quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Heróis católicos contra o holocausto

Família de dom Józef Michalik, presidente da Conferência Episcopal Polonesa, salvou muitos judeus durante a Segunda Guerra Mundial
Por Don Mariusz Frukacz
Fonte: Zenit.org - Os membros da família de dom Józef Michalik, atual presidente da Conferência Episcopal Polonesa, arriscaram a vida em defesa dos judeus do gueto de Zambrow, cidade natal do prelado.
O fato foi comprovado por documentos descobertos recentemente, de acordo com informações da Nasz Dziennik.
O “Livro da Memória dos Judeus em Zambrow”, publicado em Tel Aviv em 1963, descreve a história da comunidade local. Em quase 700 páginas, recopila os muitos testemunhos da história dos judeus em Zambrow e das relações entre judeus e poloneses. No século XX, os judeus em Zambrow eram quase 50% dos moradores da cidade, escreve o jornalista Sławomir Jagodzinski.
De acordo com os relatos dos próprios sobreviventes judeus, as condições de vida eram trágicas não só porque muitas famílias viviam amontoadas em recintos pequenos, mas também porque as pessoas padeciam terrivelmente a fome.
"Bastava oferecer um pedaço de pão de fora do gueto para ser ameaçado com a pena de morte. Isso valia tanto para os poloneses quanto para os judeus. Apesar daquelas punições terríveis e do risco de morte, Dominik e Wiktoria Michalik, pais do arcebispo Józef Michalik, ofereciam comida para os judeus do gueto local", relata, de Jerusalém, Paweł Rytel-Andrianik, que estudou a história do gueto de Zambrow.
Graças a essa ajuda, sobreviveram os judeus Hershel Smoliar, Eleazar Williamowski, os três irmãos Stupnikowie, Beinusz Cervo, Hanna Copermann, Moshe Lewinsky e Moshe Gierszonowicz, que foi salvo pela família de Wiktoria Michalik.

Caminho de Jesus em Israel: uma trilha que sai de Nazaré até Magdala no Lago Genezaré

Crônica de um peregrino brasileiro
Para sentir na carne, as imensas dificuldades que Jesus passou em sua vida pública itinerante, é preciso fazer a pé, o chamado Caminho de Jesus em Israel. É uma trilha que sai de Nazaré até Magdala no Lago Genezaré. São 52 km percorridos em três dias, passando por montanhas e vales, por bosques e parques, sentindo nos pés, a dureza das pedras brancas que enfeitam todo o caminho. É uma experiência única para melhor entender quem foi Jesus, como era seu ambiente na infância, adolescência e vida adulta e porque escolheu vir ao mundo em uma terra inóspita, cheia de dificuldades naturais, quase intransponíveis.
Um grupo de 18 pessoas, a maioria jovens, vindos do México, El Salvador, Brasil, Espanha, França, Israel e Itália, acompanhados por um dos criadores do Caminho de Jesus, Pe. Arturo Diaz LC, partiram de Nazareth, depois de orarem na Basílica da Anunciação, rumo a Magdala. Desde logo, sentiu-se uma sensação diferente, pois estávamos caminhando onde Jesus passou seus trinta primeiros anos. Imaginávamos seus brinquedos favoritos, vendo crianças árabes brincando pelas estreitas ruas de Nazareth, montanha acima. A primeira dificuldade foi superarmos em torno de 500 degraus de vielas até o alto da montanha, onde situa-se o Colégio Salesiano, Jesus Adolescente. Carregados de mochilas, os peregrinos puderam sentir na carne o quanto era difícil para Jesus percorrer tais caminhos, que na época, eram somente na montanha vazia e íngreme. Ali nos esperava ajuda vinda de um jumento, chamado Heidi, que nos acompanhou todo o tempo, carregando as mochilas mais pesadas.
Distante 6 km de Nazareth, passamos por Séforis, que na época de Jesus era a capital da Galileia. Presume-se que nesta cidade, São José e Jesus trabalhavam como carpinteiros, já que Nazaré era apenas uma aldeia em torno de 150 habitantes. Diariamente Jesus percorria 12 km para o trabalho, subindo e descendo montanhas pedregosas. De Séforis, passamos por Caná, onde Jesus realizou o primeiro milagre. Pernoitamos numa casa de família árabe católica. Ali, foi rezada uma missa e meditou-se sobre o milagre da transformação de água em vinho. Sempre andando por caminhos de terra e pedra, através de bosques e plantações de oliveiras, atravessamos o Vale de Esdrelon com paisagens deslumbrantes, vendo-se o Monte Tabor, Naim, o vale de Turan até chegarmos ao Kibutz Lavi, um dos mais prósperos da região, inclusive com um hotel moderníssimo. Ali pernoitamos e vimos como os judeus ortodoxos professam sua fé, pois era o Dia de Shabat, dia de sábado. Ali sentimos uma experiência religiosa única com pessoas da religião predominante aqui em Israel. Passamos ao lado dos chamados Cornos de Hatim, onde o persa muçulmano Saladino derrotou os cristãos em 1187, matando cerca de 22 mil cruzados. Depois desta batalha, Saladino conquistou facilmente Jerusalém.
A partir desse ponto, começamos o trajeto mais difícil. O caminho é totalmente pedregoso e árido, com pouca vegetação, ao descer para o Vale DE Wadi Haman (Vale das Pombas), através de desfiladeiros de montanhas escarpadas, onde correm córregos d’água, que nesta época do ano, estão quase secos. Na região, não chove há sete meses e por isso é possível realizar o caminho entre montanhas e vales. A seca inicia em março e vai até novembro. A trilha dos peregrinos desce pelos penhascos do Monte Arbel até chegar a Magdala, a terra natal de Maria Madalena e pode terminar em Cafarnaum. Diz o evangelho que Jesus, passados trinta anos, ao iniciar a vida pública, "deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, às margens do mar da Galileia" (Mt 4.13). Jesus levou consigo sua mãe, pois o pai adotivo, São José já havia morrido.
Ao final do trajeto que foi Magdala, o peregrino pode fazer um tour pelas descobertas arqueológicas da cidade, que foi destruída pelos romanos invasores, em 67 dC. Ali a principal descoberta foi uma sinagoga do primeiro século, mas pode-se observar também o mercado público, o local onde salgava-se o pescado para exportação, as casas de ricos e de pobres, os famosos mikbats, os seja locais de banhos de purificação, onde ainda hoje brota água natural, e inclusive o cais do porto. No local, está se concluindo uma igreja denominada de Santuário da Vida Pública de Jesus, às margens do Lago Genezaré.
Para quem desejar vivenciar esta experiência maravilhosa e emocionante, basta entrar em contato com o Pe. Arturo Diaz,adiaz.notredame@gmail.com Neste caminho tantas vezes trilhado por Jesus, o peregrino compreenderá melhor toda a mensagem evangélica e o chamado do Mestre que diz: "Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. (Mc 8.34-35). O seguimento a Jesus supõe sacrifício, renúncia, coragem, doação e oração.
Autor: Camilo Simon, jornalista,camilosimon@gmail.com

