quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Bispo denuncia “guerra esquecida”, no Sudão

Fonte: http://www.gaudiumpress.org/

 O bispo de El Obeid, Sudão, Dom Macram Max Gassis, realizou um urgente chamado aos católicos do mundo sobre a grave crise humanitária padecida pelas comunidades dos Montes Nuba, que enfrentam as consequências da guerra interna e cuja situação não é conhecida pela comunidade internacional. "Nenhuma organização humanitária está presente nos Montes Nuba", expressou o prelado. "A Igreja é a única presença que dá esperança a estas pessoas".
O bispo expressou que a zona necessita de ajuda internacional, mas que lamenta que tenham ficado no esquecimento, por este motivo fez um chamado aos católicos: "Pelo menos recordem-se na oração dos fiéis nas missas de domingo!", exortou. A situação de guerra no setor é dramática: "No mês de novembro, que ainda não terminou, a aviação de Jartum lançou 330 bombas, que causaram 36 mortes, a maioria mulheres e crianças, e 22 feridos. Só neste mês 30 moradias foram destruídas e 92 cultivações", relatou. As ações militares afetaram também a Igreja: "Em outro dia foi bombardeada a igreja de Heban, que graças ao céus sofreu poucos danos".
Dom Gassis explicou à Fides que a Igreja local não conta com os recursos e pessoas suficientes para atender aos prejudicados pela violência. A Diocese conta "com nossas irmãs, quatro médicos e cirurgiões (dois norte-americanos, um alemão e um inglês). A única instalação médica na região é o hospital que eu fundei, que dos 80 pacientes para os quais foi construído, agora acolhe mais de 500". O bispo advertiu que as condições impedem adequar mais intalações: "Não podemos construir uma nova zona por que tivemos que repatriar aos trabalhadores quenianos e não temos cimento".
Os católicos fazem esforços notáveis para continuar sua ajuda apesar das sérias limitações. "Meus sacerdotes caminham pelos caminhos que conduzem desde os Montes Nuba até nossa estrutura que criamos no Sudão do Sul, em Yida, para levar suprimentos e medicamentos. Ele viaja durante oito horas para ir e outras oito para voltar, sob a ameaça de bombardeios sudaneses. Graças a valentia de um Irmã da Misericórdia australiana de origem italiana, continua aberta a escola de formação e de educação primária".
O prelado pediu ao governo do Sudão a abertura de rotas seguras por terra e ar para a chegada de alimentos e remédios para a povoação civil e realizou uma viagem por várias cidades da Europa e América do Norte em busca de ajudas materiais e apoio internacional para o fim da guerra na região. (EPC/GPE)
Com informações da Agência Fides.

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