11Como eu não podia enxergar, por causa do brilho daquela luz, cheguei a Damasco guiado pela mão dos meus companheiros. 12Um certo Ananias, homem piedoso e fiel à Lei, com boa reputação junto de todos os judeus que aí moravam, 13veio encontrar-me e disse: 'Saulo, meu irmão, recupera a vista!' No mesmo instante, recuperei a vista e pude vê-lo. 14Ele, então, me disse: 'O Deus de nossos antepassados escolheu-te para conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires a sua própria voz. 15Porque tu serás a sua testemunha diante de todos os homens, daquilo que viste e ouviste. 16E agora, o que estás esperando? Levanta-te, recebe o batismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o nome dele!'"
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 116 (117)
- Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos, festejai-o!
R: Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.
- Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!
R: Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 16,15-18:
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Eu vos designei para que vades e deis frutos e o vosso fruto permaneça, assim disse o Senhor
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:
Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: "Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados".
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por São João Crisóstomo (c. 345-407)
Presbítero de Antioquia, Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
7ª Homilia sobre a conversão

«A mim, que fui blasfemador e perseguidor […], foi-me dada misericórdia» (1Tim 1,13): a conversão de S. Paulo
É preciso que tenhamos sempre presente no nosso espírito que todos os homens são rodeados por imensas manifestações do amor de Deus. Se a justiça tivesse precedido a penitência, o universo teria sido aniquilado. Se Deus estivesse pronto para o castigo, a Igreja não teria conhecido o apóstolo Paulo, não teria recebido um homem assim no seu seio. É a misericórdia de Deus que transforma o perseguidor em apóstolo; é ela que muda o lobo em cordeiro; foi ela que fez de um publicano um evangelista (Mt 9,9). É a misericórdia de Deus que, comovida com o nosso destino, nos transforma a todos; é ela que nos converte.
Ao ver o glutão de ontem pôr-se hoje a jejuar, o blasfemador de outrora falar de Deus com respeito, o infame de antigamente não abrir a boca a não ser para louvar a Deus, podemos admirar esta misericórdia do Senhor. Sim, irmãos, se Deus é bom para com todos os homens, é-o particularmente para com os pecadores.
Quereis mesmo ouvir uma coisa estranha do ponto de vista dos nossos hábitos, mas verdadeira do ponto de vista da piedade? Escutai: ao passo que Deus Se mostra exigente para com os justos, para com os pecadores não tem senão clemência e doçura. Que rigor para com os justos! Que indulgência para com o pecador! É esta a novidade, a inversão, que nos oferece a conduta de Deus. […] É que assustar o pecador, sobretudo o pecador inveterado, seria privá-lo de confiança, mergulhá-lo no desespero; e lisonjear o justo seria embotar o vigor da sua virtude, levando-o a afrouxar no seu zelo. Deus é infinitamente bom! O seu temor é a salvaguarda do justo, e a sua clemência faz mudar o pecador.
Fonte: www.arautos.org

