A Câmara dos Representantes do Parlamento da Irlanda rechaçou
hoje um projeto de lei a favor do aborto apresentado pelo Partido Socialista,
que pretendia legalizar esta prática anti-vida em caso de risco para a saúde da
mãe.
Conforme assinala a agência Efe, a decisão foi tomada após
dois dias de debate depois do qual se votou por impedir a norma.
Antes da votação, a autora do projeto, a deputada socialista
Clare Daly, insistiu aos legisladores a “não esperar outros seis meses” para
tratar este tema porque este atraso, disse, poderia “ter trágicas
consequências” para algumas mulheres como “aconteceu com Savita Halappanavar”.
O caso de Savita Halappanavar foi manipulado pelos promotores
do aborto que dizem que sua morte, ocorrida no dia 28 de outubro deste ano,
aconteceu porque no Hospital Universitário de Galway não quiseram fazer-lhe o
aborto.
Ela ingressou no Hospital Universitário de Galway em 20 de
outubro, afligida por fortes dores nas costas. Ao pouco tempo os médicos
indicaram-lhe que estava sofrendo um aborto espontâneo.
A mulher pediu que lhe fizessem um aborto, mas os médicos
indicaram-lhe que não realizariam esse procedimento até que o coração do bebê
deixasse de bater. Em 24 de outubro, a criança morreu e seu corpo foi retirado.
Quatro dias depois, a mãe faleceu vítima de septicemia.
O Life Institute divulgou a manobra orquestrada pelos
abortistas na Irlanda, ao planejar a difusão nos meios e a pressão política do
trágico final da jovem.
A porta-voz do Life Institute, Niamh Uí Bhriain, revelou que
tem em seu poder uma cópia de um correio eletrônico, na qual se evidencia que
os abortistas conheciam o caso antes que este chegasse aos meios de
comunicação, e “de forma muito desagradável (o) descreveram como uma ‘notícia
importante para os meios’”.
O correio, com data de 11 de novembro e remetido pela
organização abortista Irish Choice Network (ICN), assegura que “uma notícia
importante com relação ao aborto aparecerá nos meios de comunicação no início
desta semana”.
Por sua parte, MaterCare International assinalou que “com
exceção do caso de Savita Halappanavar que foi trágico e fora do comum, a
prática da medicina materna na Irlanda foi impecável nas décadas recentes.
Irlanda, junto com outros países onde o aborto não está permitido por lei, tem
uma das taxas de mortalidade materna mais baixas do mundo”.
Irlanda, indicaram, é “um dos lugares mais seguros no mundo
para que as mulheres deem à luz a seus filhos. Alterar dramaticamente estas
bem-sucedidas práticas médicas para atender aos buliçosos e ignorantes lobistas
seria um erro”.
Os médicos católicos afirmaram que as críticas feitas pelo
lobby abortista contra a Igreja ”junto com um esforço organizado pelos grupos
de pressão tratam de tirar proveito desta perda com o fim de mudar a
Constituição da Irlanda para que permita o aborto livre”.
A morte de Savita Halappanavar sublinharam, “é uma trágica
perda”, entretanto “não deve ser aproveitado pelos defensores do aborto a fim
de promover sua própria ideologia e agenda política”.
Os médicos católicos asseguraram que “se realmente desejamos
salvar as vidas das mulheres que morrem durante o parto, devemos respeitar seus
direitos como mães e brindar-lhes um cuidado compassivo e especializado”.
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