quarta-feira, 30 de abril de 2014

Homilia do papa na Casa Santa Marta: o demônio é o pai da divisão, mas o Espírito Santo nos une

Nesta terça-feira, Francisco nos convida a viver como as primeiras comunidades cristãs
Fonte: Zenit.org
Toda comunidade cristã deveria comparar a própria vida com a vida que animava a primeira comunidade da Igreja. Temos que avaliar a nossa capacidade de viver em harmonia, de dar testemunho da ressurreição de Cristo e de ajudar os pobres. Esta foi a proposta do papa Francisco na homilia da missa celebrada na manhã de hoje, na Casa Santa Marta.
Os Atos dos Apóstolos desenham a primeira comunidade cristã como um "ícone" em três "pinceladas". O Santo Padre se concentrou em "três pontos" característicos daquela comunidade, capaz de plena concórdia em seu interior, de dar testemunho de Cristo e de impedir que qualquer dos seus membros sofresse a miséria: "São as três características do povo nascido de novo". Desta forma, o pontífice desenvolveu toda a sua homilia a partir do que, durante a semana de Páscoa, a Igreja destacou reiteradamente: o “renascer do Alto”, do Espírito que deu vida ao primeiro núcleo dos cristãos, antes mesmo de eles serem chamados de cristãos.
O papa explicou: "Eles tinham um só coração e uma só alma. A paz. Uma comunidade em paz. Isto significa que, naquela comunidade, não havia lugar para a fofoca, para as invejas, para as calúnias, para as difamações. Paz. O perdão: o amor cobria tudo. Para qualificar uma comunidade cristã, temos que nos perguntar como é a atitude dos cristãos. São mansos, humildes? Nessa comunidade existem disputas entre eles pelo poder? Disputas de inveja? Existem fofocas? Então eles não estão no caminho de Jesus Cristo. Esta peculiaridade é muito importante, muito importante, porque o demônio tenta sempre nos dividir. Ele é o pai da divisão".
Mas, observou Francisco, também havia problemas nas primeiras comunidades. O papa recordou "as lutas internas, as lutas doutrinais, as lutas de poder". E destacou o caso das viúvas que se lamentavam por não ter sido bem assistidas, a ponto de os apóstolos terem tido que "servir de diáconos". Aquele foi um “momento forte” do início do cristianismo, que estabelece para sempre a essência da comunidade nascida do Espírito. Uma comunidade unida, uma comunidade de testemunhas da fé, que o papa propõe como parâmetro para todas as comunidades de hoje.
"[Esta] é uma comunidade que dá testemunho da ressurreição de Jesus Cristo? Esta paróquia, esta comunidade, esta diocese, acredita realmente que Jesus Cristo ressuscitou? Ou ela diz: 'Sim, ele ressuscitou, mas aqui' [indica a cabeça], porque o coração está longe dessa força. Dar testemunho de que Jesus está vivo, está entre nós: é assim que podemos verificar como é que está uma comunidade".
Outro aspecto sobre o qual Francisco refletiu ao considerar a vida de uma comunidade cristã foram "os pobres". O papa destacou duas ideias a este respeito: "Primeiro: como é a sua atitude ou a atitude desta comunidade para com os pobres? Segundo: esta comunidade é pobre? Pobre de coração, pobre de espírito? Ou ela coloca a sua confiança nas riquezas? No poder? Harmonia, testemunho, pobreza e cuidar dos pobres: é isto o que Jesus explicava para Nicodemos, esse nascer do Alto. Porque o único que pode nos fazer isso é o Espírito. Esta é obra do Espírito. A Igreja é feita pelo Espírito. O Espírito é quem faz a unidade. O Espírito nos impulsiona para o testemunho. O Espírito faz você pobre, porque Ele é a riqueza e é Ele quem faz com que você cuide dos pobres".
Ao terminar a homilia, Francisco pediu que "o Espírito Santo nos ajude a caminhar nesta estrada de renascidos pela força do Batismo".

