quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Bispos da Costa Rica defendem o sacramento do matrimônio



 
Os Bispos da Costa Rica realizaram uma declaração "pelo respeito ao matrimônio e à família", diante dos vários projetos de lei que pretendem alterar a definição natural do matrimônio na Assembleia Legislativa do país. No texto, enunciaram "algumas considerações orientadas à proteção da dignidade do matrimônio, fundamento da família e a promoção e defesa do bem comum da sociedade, da qual, esta instituição é parte constitutiva".
O documento foi dirigido especialmente à Presidente da República, aos membros do Congresso e, em geral, a todos os cidadãos da Costa Rica. Em sua declaração, os Bispos assinalaram dez pontos essenciais que resumem a posição oficial da Igreja diante do debate legislativo sobre o tema.
"Vemos no matrimônio, base essencial da família, um valor importantíssimo", afirmaram os prelados, "que deve ser defendido de toda ameaça que ponha em perigo sua solidez, sua natureza particular, propriedades essenciais e finalidades inegáveis". Por este motivo, os bispos anunciaram sua oposição às propostas de sua redefinição já que "a legalização destas, deforma a perceção dos valores morais fundamentais e menospreza a instituição matrimonial, como tal".
A Conferência Episcopal reiterou também o papel da família como "elemento natural e fundamental da sociedade" e pediu que o Estado se comprometa em sua defesa, já que "deve receber a máxima proteção, especialmente no momento de sua constituição, e durante todo o processo do cuidado e educação dos filhos". Esta missão é uma obrigação básica do Estado e involucra os aspetos jurídicos e legislativos.
Os bispos também esclareceram que a proteção da família não constitui um ato de discriminação para nenhum grupo social, já que o princípio de igualdade diante da lei não implica prescindir dos elementos diferenciadores de relevância jurídica. "A igualdade só é violada quando a desigualdade está desprovida de uma justificação objetiva e razoável", recordaram os prelados. O que se constituiria uma injustiça, afirmam, seria "sacrificar o bem comum e o direito da família com o fim de obter bens que podem e devem ser garantidos por vias que não prejudiquem a generalidade do corpo social".
Os bispos concluíram a declaração solicitando às diferentes autoridades que eventualmente devem analisar e submeter a aprovação dos diferentes projetos sobre o tema "a consagrar-se com sinceridade, retidão, com caridade e fortaleza à missão a vocês confiada pelo povo, a saber, legislar sobre a base dos princípios éticos e em benefício do bem comum". (EPC/GPE)

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