Liturgia Dominical: 3º Domingo tempo comum - ano C - 24 de janeiro de 2016

Domingo, 24 de Janeiro de 2016.
Santo do dia: São Francisco de Sales, Bispo e Doutor da Igreja; Beata Maria Poussepin, virgem
Cor litúrgica: verde
Primeira leitura: Neemias 8, 2-6.8-10
Leitura do livro de Neemias:
Naqueles dias: 2O sacerdote Esdras apresentou a Lei diante da assembléia de homens, de mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. Era o primeiro dia do sétimo mês. 3Assim, na praça que fica defronte da porta das Âguas, Esdras fez a leitura do livro, desde o amanhecer até ao meio-dia, na presença dos homens, das mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. E todo o povo escutava com atenção a leitura do livro da Lei. 4aEsdras, o escriba, estava de pé sobre um estrado de madeira, erguido para esse fim. 5Estando num lugar mais alto, ele abriu o livro à vista de todo o povo. E, quando o abriu, todo o povo ficou de pé. 6Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus, e todo o povo respondeu, levantando as mãos: 'Amém! Amém!' Depois inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor, com o rosto em terra. 8E leram clara e distintamente o livro da Lei de Deus e explicaram seu sentido, de maneira que se pudesse compreender a leitura. 9O governador Neemias e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que instruíam o povo, disseram a todos: 'Este é um dia consagrado ao senhor, vosso Deus! Não fiqueis tristes nem choreis', pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei. 10E Neemias disse-lhes: 'Ide para vossas casas e comei carnes gordas, tomai bebidas doces e reparti com aqueles que nada prepararam, pois este dia é santo para o nosso Senhor. Não fiqueis tristes, porque a alegria do Senhor será a vossa força'.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 18 (19)
- A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.
R: Vossa Lei é perfeita, ó Senhor,vossas palavras são espírito e vida!
- Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.
R: Vossa Lei é perfeita, ó Senhor,vossas palavras são espírito e vida!
- É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.
R: Vossa Lei é perfeita, ó Senhor,vossas palavras são espírito e vida!
- Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor!
R: Vossa Lei é perfeita, ó Senhor,vossas palavras são espírito e vida!
Segunda leitura: Coríntios 12, 12-30
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 12Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo. 13De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito. 14Com efeito, o corpo não é feito de um membro apenas, mas de muitos membros. 15Se o pé disser: 'Eu não sou mão, portanto não pertenço ao corpo', nem por isso deixa de pertencer ao corpo. 16E se o ouvido disser: 'Eu não sou olho, portanto não pertenço ao corpo', nem por isso deixa de pertencer ao corpo. 17Se o corpo todo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se o corpo todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? 18De fato, Deus dispôs os membros e cada um deles no corpo, como quis. 19Se houvesse apenas um membro, onde estaria o corpo? 20Há muitos membros, e, no entanto, um só corpo. 21O olho não pode, pois, dizer à mão: 'Não preciso de ti'. Nem a cabeça pode dizer aos pés: 'Não preciso de vós'. 22Antes pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são muito mais necessários do que se pensa. 23Também os membros que consideramos menos honrosos, a estes nós cercamos com mais honra, e os que temos por menos decentes, nós os tratamos com mais decência. 24Os que nós consideramos decentes não precisam de cuidado especial. Mas Deus, quando formou o corpo, deu maior atenção e cuidado ao que nele é tido como menos honroso, 25para que não haja divisão no corpo e, assim, os membros zelem igualmente uns pelos outros. 26Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se é honrado, todos os membros se regozijam com ele. 27Vós, todos juntos, sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo. 28E, na Igreja, Deus colocou, em primeiro lugar, os apóstolos; em segundo lugar, os profetas; em terceiro lugar, os que têm o dom e a missão de ensinar; depois, outras pessoas com dons diversos, a saber: dom de milagres, dom de curas, dom para obras de misericórdia, dom de governo e direção, dom de línguas. 29Acaso todos são apóstolos? Todos são profetas? Todos ensinam? Todos realizam milagres? 30Todos têm o dom das curas? Todos falam em línguas? Todos as interpretam?
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 1,1-4;4,14-21
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Foi o Senhor quem me mandou boas notícias anunciar; ao pobre, a quem está no cativeiro, libertação eu vou proclamar! (Lc 4, 18)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
1Muitas pessoas já tentaram escrever a história dos acontecimentos que se realizaram entre nós, 2como nos foram transmitidos por aqueles que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da palavra. 3Assim sendo, após fazer um estudo cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o princípio, também eu decidi escrever de modo ordenado para ti, excelentíssimo Teófilo. 4Deste modo, poderás verificar a solidez dos ensinamentos que recebeste. Naquele tempo: 4,14Jesus voltou para a Galiléia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. 15Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam. 16E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18'O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor.' 20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: 'Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Fonte: www.arautos.org

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Liturgia dominical: 11º Domingo Tempo Comum - ano C - 12 de junho de 2016