Feliz dia dos trabalhadores

Nenhum trabalho, nenhuma tarefa é tão insignificante, tão simples, tão humilde que não brilhe aos olhos de Deus.
Portanto, seja qual for a tarefa que você tem a desempenhar, receba e cumpra como se fosse a mais bela e mais importante.

Não dimensione a sua obrigação pelo que ela possa parecer diante da vaidade humana, mas pelo que ela possa valer diante da sua consciência.

O gari que apanha o lixo, limpando as ruas, vale tanto quanto o cientista que pesquisa a saúde do mundo, ou mais, se trabalha com mais amor. 
Padre Marcelo Rossi

Santo do dia: 30 abr São José Benedito Cottolengo

 São José Benedito Cottolengo, acolhia pobres, doentes mentais e físicos
São José Benetido Cottolengo
 Hoje, lembramos São José Benedito Cottolengo que nasceu em Bra, na Itália, onde desde de pequeno demonstrou-se inclinado à caridade. Com o passar do tempo e trabalho com sua vocação, tornou-se um sacerdote dos desprotegidos na diocese de Turim.
Quando teve que atender uma senhora grávida, que devido à falta de assistência social, morreu em seus braços; espantado, retirou-se em oração e nisso Deus fez desabrochar no seu coração a necessidade da criação de uma casa de abrigo que, mesmo em meio às dificuldades, foi seguida por outras. Esse grande homem de Deus acolhia pobres, doentes mentais, físicos, ou seja, todo tipo de pessoas carentes de amor, assistência material, físico e espiritual.
Confiando somente nos cuidados do Pai do Céu, estas casas desde a primeira até a verdadeira cidade da caridade que surgiu, chamou-se “Pequena Casa da Divina Providência”. Diante do Santíssimo Sacramento, José Cottolengo e outros cristãos, que se uniram a ele nesta experiência de Deus, buscavam ali forças para bem servir aos necessitados, pois já dizia ele: “Se soubesses quem são os pobres, os servirias de joelhos!”.
Entrou no Céu com 56 anos.
São José Benedito Cottolengo, rogai por nós!

Fonte: http://santo.cancaonova.com/

Liturgia diária: 30 de abril de 2014

Quarta-feira, 30 de Abril de 2014.
Santo do dia: São Pio V, Papa; São José Benedito Cottolengo, presbítero
Cor litúrgica: branco
Evangelho de hoje: São João 3, 16-21
Primeira leitura: Atos dos Apóstolos 5, 17-26
Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Naqueles dias, 17levantaram-se o sumo sacerdote e todos os do seu partido — isto é, o partido dos saduceus — cheios de raiva e mandaram prender os apóstolos e lançá-los na cadeia pública. 19Porém, durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os fez sair, dizendo: 20“Ide falar ao povo, no Templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver”. 21Eles obedeceram e, ao amanhecer, entraram no Templo e começaram a ensinar. O sumo sacerdote chegou com seus partidários e convocou o Sinédrio e o Conselho formado pelas pessoas importantes do povo de Israel. Então mandaram buscar os apóstolos na prisão. 22Mas, ao chegarem à prisão, os servos não os encontraram e voltaram dizendo: 23“Encontramos a prisão fechada, com toda segurança, e os guardas estavam a postos na frente da porta. Mas, quando abrimos a porta, não encontramos ninguém lá dentro”. 24Ao ouvirem essa notícia, o chefe da guarda do Templo e os sumos sacerdotes não sabiam o que pensar e perguntavam-se o que poderia ter acontecido. 25Chegou alguém que lhes disse: “Os homens que vós pu­sestes na prisão estão no Templo ensinando o povo!” 26Então o chefe da guarda do Templo saiu com os guardas e trouxe os apóstolos, mas sem violência, porque eles tinham medo que o povo os atacasse com pedras.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 33 (34)

— Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!

R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.

— Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.

R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.

— Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.

R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.

— O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3, 16-21
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu prórpio Filho, para que todo o que nele crer encontre vida eterna.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:

16Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. 19Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. 20Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. 21Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.

- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo 
Exortação aos gregos, 11, 113; GCS 1, 79
«A luz veio ao mundo»
«Os seus preceitos são puros, iluminam os olhos» (Sl 18,9). Recebe Cristo, recebe a capacidade de ver, recebe a luz, a fim de conheceres a Deus e ao homem. […] Recebamos a luz a fim de recebermos a Deus […], recebamos a luz e tornemo-nos discípulos do Senhor […], expulsemos a ignorância e as trevas que turvam os nossos olhos como um nevoeiro, contemplemos o Deus verdadeiro. […] Quando jazíamos nas trevas, prisioneiros da sombria região da morte (Mt 4,16; Is 42,7), resplandeceu para nós uma luz vinda do céu, uma luz mais pura que o sol e mais suave que a vida neste mundo. Esta luz é a vida eterna e tudo o que nela participa tem a vida. A noite teme esta luz; com medo, desaparece e dá lugar ao dia do Senhor; tudo se tornou luz sem ocaso.

O ocidente tornou-se oriente; é «a nova criatura» (Gal 6,15; Ap 21,1). Porque o «Sol de justiça» (Mal 3,20), que passa por todo o lado no seu percurso, visita todo o género humano sem distinção. Ele imita o Pai, que «faz com que o sol se levante sobre todos os homens» (Mt 5,45) e espalha sobre todos o orvalho da verdade. […] Ao crucificar a morte, Ele transformou-a em vida; arrancou o homem à perdição e fixou-o nos céus; transplantou o que era perecível para o tornar imperecível; transformou a terra em céu. […]

Ele dá a vida de Deus aos homens através dos seus ensinamentos divinos: «Imprimirei a minha lei no seu pensamento, gravá-la-ei no seu coração […]: todos Me conhecerão, grandes e pequenos, pois a todos perdoarei as suas faltas e não Me lembrarei mais dos seus pecados. Assim fala o Senhor» (Jer 31,33ss). Acolhamos pois as leis da vida, obedeçamos aos ensinamentos de Deus, aprendamos a conhecê-Lo.

Fonte: www.arautos.org

terça-feira, 29 de abril de 2014

Erra quem não sabe lidar com seus fracassos

Não deixe as frustrações dominar você, domine-a.
Faça dos erros uma oportunidade para crescer. 
Na vida, erra quem não sabe lidar com seus fracassos.

Liturgia diária: 29 de abril de 2014

Terça-feira, 29 de Abril de 2014.
Santo do dia: Santa Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja; Santo Antônio Kim Song-u, mártir
Cor litúrgica: branco
Evangelho de hoje: São João 3, 7-15
Primeira leitura: Atos dos Apóstolos 4, 32-37
Leitura dos Atos dos Apóstolos:

32A multidão era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum. 33Com grandes sinais de poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. E os fiéis eram estimados por todos. 34Entre eles ninguém passava necessidade, pois aqueles que possuíam terras ou casas, vendiam-nas, levavam o dinheiro, 35e o colocavam aos pés dos apóstolos. Depois, era distribuído conforme a necessidade de cada um. 36José, chamado pelos apóstolos de Barnabé, que significa filho da consolação, levita e natural de Chipre, 37possuía um campo. Vendeu e foi depositar o dinheiro aos pés dos apóstolos.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 92 (93)

— Deus é Rei e se vestiu de majestade, revestiu-se de poder e de esplendor!

R: Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor.

— Vós firmastes o universo inabalável, vós firmastes vosso trono desde a origem, desde sempre, ó Senhor, vós existis!

R: Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor.

— Verdadeiros são os vossos testemunhos, refulge a santidade em vossa casa, pelos séculos dos séculos, Senhor

R: Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3, 7-15

- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- O Filho do homem há de ser levantado, para que quem nele crer possua a vida eterna (Jo 3, 14s)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 7b“Vós deveis nascer do alto. 8O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”. 9Nicodemos perguntou: “Co­mo é que isso pode acontecer?” 10Respondeu-lhe Jesus: “Tu és mestre em Israel, mas não sabes estas coisas? 11Em verdade, em verdade, te digo, nós falamos daquilo que sabemos e damos testemunho daquilo que temos visto, mas vós não aceitais o nosso testemunho. 12Se não acre­ditais, quando vos falo das coisas da terra, como acreditareis se vos falar das coisas do céu? 13E ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna”.

- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor

Fonte: www.arautos.org

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Vida Nova

Você quer mudanças. 
Você pede prosperidade. 
Mas acorda, vai ao espelho e não vê novidades. 
Sua voz interior sopra " Vida Nova ", mas tudo parece distante e difícil. 
A culpa fica por conta do patrão, da sogra, do governo, da falta de sorte,  aí você resolve mudar!
Bem... " mas só segunda-feira" ,  " dia 1º " , " depois das férias " ... 
Desculpas não faltam, não é mesmo? 
Hoje pode ser um novo dia.
Chega de se colocar na condição de vítima! 
A conquista de uma Vida Nova requer persistência, autoconfiança e Deus acima de qualquer coisa.

Liturgia dominical: 2º domingo de Páscoa - ano A - 27.04.2014

Domingo, 27 de Abril de 2014.
Santo do dia: Santa Zita, virgem
Cor litúrgica: branco
Evangelho de hoje: São João 20, 19-31
Primeira leitura: Atos dos Apóstolos 2, 42-47
Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Os que haviam se convertido 42eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações. 43E todos estavam cheios de temor por causa dos numerosos prodígios e sinais que os apóstolos realizavam. 44Todos os que abraçavam a fé vivivam unidos e colocavam tudo em comum; 45vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um. 46 Diariamente, todos frequentavam o templo, partiam o pão pelas casas e, unidos, tomavam a refeição com alegria e simplicidade de coração. 47Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo. E, cada dia, o Senhor acrescentava ao seu número mais pessoas que seriam salvas.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 117 (118)

— A casa de Israel agora o diga: "Eterna é a sua misericórdia!" A casa de Aarão agora o diga: "Eterna é a sua misericórdia!" Os que temem o Senhor agora o digam: "Eterna é a sua misericórdia!"

R: Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom! "Eterna é a sua misericórdia!"

- Empurram-me, tentando derrubar-me, mas veio o Senhor em meu socorro. O Senhor é minha força e o meu canto, e tornou-se para mim o Salvador. "Clamores de alegria e de vitória ressoem pelas tendas dos fiéis".

R: Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom! "Eterna é a sua misericórdia!"

— "A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: Que maravilhas ele fez a nossos olhos! Este é o dia que o Senhor fez para nós, Alegremo-nos e nele exultemos!

R: Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom! "Eterna é a sua misericórdia!"
Segunda leitura: São Pedro 1, 3-9
Leitura da primeira carta de São Pedro:

3Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, 4para uma herança incorruptível, que não se mancha nem murcha, e que é reservada para vós nos céus. 5Graças à fé, e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação que deve manifestar-se nos últimos tempos. 6Isto é motivo de alegria para vós, embora seja necessário que agora fiqueis por algum tempo aflitos, por causa de várias provações. 7Deste modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira — mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo — e alcançará louvor, honra e glória no dia da manifestação de Jesus Cristo. 8Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, 9pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 20, 19-31

- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Acreditaste, Tomé, porque me viste. Felizes os que creram sem ter visto!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:

19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: "A paz esteja convosco". 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio". 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos". 24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: "Vimos o Senhor!" Mas Tomé disse-lhes: "Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei". 26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco". 27Depois disse a Tomé: "Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mais fiel". 28Tomé respondeu: "Meu Senhor e meu Deus!"29Jesus lhe disse: "Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!" 30Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.

- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia: São Pedro Crisólogo (c. 406-450)
Bispo de Ravena, Doutor da Igreja 

Sermão 84
 «Meu Senhor e meu Deus!»
Tomé, ouvindo dizer que os seus companheiros tinham visto o Senhor, respondeu: «Se eu não vir o sinal dos pregos e não meter a minha mão no seu lado, não acreditarei.» Porque é que Tomé exige estes sinais de fé? […] O poder do diabo decaiu, a prisão do inferno foi aberta, as cadeias dos mortos foram quebradas, abriram-se os túmulos daqueles que ressuscitaram (Mt 27,52) […], a pedra do sepulcro do Senhor foi rolada, o sudário foi afastado, a morte fugiu diante da glória do Ressuscitado. […] Porque é que apenas tu, Tomé, exiges com tanto rigor que as feridas te sejam apresentadas, apenas a ti, como prova de fé? […]

Irmãos, foi o seu fervoroso amor que o pediu. […] Porque Tomé não curava apenas a dúvida do seu coração, mas a dúvida de todos os homens. Destinado a levar esta novidade às nações, como mensageiro consciencioso procura as bases sobre as quais fundaria a proclamação de uma verdade de fé tão importante. […] Portanto, este discípulo adquiriu para os outros o sinal que reclamou por causa do seu atraso.

«Jesus veio, pôs-Se no meio deles, e mostrou-lhes as mãos e o lado.» Na verdade, dado que entrou estando todas as portas fechadas e foi considerado pelos seus discípulos como um espírito, Ele não poderia provar a quem duvidasse que era mesmo Ele, a não ser pelos sofrimentos do seu corpo, pelas marcas dos seus ferimentos. Por isso, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito, para que estas feridas abertas de novo por ti difundam a fé sobre a terra, como já verteram água para a purificação e sangue para a redenção dos homens» (Jo 19,34). Tomé disse: «Meu Senhor e meu Deus!» Venham os hereges, oiçam e, como o Senhor disse, não sejam incrédulos, mas crentes. Porque Tomé proclama que, não só este corpo de homem, mas as dores sofridas por este corpo, mostram que Cristo é Deus e Senhor. E Ele é realmente Deus, Ele que vive após a morte, que ressuscita dos seus ferimentos e que, depois de ter sofrido tais suplícios, vive e reina pelos séculos dos séculos. Ámen.

Fonte: www.arautos.org

sábado, 26 de abril de 2014

Liturgia diária: 26 de abril de 2014


Sábado, 26 de Abril de 2014.
Santo do dia: Beatos Domingos e Gregório, presbíteros
Cor litúrgica: branco
Evangelho de hoje: São Marcos 16, 9-15
Primeira leitura: Atos dos Apóstolos 4, 13-21
Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Naqueles dias, os chefes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas 13ficaram admirados ao ver a segurança com que Pedro e João falavam, pois eram pessoas simples e sem instrução. Reconheciam que eles tinham estado com Jesus. 14No entanto viam, de pé, junto a eles, o homem que tinha sido curado. E não podiam dizer nada em contrário. 15Mandaram que saíssem para fora do Sinédrio, e começaram a discutir entre si: 16“Que vamos fazer com esses homens? Eles realizaram um milagre cla­ríssimo, e o fato tornou-se de tal modo conhecido por todos os habitantes de Jerusalém, que não podemos negá-lo. 17Contudo, a fim de que a coisa não se espalhe ainda mais entre o povo, vamos ameaçá-los, para que não falem mais a ninguém a respeito do nome de Jesus”. 18Chamaram de novo Pedro e João e ordenaram-lhes que, de modo algum, falassem ou ensinassem em nome de Jesus. 19Pedro e João responderam: “Julgai vós mesmos, se é justo diante de Deus que obedeçamos a vós e não a Deus! 20Quanto a nós, não nos podemos calar sobre o que vimos e ouvimos”. 21Então, insistindo em suas ameaças, deixaram Pedro e João em liberdade, já que não tinham meio de castigá-los, por causa do povo. Pois todos glorificavam a Deus pelo que havia acontecido.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 117 (118)

— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” O Senhor é minha força e o meu canto, e tornou-se para mim o Salvador. “Clamores de alegria e de vitória ressoem pelas tendas dos fiéis.

R: Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.

— A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou, a mão direita do Senhor fez maravilhas! O Senhor severamente me provou, mas não me abandonou às mãos da morte.

R: Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.