Fonte: Zenit.org 

Quando eu morrer

Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora.

Padre Marcelo Rossi


Na diversidade, a oportunidade de mais e melhores aprendizagens

Quando uma turma contém diferenças, ela é muito mais rica em oportunidades de aprendizagem. Aprender a conviver com a diferença e a saber resolver situações problemáticas que podem surgir prepara melhor os alunos para a vida.
Há dois anos, quando recebi pela primeira vez uma turma de 5.º ano com dois meninos autistas, fiquei em pânico. Não sabia as características deles nem como trabalhar com eles. No entanto, não foi um trabalho sem rede. Foi sempre feito em colaboração com as professoras da educação especial. Confesso que aprendi muito e hoje sinto-me mais completa como professora e como pessoa e completamente apaixonada pela turma, da qual já tive que me despedir, com grande tristeza.

Quando uma turma contém diferenças, ela é muito mais rica em oportunidades de aprendizagem. As diferenças podem ser variadas: diferentes níveis de conhecimento, diferentes nacionalidades (com a existência de imigrantes, por exemplo), diversas necessidades educativas especiais, entre as quais o autismo.

Aprender a conviver com a diferença e a saber resolver situações problemáticas que podem surgir prepara melhor os alunos para a vida. Vou dar alguns exemplos reais da vivência desta turma.

O primeiro mostra como, ao contrário do que, às vezes, se pensa, as aprendizagens académicas numa turma tão heterogénea podem ser mais ricas. Esta turma fez um resumo de uma história para passar para a linguagem SPC (a linguagem escrita usada pelos autistas), para ser lida pelos colegas autistas numa festa. O resumo, uma tarefa já de si complexa, torna-se mais difícil quando tem como objetivo escrever uma história para autistas, porque tem de respeitar as características de um resumo normal e também as características próprias da forma de compreender e comunicar dos autistas. A escolha das palavras torna-se mais importante. A construção das frases requer cuidados específicos. Além disso, é preciso pormo-nos no lugar dos meninos autistas e tentar pensar como eles.

Outros exemplos podem ser apontados. Todos os meninos da turma compreenderam, na prática, como a disciplina e a organização são mesmo importantes porque, se não as respeitassem, os seus colegas autistas ficavam muito nervosos. Aprenderam também a ser tolerantes e a perderem preconceitos. Por exemplo., um dos meninos autistas gostava muito de cumprimentar toda a gente com beijos e às vezes queria cumprimentar os rapazes dessa forma. Eles sabiam que deviam ensiná-lo a cumprimentar de outro modo, mas também eram capazes de aceitar esse cumprimento sem preconceitos.

Termino dizendo que em toda a minha já longa carreira, esta turma se destacou pela solidariedade e pela consistência de valores muito bem adquiridos. E isso traduziu-se também em ganhos académicos, porque havia uma grande interajuda. E quando um menino com mais facilidade numa disciplina ajuda outro que tem mais dificuldade, ambos aprendem, porque quando alguém procura uma maneira de tornar a matéria mais clara para um colega, acaba por a compreender ainda melhor.

Acrescento ainda que tenho a certeza de que todos os alunos não irão nunca esquecer a sua experiência nesta turma, da qual saíram, certamente, mais ricos. Devido à heterogeneidade da turma e à inclusão dos colegas autistas, tiveram a oportunidade de realizar aprendizagens académicas e sociais com um grau de complexidade maior, que, seguramente, contribuíram para abrir novas e diferentes perspetivas e para sedimentar conhecimentos e valores, que lhes darão uma melhor preparação para a realidade complexa do mundo de hoje.

Também eu não esquecerei estes dois anos em que as nossas vidas se cruzaram e em que, uma vez mais, a turma foi um grupo de pertença de alunos, famílias e professores, na qual aprender, ensinar, rir, chorar, ajudar, partilhar, sentir, viver, foram verbos que rimaram numa existência real e construída em conjunto.
Fonte: http://www.educare.pt