Domingo, 12 de Junho de 2016.
Santo do dia: São Gaspar Bertoni, presbítero
Cor litúrgica: Verde
Evangelho do dia: São Lucas 7,36-8,3
Primeira leitura: Samuel 12, 7-10.13
Leitura do Segundo Livro de Samuel:
Naqueles dias: 7Natã disse a Davi: 'Esse homem és tu! Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Eu te ungi como rei de Israel, e salvei-te das mãos de Saul. 8Dei-te a casa do teu senhor e pus nos teus braços as mulheres do teu senhor, entregando-te também a casa de Israel e de Judá; e, se isto te parece pouco, vou acrescentar outros favores. 9Por que desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o que lhe desagrada? Feriste à espada o hitita Urias, para fazer da sua mulher a tua esposa, fazendo-o morrer pela espada dos amonitas. 10Por isso, a espada jamais se afastará de tua casa, porque me desprezaste e tomaste a mulher do hitita Urias para fazer dela a tua esposa. 13Davi disse a Natã; 'Pequei contra o Senhor'. Natã respondeu-lhe: 'De sua parte, o Senhor perdoou o teu pecado, de modo que não morrerás! Entretanto, por teres ultrajado o Senhor com teu procedimento o filho que te nasceu morrerá'.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 31 (32)
- Feliz o homem que foi perdoado e cuja falta já foi encoberta! Feliz o homem a quem o Senhor não olha mais como sendo culpado, e em cuja alma não há falsidade!
R: Eu confessei, afinal, meu pecado e perdoastes, Senhor, minha falta.

- Eu confessei, afinal, meu pecado, e minha falta vos fiz conhecer. Disse: 'Eu irei confessar meu pecado!' E perdoastes, Senhor, minha falta.
R: Eu confessei, afinal, meu pecado e perdoastes, Senhor, minha falta.

- Sois para mim proteção e refúgio; na minha angústia me haveis de salvar, e envolvereis a minha alma no gozo. Regozijai-vos, ó justos, em Deus, e no Senhor exultai de alegria! Corações retos, cantai jubilosos!
R: Eu confessei, afinal, meu pecado e perdoastes, Senhor, minha falta.
Segunda leitura: Gálatas 2, 16.19-21
Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas:
Irmãos: 16Sabendo que ninguém é justificado por observar a Lei de Moisés, mas por crer em Jesus Cristo, nós também abraçamos a fé em Jesus Cristo. Assim fomos justificados pela fé em Cristo e não pela prática da Lei, porque pela prática da Lei ninguém será justificado. 19Aliás, foi em virtude da Lei que eu morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Com Cristo, eu fui pregado na cruz. 20Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim. Esta minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e por mim se entregou. 21Eu não desprezo a graça de Deus. Ora, se a justiça vem pela Lei, então Cristo morreu inutilmente.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 7, 36-8, 3 ou 36-50
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Tanto amor Deus nos mostrou, que seu Filho entregou como vítima expiatória pelas nossas transgressões (1Jo 4,10).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 36Um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. 37Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, 38e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume. 39Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: 'Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora.' 40Jesus disse então ao fariseu: 'Simão, tenho uma coisa para te dizer.' Simão respondeu: 'Fala, mestre!' 41'Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinqüenta. 42Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?' 43Simão respondeu: 'Acho que é aquele ao qual perdoou mais.' Jesus lhe disse: 'Tu julgaste corretamente.' 44Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: 'Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. 45Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. 46Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. 47Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor.' 48E Jesus disse à mulher: 'Teus pecados estão perdoados.' 49Então, os convidados começaram a pensar: 'Quem é este que até perdoa pecados?' 50Mas Jesus disse à mulher: 'Tua fé te salvou. Vai em paz!' 8,1Depois disso, Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; 2e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; 3Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por São (Padre) Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho
CE, 18.16; AD, 54

«Quem é este homem, que até perdoa os pecados?»
Que a esperança na misericórdia de Deus nos dê fortaleza no meio do tumulto das paixões e das contrariedades. Corramos com confiança para o sacramento da penitência, onde a todo o momento o Senhor nos espera com infinita ternura. E, depois de perdoados os nossos pecados, esqueçamo-los, porque o Senhor já antes de nós o fez. Mesmo admitindo que tenhas cometido todos os pecados do mundo, o Senhor repete-te: «Os teus muitos pecados te são perdoados porque muito amaste».
Senhor Jesus, Tu és a doçura suprema: como poderia eu, pois, viver sem ti? Vem, Senhor, só Tu possuirás o meu coração.
Fonte: www.arautos.org