Terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo
No Natal de 1953, comentando num artigo a célebre frase de São João
"A Luz brilhou nas trevas (1, 5), o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira assim
escreveu: "Foi com estas palavras que o Discípulo amado anunciou, para seu
tempo e para os séculos vindouros, o grande acontecimento que celebramos neste
mês. Fórmula sintética, sem dúvida, mas que exprime o conteúdo inexaurivelmente
rico, do grande fato: havia trevas por toda a parte, e na obscuridade dessas
trevas se acendeu a Luz. Qual a razão destas metáforas? Por que luz? Por que
trevas? Os comentadores são unânimes em afirmar que as trevas que cobriam a
terra quando o Salvador nasceu eram a idolatria dos gentios, o ceticismo dos
filósofos, a cegueira dos judeus, a dureza dos ricos, a rebeldia e o ócio dos
pobres, a crueldade dos soberanos, a ganância dos homens de negócio, a
injustiça das leis, a conformação defeituosa do Estado e da sociedade, a
sujeição do mundo inteiro à prepotência de Roma. Foi na mais profunda escuridão
dessas trevas que Jesus Cristo apareceu como uma luz. Qual a missão da luz?
Evidentemente, dissipar as trevas. De fato, aos poucos, foram elas cedendo. E,
na ordem das realidades visíveis, a vitória da luz consistiu na instauração da
Civilização Cristã que, ao tempo de sua integridade, foi, embora com as falhas
inerentes ao que é humano, autêntico Reino de Cristo na terra" (transcrito
de "Catolicismo", dezembro de 1953).
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