Uma pedagogia alternativa

A pedagogia Waldorf, introduzida em Portugal em 1984, aposta na liberdade de desenvolvimento das crianças, valorizando nos primeiros sete anos de vida o aspeto sensorial, em detrimento do intelectual.
Trabalhar a favor e não contra a tendência natural das crianças para serem ativas, valorizar as experiências sensoriais nos primeiros anos de vida e viver ao ritmo das estações do ano, são alguns dos princípios da pedagogia Waldorf, ainda pouco divulgada em Portugal.
De facto, apenas dois jardins de infância portugueses incluem atividades como modelar cera de abelhas, costurar panos coloridos, amassar e cozer pão, trabalhar com materiais naturais, como troncos de madeira, conchas e cortiça, ou tratar da horta e do jardim. Estas são atividades que, segundo a corrente pedagógica Waldorf, desenvolvem os sentidos das crianças, estimulam a imaginação, a vitalidade e a alegria de viver, apostando sempre numa maior ligação e respeito pela Natureza.
Ana Abreu, fundadora do Jardim de Infância S. Jorge, em Alfragide, onde se encontram crianças entre os 4 meses e os 6 anos, introduziu esta pedagogia alternativa em Portugal, em 1984. Segundo explica esta educadora, a abordagem que o método Waldorf faz nos primeiros anos de vida centra-se mais no desenvolvimento motor e sensorial da criança, deixando para segundo plano os aspetos intelectual e cognitivo.
"É muito importante que as crianças brinquem livremente e que expressem aquilo que elas realmente sentem, ou seja, não a partir das nossas agendas, mas a partir daquilo que elas necessitam desenvolver e criar".
A formação Waldorf inclui as vertentes científica, artística e estética. "A nossa prioridade é que a criança se revele como um ser único, e portanto aquilo que lhe damos enquanto ambiente educativo é para ela se desenvolver de acordo com a sua própria vontade, com o que sente que precisa. Isso não quer dizer, no entanto, que ela não tenha limites no seu processo de desenvolvimento", afirma.
Ana Abreu prefere usar o termo "processo de desenvolvimento" a "processo educativo", porque acredita que as crianças não se educam: "Há certos parâmetros que são comuns a todos nós, mas há outros que são completamente individuais, que não são educáveis, antes pelo contrário, são aquilo que cada criança traz. Um aspeto individual que é único e com o qual todos nós também aprendemos", explica a responsável.
Mais a sul, no concelho Lagos, a alemã Eva Herre fundou em 1992 o Jardim Infância Viva, em Barão de São João, que atualmente conta com 30 crianças.
Além da vertente artística, Eva Herre salienta também que a pedagogia Waldorf está muito enraizada no respeito e na admiração pelo Mundo, incutindo nas crianças a capacidade e a responsabilidade de intervir na preservação da Natureza. "Os pais que procuram o nosso jardim de infância desejam que os seus filhos tenham uma formação com mais liberdade e em harmonia com a Natureza, saudável para o corpo, a alma e o espírito."
Para a diretora do Jardim Infância Viva, o sistema Waldorf não é só uma pedagogia, é também um método e uma atitude que tem a ver com uma forma global de encarar o Mundo. "É importante dar tempo e espaço suficientes para uma aprendizagem sem competição e sem pressas. A pedagogia Waldorf é um movimento mundial com uma forte abordagem multicultural, que torna as crianças mais autónomas e responsáveis, com consciência étnica e respeito pela diversidade, procurando formas de se integrar e participar numa sociedade saudável", explica.
No Jardim Infância Viva, a alimentação é constituída por pratos vegetarianos e o ambiente é internacional, mas Eva assegura que o ensino tem como base a língua e a cultura portuguesas.
É precisamente nesta questão que se reflete a única preocupação relativamente a esta pedagogia manifestada por Teresa Vasconcelos, diretora do Departamento de Educação de Infância e Especializações Educativas da Escola Superior de Educação de Lisboa. "O modelo de Waldorf é interessante, nomeadamente porque é contracorrente e procura uma pedagogia alternativa, mesmo ao nível da alimentação. Mas, obviamente, não será indicada para todas as crianças, porque é necessário que as próprias famílias também se encontrem inseridas nessa lógica de pensamento, seguindo um estilo de vida alternativo, com menor consumismo e maior ligação à Natureza."
Teresa Vasconcelos entende também que na aplicação ao contexto português, a pedagogia de Waldorf deveria ultrapassar os aspetos específicos do país de onde é originária (Alemanha). Deveria ser "mais permeável à realidade portuguesa e às nossas tradições, fazendo uma maior aculturação ao contexto português", afirma a responsável.
Fundada por Rudolf Steiner em 1919, em Estugarda, na Alemanha, inicialmente através de uma escola para os filhos dos operários da fábrica de cigarros Waldorf-Astória, a pedagogia de Waldorf distinguiu-se desde o início por ideais e métodos pedagógicos até hoje considerados revolucionários.
Atualmente existem mais de 700 escolas em todo o Mundo que trabalham com a pedagogia de Waldorf, sendo que em Portugal apenas os dois jardins de infância referidos neste artigo e uma escola de educação especial, em Seia, recorrem a esta pedagogia.

Fonte:

Cyberbullying: fenómeno sem rosto

A tecnologia começa a ser usada para ameaçar, humilhar ou intimidar. Os técnicos defendem ações de sensibilização para esta nova realidade, que ainda é pouco abordada dentro de casa e da escola.
O termo é recente e ainda não entrou definitivamente no vocabulário português. Bullying como atos premeditados e repetidos de violência física ou psicológica, praticados para intimidar ou agredir alguém, começa lentamente a entrar nos ouvidos da opinião pública. Cyberbullying permanece na penumbra, num território que só é desvendado quando se pesquisa sobre a matéria ou quando essa prática bate à porta. No cyberbullying recorre-se à tecnologia para ameaçar, humilhar ou intimidar alguém através da multiplicidade de ferramentas da nova era digital. Redes sociais da Internet, sites de partilha de fotos, imagens de telemóvel, gravações MP3, têm servido para desvirtuar a realidade pondo em causa a intimidade e a reputação. Em Portugal, também há jovens que são vítimas de cyberbullying. Vivem aterrorizados que os colegas da escola descubram as mentiras fabricadas, têm medo de contar o que estão a viver. E, na maioria dos casos, o agressor esconde-se sob a capa do anonimato.