— Abri-me vós, abri-me as portas da justiça: quero entrar para dar graças ao Senhor! “Sim, esta é a porta do Senhor, por ela só os justos entrarão!” Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ou­vis­tes e vos tornastes para mim o Salvador!

R: Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 16, 9-15
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117, 24)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:

9Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. 10Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando. 11Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar. 12Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. 13Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. 14Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado. 15E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!”

- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia: Papa Francisco 
Exortação apostólica «Evangelii Gaudium/A alegria do evangelho» §§19-23 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)
 «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura.»
A evangelização obedece ao mandato missionário de Jesus: «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado» (Mt 28,19-20). […] O Ressuscitado envia os seus a pregar o Evangelho em todos os tempos e lugares, para que a fé nele se estenda a todos os cantos da terra.

Na Palavra de Deus, aparece constantemente este dinamismo de «saída», que Deus quer provocar nos crentes. Abraão aceitou a chamada para partir rumo a uma nova terra (cf Gn 12,1-3). Moisés ouviu a chamada de Deus: «Vai; Eu te envio» (Ex 3,10), e fez sair o povo para a terra prometida (cf Ex 3,17). A Jeremias disse: «Irás aonde Eu te enviar» (Jr 1, 7). […] Todos somos chamados a esta nova «saída» missionária. Cada cristão e cada comunidade há-de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: a sair da própria comodidade e a ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho.

A alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária. Experimentam-na os setenta e dois discípulos, que voltam da missão cheios de alegria (cf Lc 10,17). Vive-a Jesus, que exulta de alegria no Espírito Santo […]. Esta alegria é um sinal de que o Evangelho foi anunciado e está a frutificar. Mas contém sempre a dinâmica do êxodo e do dom, de sair de si mesmo, de caminhar e de semear sempre de novo, sempre mais além. O Senhor diz: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim» (Mc 1,38). […] Fiel ao modelo do Mestre, é vital que hoje a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo.
Fonte: www.arautos.org

sexta-feira, 25 de abril de 2014

REFLEXÃO: 2º domingo de Páscoa: DOMINGO DA MISERICÓRDIA - 27 de abril de 214 - ano A



 A Comunidade
A Liturgia desse domingo, vivendo ainda a alegria pascal,
apresenta a NOVA COMUNIDADE (a Igreja),
que nasce da Cruz e Ressurreição
com a missão de revelar aos homens
a Vida Nova que brota da Ressurreição.

As leituras ilustram essa realidade...

A 1a Leitura descreve a Comunidade cristã de Jerusalém (At 2,42-47)

- É uma "Comunidade de irmãos", perseverantes:
   - no Ensino dos Apóstolos: à CATEQUESE
   - na Partilha dos Bens:        à CARIDADE.
   - nas Celebrações:                         à LITURGIA: - Orações no Templo e
                                                        - Eucaristia nas casas: "fração do pão".

- Uma Comunidade que dá testemunho,
  provocando admiração e simpatia do povo e atraindo novos membros.

* Essa comunidade ideal, descrita por Lucas, quer recordar
o essencial daquilo que toda comunidade deve ser:
um Modelo à Igreja de Jerusalém e às igrejas de todas as épocas:
Uma Comunidade de irmãos, reunida ao redor de Cristo, animada pelo Espírito, que tem a missão de testemunhar na história a Salvação.
- Em nossa comunidade, estão presentes hoje esses elementos?

A 2a Leitura começa com um pequeno hino, que bendiz o Pai
pela ressurreição de Jesus, que fez renascer a esperança.
Deus nos fez renascer pela Ressurreição de Jesus Cristo. (1Pd 1,3-9)

Salmo: "Porque eterna é a sua MISERICÓRDIA..." (Domingo da Misericórdia...)

O Evangelho nos apresenta a Comunidade dos Apóstolos.
Jesus vivo e ressuscitado é o CENTRO da Comunidade cristã.
Ao redor dele, a Comunidade se estrutura e
se anima a vencer o "medo" e a hostilidade do mundo. (Jo 20,19-31)

Os APÓSTOLOS estão trancados... apavorados... sem paz...
Refletem as adversidades enfrentadas após a crucifixão de Jesus e
na época em que o evangelho foi escrito. Mas Jesus infunde confiança.