Os casos são reais e foram relatadas por quem recebeu os pedidos de ajuda ou recolhidos na comunicação social. Uma jovem de 16 anos com largas centenas de contactos no Hi5 foi, de repente, confrontada com constantes telefonemas. Veio a descobrir que as suas fotos se mantinham intactas, só que acompanhadas de mensagens descontextualizadas de cariz sexual. Os textos terminavam com o seu número de telemóvel. A jovem vivia aterrorizada que os colegas da escola descobrissem esse falso perfil, tratado por alguém que desconhecia, mas que tinha acesso ao seu contacto pessoal. Um fórum pornográfico foi utilizado por um aluno para fazer comentários insultuosos a uma professora. A docente viu a terra fugir-lhe debaixo dos pés. Vivia com medo que os seus alunos e colegas de profissão deparassem com as informações totalmente deturpadas sobre si. Outra jovem vítima de cyberbullying: o ex-namorado que não aceitava o fim da relação mudou-lhe a password de acesso ao Hi5, modificou todo o perfil da página, deturpou a orientação sexual, fez montagens das fotos, colocou o número de telefone de casa, enviou mensagens difamatórias a todos os contactos do seu e-mail.

"Se só agora Portugal começa a despertar para as questões do bullying, em relação ao cyberbullying está mais atrasado", adianta Tito de Morais, fundador do projeto MiudosSegurosNa.Net que promove a utilização segura e responsável das tecnologias da informação e comunicação por crianças e jovens. "Não há muito a noção de que as ações e interações que se verificam nos pátios e corredores das escolas estão também a configurar-se na Internet". Mas enquanto no mundo real é mais fácil identificar o agressor, no cyberbullying o caso muda de figura, o que dificulta todo o processo. "Quando colocamos uma fotografia na Internet, e em particular numa rede social, perdemos o controlo sobre essa fotografia. Qualquer pessoa pode fazer uma cópia", alerta.

Tito de Morais chama a atenção para um fator. "Muitas vezes, os pais têm dificuldade em diferenciar o que é uma brincadeira de mau gosto ou agressão do que é um comportamento de bullying. E há um elemento que pode ajudar: o bullying caracteriza-se por uma ação repetitiva". Na Internet, esta realidade tem um aspeto particular. Desde que uma imagem ou mensagem seja visionada por terceiros, o fator repetição é imediatamente assumido. "E a criança é vítima de troça, de humilhações, porque há outras crianças que viram." Para o especialista, os pais precisam de estar de olhos bem abertos para que "compreendam a utilização que os filhos fazem da Internet". "Normalmente, as crianças são vistas como vítimas e não como agressores, mas é importante ter a noção de que podem assumir estes dois papéis." Seja como for, as vítimas de cyberbullying "sofrem em silêncio". "Aconteça o que acontecer em resultado da utilização da Internet, os pais têm de deixar claro aos filhos que sempre que haja situações que os incomodem e que os deixem desconfortáveis, devem ir ter com eles". Este ambiente de confiança é fundamental.

A psicóloga Sílvia João, que estuda a área dos media e a relação das crianças com a imagem, salienta que o cyberbullying mexe com o sentimento de segurança e os níveis de ansiedade quando objetos pessoais, como o telemóvel ou o computador, são utilizados para ameaçar ou intimidar. Esta sensação de não controlo dos meios com que se lida diariamente pode ter sérias repercussões psicológicas e emocionais. "Há intrusão e violência interna do espaço íntimo", sublinha. Na sua opinião, o perigo surge quando não se desabafa com os pais e educadores, "quando o adolescente não consegue pedir ajuda". "São vítimas e não querem dizer aos pais" em idades em que estão "a aprender o que é a sua intimidade, em termos de sexualidade, ideologias, valores". E há aqui uma dualidade entre a "vontade de se afirmar e a culpabilidade". "É vítima mas pode não conseguir entender que tem de pedir ajuda."

"É um fenómeno sem rosto". E, por isso, torna-se complicado ir à origem, chegar ao agressor. Sílvia João defende que os adolescentes devem estar informados sobre o cyberbullying. "É necessário explicar-lhes o que é ser vítima de um fenómeno desta natureza." Em seu entender, devem ser feitas ações de prevenção e sensibilização "aproveitando o contexto de instituições formais" como, por exemplo, as escolas. E há ainda a intervenção, os pedidos de ajuda que podem ser feitos a vários especialistas da área da Psicologia, da Saúde Mental e das Ciências da Educação, entre outras. A psicóloga destaca ainda alguns cuidados que têm o seu significado. "Até aos seis anos, é importante proteger as crianças do contacto com as imagens da televisão e da Internet porque ainda não têm a noção da diferença entre a ficção e a realidade. Não têm o filtro para perceberem o que é perigoso e o que não é, o que a afeta e não afeta." Mais tarde, na adolescência, há a ânsia de procurar o fruto proibido. "Os adolescente começam a procurar o que não podiam ver." E fazem-no às escondidas dos mais velhos.

Medo do ridículo, de represálias
A psicóloga Margarida Gaspar de Matos garante que o assunto necessita de "muita atenção e estudo". "Os adolescentes, contrariamente à imagem por vezes divulgada, são comunicativos. Têm é muitas vezes dificuldade em falar com pessoas do seu universo relacional `real', em parte porque os adultos ouvem pouco e aconselham de mais, em parte porque há assuntos sensíveis que todos nós temos dificuldade em dizer a nós próprios, quanto mais aos outros", sublinha a docente da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa. "Assim, a net aparece como o terapeuta ou amigo sempre aceitante, sempre presente, sempre disponível, enfim o amigo ideal, o amigo quase impossível, ou pelos menos improvável." Só que há fatores que potenciam o cyberbullying. "Por trás deste anonimato, que permite a cada um forjar a imagem que quiser, é fácil alguém passar pelo amigo e confidente e desaparecer, passar por amigo e confidente e usar informações ou imagens privadas para perseguir, passar por amigo e confidente e depois ameaçar, ou até passar diretamente para a ameaça sem a fase da vinculação", refere. E acrescenta: "Os adolescentes vinculam-se e depois ficam num processo de luto ou de medo e sozinhos porque não sabem com quem falar. Por medo de represálias, por medo de serem repreendidos, por medo do ridículo." E há consequências. "O mau-estar pessoal e social associado a este fenómeno é considerável, chegando mesmo a ocasionar problemas de saúde física e mental e em casos extremos violência chegando ao suicídio", aponta.