CRISTO: rompe as barreiras e aparece no 1º dia da semana...
- Oferece: - A PAZ... o PERDÃO ... torna-os Mensageiros do perdão...
                - O ESPÍRITO SANTO: "Sopra": lembra o sopro criador de Deus...
- Envia em missão: "Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio..."
- Exige: FÉ: - Para Tomé que quer ver para crer:
     "Não sejas incrédulo, mas fiel... Felizes os que crêem sem terem visto..."

+ Portas Trancadas:
   Cristo abre as portas daquela Comunidade... e os envia ao Mundo...   
    A presença de Jesus ressuscitado é fonte de coragem e de paz...
    E o Espírito Santo dará a força para cumprir sua missão.  

+ A PAZ: Jesus oferece três vezes a Paz: "Shallon" (= Paz total).
   - Dá a Paz aos apóstolos e depois os envia como mensageiros da paz.
   - Essa Paz, muitas vezes, só é possível pelo caminho do PERDÃO...

+ Por isso, Cristo oferece o Sacramento do Perdão: CONFISSÃO:
    "Aqueles a quem perdoardes os pecados..."
    * Pecadores, uma vez perdoados, são enviados a perdoar em nome de Deus.
         à Você já fez a sua confissão Pascal nesse ano?

+ Tomé: afastado da Comunidade, quer provas, segurança: "Ver para crer..."

  - Jesus: comprova sua "Divina Misericórdia", cujo dia hoje celebramos:
              aceita o desafio e vai ao encontro do apóstolo incrédulo...  
          
  - Tomé, voltando à Comunidade, encontra o Cristo Ressuscitado e
     faz sua profissão de fé: "Meu Senhor e meu Deus".

   * É na COMUNIDADE que encontramos as provas que Jesus está vivo.
     Quem não participa da Comunidade não ouve a saudação de Paz,
     não prova a alegria da Páscoa do Senhor,
     nem recebe o dom do Espírito Santo.
     Quem não se encontra com a Comunidade
      não se encontra também com o Cristo Ressuscitado.

  - A Tomé e a todos nós, Cristo continua repetindo:
    "Felizes os que acreditam mesmo sem terem visto..."

+ Tudo acontece no 1º Dia da Semana: É uma alusão ao DOMINGO,
    dia em que a Comunidade é convocada a celebrar a Eucaristia:
    é no encontro com o amor fraterno, com o perdão dos irmãos,
    com a Palavra proclamada, com o Pão de Jesus partilhado,
    que se descobre Jesus Ressuscitado.

   - Cada Domingo deve ser uma pequena Páscoa...
     em que renovamos o nosso Batismo, a caminho da vida Plena...       

    * O "Nosso Domingo" é de fato "O Dia do Senhor?"

A Liturgia nos questiona:
- A nossa Comunidade é o local do nosso encontro com o Ressuscitado?
- Na Comunidade, somos unidos e perseverantes
   no estudo da Palavra de Deus, na partilha dos bens e nas celebrações?
- Vivemos a alegria, a fraternidade, o perdão, a paz,
   que o Cristo ressuscitado veio trazer,
   ou ainda trancados vivemos o clima de medo?

- Podemos, com sinceridade, dizer, que Jesus é nosso "Deus e Senhor"?
   