A psicóloga adianta que o fenómeno do bullying em meio escolar tem vindo a diminuir desde 2002. "Penso que pela atenção que se tem dado ao assunto e pelas novas medidas em meio escolar." "O cyberbullying aparece como um sinal dos tempos. Cada vez mais os jovens e os menos jovens passam horas ao computador na conversa e a jogar ao faz de conta. E este facto tem já contornos de grande mudança no âmbito das relações interpessoais e práticas de lazer." A técnica analisa a mudança. "Este facto em si não é negativo e permite até o desenvolvimento de laços sociais em pessoas isoladas por motivos pessoais ou geográficos, por exemplo. O problema é quando a ligação à Internet se torna uma dependência que limita e estreita o âmbito da vida das pessoas ou quando no novo mundo social virtual alguns, menos atentos ou mais vulneráveis, se tornam vítimas incautas de processos persecutórios que agora nos aparecem no âmbito do cyberbullying", realça. Margarida Matos considera que é necessário dar atenção a esta nova realidade. "O fenómeno ainda não está muito bem estudado na sua dinâmica e amplitude. E o que é grave é que quem está mais em risco de ser seriamente afetado acumula em geral este risco com outros fatores de risco potencial: menor ligação à escola, menor ligação à família, grupo de pares mais consentâneo com estas práticas", refere.

Relação alunos e professores
O estudo "Violência na escola: vítimas, provocadores e outros", realizado em setembro de 2001, que analisou o comportamento dos jovens em idade escolar para compreender os estilos de vida e hábitos ligados à saúde e ao risco, deixou algumas pistas. "Da totalidade dos jovens, 25,7% (1751) revelaram estar envolvidos em comportamentos de violência na escola, ou como vítimas (alvos de provocação), ou como provocadores (agentes da provocação) ou duplamente envolvidos (simultaneamente vítimas e provocadores), mais do que duas vezes no período letivo", concluem Margarida Gaspar de Matos e Susana Fonseca Carvalhosa, as autoras da investigação feita no âmbito do Projeto Aventura Social e Saúde. A pesquisa foi feita junto de 6903 jovens do 6.º, 8.º e 10.º anos de escolaridade de escolas de todo o país, através de um questionário. Os dados revelam que "os rapazes envolvem-se mais em atos de violência na escola, quer como provocadores, quer como vítimas, quer com duplo envolvimento. Este envolvimento em atos de violência parece ter um pico aos 13 anos, embora os mais novos (11 anos) se envolvam mais, enquanto vítimas". As autoras concluem ainda que "os jovens que se envolvem em atos de violência referem mais frequentemente ver televisão quatro ou mais horas por dia".

O mesmo estudo analisa, por outro lado, a provocação e a relação dos alunos com os professores. Os jovens que consideravam que os professores não os encorajavam a expressar os seus pontos de vista estavam frequentemente mais envolvidos em comportamentos de provocação. Os que referiam que os docentes não os tratavam com justiça estavam mais envolvidos em comportamentos de provocação, como vítimas e provocadores. Os que responderam que os professores não os ajudavam quando era preciso, e que não se interessavam por eles como pessoas, envolviam-se mais como vítimas e provocadores e simultaneamente nos dois papéis.

Campanhas para entender sinais
A Associação Nacional de Professores (ANP) prepara-se para lançar uma linha de apoio a casos de bullying, onde se integrará o cyberbullying. João Grancho, presidente da ANP, adianta que neste momento estão a ser trabalhados protocolos de colaboração com entidades nacionais e internacionais para que esse número entre em funcionamento até ao final deste mês. O responsável revela ainda que esta ajuda pretende atuar a três níveis ao envolver professores, pais e alunos. "Este fenómeno deve ser visto de uma forma integrada e articulada", defende Grancho.

Entretanto, a Associação de Mulheres Contra a Violência iniciou no mês passado a campanha "Stop Bullying" em vários suportes mediáticos, lançando também uma linha de apoio através do 21 3802162. Paralelamente, está a ser distribuído material que aborda o tema do bullying direcionado para as escolas e pais. Os panfletos destacam alguns sinais do bullying, procedimentos de intervenção, mitos e realidades. Esses desdobráveis salientam que uma vítima de bullying pode não ter vontade de ir para a escola, isolar-se, começar a gaguejar, mostrar angústia, deixar de comer, tornar-se agressiva, ter pesadelos.

No mês passado, o Governo lançou o Projeto Dadus que pretende sensibilizar os alunos do 2.º e 3.º ciclos para os problemas relativos à proteção de dados e à privacidade na utilização das novas tecnologias. Chamar a atenção para o uso consciente das novas ferramentas digitais e desenvolver a consciência cívica dos jovens são também objetivos desta iniciativa.
Fonte: http://www.educare.pt/

Liturgia do dia: 31 de outubro de 2013

Quinta-feira, 31 de Outubro de 2013.
Santo do dia: Santo Afonso Rodríguez, religioso
Cor litúrgica: verde
Evangelho do dia: São Lucas 13, 31-35
Primeira leitura: Romanos 8, 31-39
Leitura da carta de São Paulo aos Romanos:

Irmãos: 31bSe Deus é por nós, quem será contra nós? 32Deus que não poupou seu próprio filho, mas o entregou por todos nós, como não nos daria tudo junto com ele? 33Quem acusará os escolhidos de Deus? Deus, que os declara justos? 34Quem condenará? Jesus Cristo, que morreu, mais ainda, que ressuscitou, e está, à direita de Deus, intercedendo por nós? 35Quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação? Angústia? Perseguição? Fome? Nudez? Perigo? Espada? 36Pois é assim que está escrito: 'Por tua causa somos entregues à morte, o dia todo; fomos tidos como ovelhas destinadas ao matadouro'. 37Mas, em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou! 38Tenho a certeza que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os poderes celestiais, nem o presente nem o futuro, nem as forças cósmicas, 39nem a altura, nem a profundeza, nem outra criatura qualquer será capaz de nos separar do amor de Deus por nós, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 108 (109)

- Agi a meu favor, ó Senhor Deus, por amor do vosso nome, libertai-me, pois, vossa lealdade é benfazeja! Necessitado e infeliz, eis o que sou, dentro de mim meu coração está ferido!

R: Salvai-me, Senhor, segundo a vossa bondade!

- Senhor, meu Deus, vinde ajudar-me e salvar-me, segundo vosso amor e compaixão. Para que nisso reconheçam vossa mão, e saibam que sois vós que o fizestes!

R: Salvai-me, Senhor, segundo a vossa bondade!

- Celebrarei o meu Senhor em alta voz, em meio à multidão hei de louvá-lo. Pois ele defende o indigente e o salva daqueles que condenam sua alma.

R: Salvai-me, Senhor, segundo a vossa bondade!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 13, 31-35

- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Bendito é o rei que vem em nome do Senhor! Glória a Deus nos altos céus e na terra paz aos homens! (Lc 19, 38; 2, 14)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:

31Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: 'Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar.' 32Jesus disse: 'Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho. 33Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém. 34Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas tu não quiseste! 35Eis que vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não me vereis mais, até que chegue o tempo em que vós mesmos direis: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.'

- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor

Fonte: www.arautos.org

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Não deixe para amanhã...

Os acontecimentos do passado podem ser lembrados, mas o tempo perdido nunca poderá ser recuperado.

Recupera-se a perda, mas não o tempo, portanto não perca seu tempo deixando para amanhã o que pode realizar hoje.

Padre Marcelo Rossi

 

SAUDADE SIM, TRISTEZA NÃO!

LEMA DA SEMANA:SAUDADE SIM, TRISTEZA NÃO!
Demos início a uma série de orações fundamentais para arrancar a tristeza da perda de nossos corações, pois o tema é SAUDADE SIM, TRISTEZA NÃO!
Amados ontem demos início a uma semana muito emocionante e tocante, pois estamos tratando de perdas. Toda perda de alguém que amamos causa dores em nossos corações e esta dor é fortemente potencializada quando trata-se de uma perda repentina. Algumas vezes pessoas partem desta vida de maneira abrupta, seja devido a um acidente, uma tragédia, ou até uma doença que acomete alguém de maneira irreversível. Quando a perda acontece repentinamente, além de uma dor profunda na nossa alma, ficamos com um sentimento de vazio no coração, uma interrogação em nossas mentes que parece jamais ter uma resposta, POR ISSO AMADOS, HOJE VAMOS FOCAR NOSSAS ORAÇÕES, NAQUELES QUE PERDERAM PESSOAS QUE AMAVAM DE MANEIRA REPENTINA, QUE JESUS AJUDE ESTAS PESSOAS A LEVAREM SEMPRE O SENTIMENTO DE “SAUDADE SIM, TRISTEZA NÃ O”!
Una-se a Rede Eletro-Cristo com Maria e VAMOS FOCAR NOSSAS ORAÇÕES, NAQUELES QUE PERDERAM PESSOAS QUE AMAVAM DE MANEIRA REPENTINA, QUE JESUS AJUDE ESTAS PESSOAS A LEVAREM SEMPRE O SENTIMENTO DE “SAUDADE SIM, TRISTEZA NÃO”!

Liturgia do dia 30 de outubro de 2013

Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013.
Santo do dia: Beato Ângelo de Acri, presbítero
Cor litúrgica: verde
Evangelho do dia: São Lucas 13, 22-30
Primeira leitura: Romanos 8, 26-30
Leitura da carta de São Paulo aos Romanos:

Irmãos: 26Também, o Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemido inefáveis. 27E aquele que penetra o íntimo dos corações sabe qual é a intençóo do Espírito. Pois é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos. 28Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados para a salvação, de acordo com o projeto de Deus. 29Pois aqueles que Deus contemplou com seu amor desde sempre, a esses ele predestinou a serem conformes à imagem de seu Filho, para que este seja o primogênito numa multidão de irmãos. 30E aqueles que Deus predestinou, também os chamou. E aos que chamou, também os tornou justos; e aos que tornou justos, também os glorificou.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 12 (13)

- Olhai, Senhor, meu Deus, e respondei-me! Não deixeis que se me apague a luz dos olhos e se fechem, pela morte, adormecidos! Que o inimigo não me diga: 'Eu triunfei!' Nem exulte o opressor por minha queda.

R: Senhor, eu confiei na vossa graça!
- Uma vez que confiei no vosso amor! Meu coração, por vosso auxílio, rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me fizestes!

R: Senhor, eu confiei na vossa graça!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 13, 22-30
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Pelo evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2, 14)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:

Naquele tempo: 22Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23Alguém lhe perguntou: 'Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?' Jesus respondeu: 24'Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. 25Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: `Senhor, abre-nos a porta!' Ele responderá: `Não sei de onde sois.' 26Então começareis a dizer: `Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!' 27Ele, porém, responderá: `Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!' 28Ali haverá choro e ranger de dentes,quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. 29Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos.'

- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor

Fonte: www.arautos.org

Liturgia do dia 30 de outubro de 2013

Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013.
Santo do dia: Beato Ângelo de Acri, presbítero
Cor litúrgica: verde
Evangelho do dia: São Lucas 13, 22-30
Primeira leitura: Romanos 8, 26-30
Leitura da carta de São Paulo aos Romanos:

Irmãos: 26Também, o Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemido inefáveis. 27E aquele que penetra o íntimo dos corações sabe qual é a intençóo do Espírito. Pois é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos. 28Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados para a salvação, de acordo com o projeto de Deus. 29Pois aqueles que Deus contemplou com seu amor desde sempre, a esses ele predestinou a serem conformes à imagem de seu Filho, para que este seja o primogênito numa multidão de irmãos. 30E aqueles que Deus predestinou, também os chamou. E aos que chamou, também os tornou justos; e aos que tornou justos, também os glorificou.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 12 (13)

- Olhai, Senhor, meu Deus, e respondei-me! Não deixeis que se me apague a luz dos olhos e se fechem, pela morte, adormecidos! Que o inimigo não me diga: 'Eu triunfei!' Nem exulte o opressor por minha queda.

R: Senhor, eu confiei na vossa graça!
- Uma vez que confiei no vosso amor! Meu coração, por vosso auxílio, rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me fizestes!

R: Senhor, eu confiei na vossa graça!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 13, 22-30
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Pelo evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2, 14)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:

Naquele tempo: 22Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23Alguém lhe perguntou: 'Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?' Jesus respondeu: 24'Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. 25Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: `Senhor, abre-nos a porta!' Ele responderá: `Não sei de onde sois.' 26Então começareis a dizer: `Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!' 27Ele, porém, responderá: `Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!' 28Ali haverá choro e ranger de dentes,quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. 29Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos.'

- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor

Fonte: www.arautos.org

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Liturgia do dia 29 de outubro de 2013

Terça-feira, 29 de Outubro de 2013.
Santo do dia: São Caetano Errico, presbítero
Cor litúrgica: verde
Evangelho do dia: São Lucas 13, 18-21
Primeira leitura: Romanos 8, 18-25
Leitura da carta de São Paulo aos Romanos:

Irmãos: 18Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós. 19De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus. 20Pois a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua livre vontade, mas por sua dependência daquele que a sujeitou; 21também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus. 22Com efeito, sabemos que toda a criação, até ao tempo presente, está gemendo como que em dores de parto. 23E não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito, estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o nosso corpo. 24Pois já fomos salvos, mas na esperança. Ora, o objeto da esperança não é aquilo que a gente está vendo; como pode alguém esperar o que já vê? 25Mas se esperamos o que não vemos, é porque o estamos aguardando mediante a perseverança.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 125 (126)

- Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar; encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios, de canções.

R: Maravilhas fez conosco o Senhor!

- Entre os gentios se dizia: 'Maravilhas fez com eles o Senhor!' Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!

R: Maravilhas fez conosco o Senhor!

- Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria.

R: Maravilhas fez conosco o Senhor!

- Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes!

R: Maravilhas fez conosco o Senhor!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 13, 18-21

- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11, 25)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:

Naquele tempo: 18Jesus dizia: 'A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore, e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos.' 20Jesus disse ainda: 'Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus? 21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.'

- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor

Fonte: www.arautos.org

Valores

O valor das coisas não está no tempo que elas duram e sim na intensidade com que acontecem.

Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

Padre Marcelo Rossi

 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Mais importante do que pedir

Mais importante do que pedir coisas a Deus é estar em Sua presença.
Quando caminhamos com Deus e nos submetemos à Sua vontade, temos todas as respostas e pedidos atendidos no seu devido tempo.
Ele nos dará paciência e sabedoria para esperar.

Liturgia do dia 28 de outubro de 2013

Segunda-feira, 28 de Outubro de 2013.
Santo do dia: São Simão e São Judas Tadeu, Apóstolos, São João Dat, presbítero e mártir
Cor litúrgica: vermelho
Evangelho do dia: São Lucas 6, 12-19
Primeira leitura: Efésios 2, 19-22
Leitura da carta de São Paulo aos Efésios:

Irmãos: 19Já não sois mais estrangeiros nem migrantes, mas concidadãos dos santos. Sois da família de Deus. 20Vós fostes integrados no edifício que tem como fundamento os apóstolos e os profetas, e o próprio Jesus Cristo como pedra principal. 21É nele que toda a construção se ajusta e se eleva para formar um templo santo no Senhor. 22E vós também sois integrados nesta construção, para vos tornardes morada de Deus pelo Espírito.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 18 (19A)
- Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia.

R: Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.

- Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.

R: Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 6, 12-19

- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos; vos louva, ó Senhor, o coro dos apóstolos!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:

12Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. 13Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: 14Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; 16Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor. 17Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. 18Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. 19A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos.

- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia: Concílio Vaticano II 
Constituição dogmática sobre a Igreja «Lumen gentium», §§ 24-25 (rev)
Uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sídon,  que acorrera para O ouvir.
Os bispos, enquanto sucessores dos Apóstolos, recebem do Senhor, a Quem foi dado todo o poder no céu e na terra, a missão de ensinar todos os povos e de pregar o Evangelho a toda a criatura, para que todos os homens se salvem pela fé, pelo baptismo e pelo cumprimento dos mandamentos (cf Mt 28,18; Mc 16,15-16; Act 26,17ss). Para realizar esta missão, Cristo Nosso Senhor prometeu o Espírito Santo aos Apóstolos e enviou-O do céu no dia de Pentecostes para que, com o seu poder, eles fossem testemunhas perante as nações, os povos e os reis, até aos confins da terra (cf Act 1,8; 2,1ss; 9,15). Este encargo que o Senhor confiou aos pastores do seu povo é um verdadeiro serviço, significativamente chamado «diaconia» ou ministério. […]

Entre os principais encargos dos bispos ocupa lugar preeminente a pregação do Evangelho; com efeito, os bispos são os arautos da fé que para Deus conduzem novos discípulos. Dotados da autoridade de Cristo, são doutores autênticos, que pregam ao povo a eles confiado a fé que se deve crer e aplicar na vida prática; ilustrando-a sob a luz do Espírito Santo e tirando do tesoiro da Revelação coisas novas e antigas (cf Mt 13,52), fazem-no frutificar e solicitamente afastam os erros que ameaçam o seu rebanho (cf 2Tim 4,1-4). Ensinando em comunhão com o Romano Pontífice, devem por todos ser venerados como testemunhas da verdade divina e católica. E os fiéis devem conformar-se ao parecer que o seu bispo emite em nome de Cristo sobre matéria de fé ou costumes, aderindo a ele com religioso acatamento.