                                            Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 27.04.2014

Fonte: http://www.buscandonovasaguas.com/

santo do dia 25 de abril: São Marcos Evangelista

São Marcos Evangelista, fez um lindo trabalho missionário

São João Marcos Evangelista
Celebramos com muita alegria a vida de santidade de um dos quatro Evangelistas: São Marcos. Era judeu de origem e de uma família tão cristã que sempre acolheu aos primeiros cristãos em sua casa: “Ele se orientou e dirigiu-se para a casa de Maria, mãe de João, chamado Marcos; estava lá uma numerosíssima assembleia a orar” (Atos 12,12). A tradição nos leva a crer que na casa de São Marcos teria acontecido a Santa Ceia celebrada por Jesus, assim como dia de Pentecostes, onde “inaugurou” a Igreja Católica. Encontramos na Bíblia que o santo de hoje acompanhou inicialmente São Barnabé e São Paulo em viagens apostólicas, e depois São Pedro em Roma. São Marcos na Igreja primitiva fez um lindo trabalho missionário, que não teve fim diante da prisão e morte dos amigos São Pedro e São Paulo. Por isso, evangelizou no poder do Espírito Alexandria, Egito e Chipre, lugar onde fundou comunidades. Ficou conhecido principalmente por ter sido agraciado com o carisma da inspiração e vivência comunitária, que deram origem ao Evangelho querigmático de Jesus Cristo segundo Marcos.
São Marcos, rogai por nós!
Fonte: http://santo.cancaonova.com/

Mensagem do dia 25 de abril de 2014

"Em Deus está a minha salvação e a minha glória; a rocha da minha fortaleza, e o meu refúgio estão em Deus"

Domingo da Misericórdia, Santa Faustina e canonizações dos Papas

Em um de seus mais recentes artigos, dom Zeno Hastenteufel, bispo da diocese de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, faz uma reflexão sobre o próximo domingo, o segundo do Tempo Pascal, em que o evangelho simplesmente diz: "Oito dias depois, o Senhor apareceu de novo". Segundo o prelado, é o domingo da pascoela ou o domingo da divina misericórdia, em que o Senhor ressuscitado perdoa ao pobre Tomé, que se reconhece pecador, por não ter acreditado na ressurreição.
De acordo com o bispo, foi o Papa João Paulo II que instituiu este "Domingo da Divina Misericórdia", a partir das revelações feitas a Santa Faustina Kowalska. Dom Zeno explica que foi na véspera deste domingo que João Paulo II faleceu, no dia 2 de abril de 2005, e, agora, será neste domingo que ele e o Papa João XIII serão canonizados, em uma das maiores celebrações que já aconteceram na Praça de São Pedro.
O prelado ainda destaca que, por sua vez, foi o Papa João XXIII, eleito em outubro de 1958, que a 25 de janeiro de 1959 convocou o Concílio Vaticano II e pessoalmente abriu este grande acontecimento da Igreja a 11 de outubro de 1962. "Foi o Papa que teve a coragem de abrir portas e janelas (da Igreja) e deixou o Espírito Santo entrar, arejar, renovar e transformar a vida da Igreja", afirma.
Ele acrescenta que o Papa João Paulo II, eleito a 16 de outubro de 1978, que veio de longe, com a experiência de uma convivência terrível com o comunismo, trabalhou 27 anos na aplicação do Concílio e na publicação de livros indispensáveis, como o novo Código de Direito Canônico (1983) e o Catecismo da Igreja Católica (1992).
"E agora, neste domingo, o nosso Papa Francisco que está revolucionando a Igreja com o seu discurso direto e forte em favor de uma nova evangelização e pela vivência do Concílio Vaticano II, a partir de um maior despojamento e de uma busca missionária de todos aqueles que se afastaram da vivência cristã, vai canonizar estes dois grandes predecessores", ressalta.
Dom Zeno salienta que a Igreja do Papa Francisco quer ter um rosto alegre como o de São João XXIII e um coração misericordioso, inteiramente voltado para o Senhor, como o de São João Paulo II. Para o bispo, os novos santos apontam para a alegria e para a misericórdia, e só será capaz de imitá-los quem se atira de corpo e alma na vivência do Concílio e assumir o mandato do Senhor: "Ide ao mundo inteiro e fazei discípulos meus todos os povos" (Mt 28,19).
Por fim, o prelado enfatiza que a liturgia deste domingo nos apresenta o ideal dos primeiros cristãos: "Eles eram perseverantes no ensino dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações" (At 2,42). Já o evangelho, conforme o bispo, nos recorda a cena do Tomé, em que o Cristo ressuscitado aparece pela segunda vez, chama o Tomé, que ao se aproximar cai de joelhos e diz: "Meu Senhor e meu Deus". (FB)