Fonte: www.arautos.org

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

REFLEXÃO: 30º domingo tempo comum - ano C - 27.10.2013



 Fariseu ou Publicano?

No domingo passado, refletimos
sobre a necessidade da Oração perseverante:
Um apelo muito atual ao homem moderno,
tão ocupado e preocupado com tantas coisas,
que quase não sobra tempo para si mesmo.
E o tempo que sobra gasta na TV ou outras diversões.

Mas não basta rezar, precisa rezar bem...
- E qual é o espírito que deve animar a nossa oração
   para que seja agradável a Deus e proveitosa para nós?

As leituras da Liturgia de hoje nos dão uma resposta.

Na 1ª Leitura, Deus afirma que escuta as sua súplicas os HUMILDES:
"A oração do humilde penetra as nuvens..." (Eclo 35,15a-17.20-22a)

* A nossa oração só tem valor e é acolhida por Deus,
   quando parte de um coração pobre, humilde e justo
   e é solidária com todos os oprimidos e empobrecidos.

Na 2ª Leitura, Paulo, velho, preso, condenado à morte,
medita e reza sobre a sua VIDA... (1Tm 4,6-8.16-18)
"Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé..."

* É o testamento de alguém que está com a consciência do dever cumprido
   e aguarda com humildade e confiança  a recompensa de Deus.

No Evangelho, Jesus mostra a ORAÇÃO HUMILDE de um pecador,
que se apresenta diante de Deus de mãos vazias,
mas disposto a acolher o Dom de Deus. (Lc 18,9-14)

- Os destinatários da Parábola do Fariseu "santo" e do Publicano "pecador"                   
  são: "alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros".
- Os dois rezam no Templo: um espera a recompensa e o outro a misericórdia...
  O modo de rezar dos dois é bem diferente:
  O Fariseu pelo caminho do orgulho, o Publicano pelo caminho da humildade.

+ O FARISEU: na frente... "de pé"... reza satisfeito pelo que é e pelo que faz:
- Sua oração é longa: é uma arrogante exaltação de si.
  Agradece a Deus por não ser como os demais, nos quais só vê erros e pecados.
- É auto-suficiente: não precisa de Deus e despreza os irmãos.
  A sua Salvação não é dom de Deus, mas conquista de suas "boas obras".

+ O PUBLICANO: no fundo... de cabeça baixa... batendo no peito...
   Reconhece com humildade a soberania de Deus e a própria pequenez...
   Ele precisa de Deus e aceita a salvação que Deus lhe oferece.
  
   - Sua oração é breve: resume-se em pedir perdão:
     "Meu Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador..."

+ À primeira vista, daria a impressão que o fariseu era mau e o publicano bom. No entanto, o fariseu era "bom praticante" e o publicano praticava injustiças. Mas, quem se comportava bem foi condenado e o pecador voltou "justificado".
O fariseu ofereceu suas obras, o publicano sua miséria e seus pecados...

- E Jesus conclui:
  "Quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado".

A Parábola nos fala de DOIS TIPOS de Pessoas:


+ O Fariseu é modelo do homem "justo", cumpridor de todas as leis,
que leva uma vida impecável. Ninguém o pode acusar de ações contra Deus,
nem contra os irmãos. Está contente por não ser como os outros.
Vai à missa todos os domingos... Paga o dízimo... Confessa de vez em quando... Mas na confissão "não tem pecados". Só tem boas obras a declarar...
Na Oração, ao invés de louvar a Deus, louva-se a si mesmo...
Umas práticas religiosas bem observadas lhe dão a segurança da salvação.

   * CRISTO quer uma religião em espírito e verdade, com o mandamento do amor.
 E ele a reduz a umas obrigações, para estar em dia com Deus...

+ O Publicano é modelo do homem humilde, que se reconhece pecador.

Sente necessidade de Deus, confia nele e lhe oferece seu pobre coração abatido.

* Aceita com humildade os meios da Confissão, da Missa e da Comunhão.
   Não se considera melhor do que os outros... Nem os julga...

+ Os novos Fariseus...

O FARISAÍSMO é uma atitude religiosa que nos impede de ver-nos como somos
e deturpa nossa relação com Deus e com os irmãos.
Ninguém está isento da contaminação dessa perene soberba humana.

PUBLICANOS são todos aqueles que tomam consciência de seus erros
e pedem perdão.

+ Quais são os sentimentos que animam o nosso coração na oração?
   - Do Fariseu ou do Publicano?
   - Como pretendemos voltar para casa?

- Será que muitas vezes não imitamos a posição de suficiência do fariseu?
- Ao invés de escutar Deus e suas exigências,
  preferimos convidá-lo a que admire a boa pessoa que somos?
- Não seria melhor, nos colocar ao lado do publicano,
  reconhecendo com humildade nossa condição de pecadores,
  confiando na misericórdia de Deus.

Assim voltaremos para casa participando mais perfeitamente
de sua justiça e de sua santidade.

Com este espírito, continuemos a nossa oração,
para que ela seja realmente agradável a Deus e proveitosa para nós.

                                   Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 27-10-2013
 

Fonte: http://www.buscandonovasaguas.com/