segunda-feira, 15 de março de 2010

Quaresma é tempo de ‘vigor espiritual’, diz Papa

22 Fevereiro 2010 Postado em: Santa Sé
No Angelus do primeiro domingo de Quaresma...
A Quaresma é como um “lugar de retiro” que convida a voltar para si e “escutar a voz de Deus”. Foi o que disse Bento XVI neste primeiro domingo de Quaresma, ao saudar os fiéis presentes na Praça São Pedro para a oração do Angelus.
Em seu discurso introdutório à tradicional oração mariana de domingo, o Papa lembrou que o período quaresmal é “um tempo de penitência, de obras de caridade e de conversão”; “um tempo de vigor espiritual a ser vivido com Jesus, não com orgulho ou presunção, mas usando as armas da fé, que são a oração, o ouvir a Palavra de Deus e a penitência”.
Em sua reflexão, o Papa retomou o Evangelho deste domingo, no qual Jesus, após ter recebido o batismo de João, “Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do rio Jordão e, no Espírito, era conduzido pelo deserto”, onde foi tentado por quarenta dias pelo diabo.
As tentações – enfatizou o Santo Padre – “não foram um acidente de percurso, mas a consequência da escolha de Jesus de seguir na missão confiada pelo Pai, de viver até o fim sua realidade de Filho amado, que confia totalmente Nele”.
“Cristo veio ao mundo para nos libertar do pecado e do ambíguo fascínio de conceber nossa vida prescindindo a Deus”, explicou.
“Este exemplo vale para todos: melhora-se o mundo começando por si mesmo, mudando, com a graça de Deus, aquilo que não está bem na própria vida”, continuou.
“Esta nova vida” – acrescentou o Papa – “vemos em Jesus Cristo. Ele, que compreende nossa fraqueza humana porque, como nós, foi submetido à tentação, nos mostra que o homem vive de Deus”.
Diante das tentações do diabo, “Jesus contrapõe aos critérios humanos o único critério autêntico: a obediência, a conformidade com a vontade de Deus, que é o fundamento de nosso ser”.
“Também este é um ensinamento fundamental para nós: se portarmos na mente e no coração a Palavra de Deus, se esta adentra em nossa vida, se tivermos confiança em Deus, podemos refutar todo o tipo de trapaça do Tentador”, concluiu o Papa.
Fonte: bíbliacatólica.com.br

Evangelho deste domingo (Lucas 15, 1-3.11-32), 4º da Quaresma.

(ZENIT.org).- Apresentamos a meditação escrita por Dom Jesús Sanz Montes, OFM, arcebispo de Oviedo, administrador apostólico de Huesca e Jaca, sobre o Evangelho deste domingo (Lucas 15, 1-3.11-32), 4ºDomingo da Quaresma.

* * * Evangelho do domingo: a outra oportunidade * * *
Era uma cena complicada, que Jesus resolverá com uma parábola impressionante. Em volta dele aparecem os publicanos e pecadores, por um lado (o filho mais novo), e os fariseus e letrados por outro (o filho mais velho). Mas o protagonismo não recai nos filhos nem naqueles que os representam, mas no pai e em sua misericórdia.

A breve explicação da vida desenfreada do filho menor, a forma como ele cai em si e o resultado final da sua frívola fuga têm um término feliz. É surpreendente a atitude do pai no encontro com seu filho, descrita com intensidade nos verbos que desarmam os discursos do seu filho, indicando a tensão do coração misericordioso desse pai: “Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos”.

O erro que o conduziu à fuga rumo às miragens de uma falsa felicidade e de uma escravizante independência será transformado pelo pai em encontro de alegria inesperada e desmerecida. A última palavra dita por esse pai sobressai a todas as penúltimas ditas pelo filho, é o triunfo da misericórdia, da graça e da verdade.

Triste é a atitude do outro filho, cumpridor, sem escândalos, mas ressentido e vazio. Se ele não pecou como seu irmão, não foi por amor ao pai, mas por amor a si mesmo. Quando a fidelidade não produz felicidade, não se é fiel por amor, mas por interesse ou por medo. Ele havia permanecido com seu pai, mas sem ser filho, colocando um preço ao seu gesto. Pôde ter mais do que exigia sua mesquinha fidelidade, mas seus olhos lerdos e seu coração duro foram incapazes de ver e de se alegrar. “Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu”, disse-lhe o pai. Tendo tudo, ele se queixava da falta de um cabrito.

Quem vive calculando, não consegue entender, nem sequer consegue ver o que lhe é oferecido gratuitamente, em uma quantidade e qualidade infinitamente maiores que sua atitude tacanha pode esperar.

A trama desta parábola é a trama da nossa possibilidade de ser perdoados. Como disse Péguy, Deus, com esta parábola, foi aonde nunca antes se havia atrevido, acompanhando-nos com esta palavra muito além do que nos acompanha com outras palavras também suas. O sacramento da Penitência, que recebemos especialmente nestes dias quaresmais, é o abraço desse Pai que, vendo-nos em todas as nossas distâncias, aproxima-se de nós, nos abraça, nos beija e nos convida à festa do seu perdão, com uma misericórdia sem fim.

Fonte: http//: www.bíbliacatólica.com.br

Fracassam as tentativas de envolver o Papa nos escândalos de abusos sexuais

Postado em: Santa Sé
Constata o director da Sala de Imprensa da Santa Sé:
Fracassam as tentativas de envolver o Papa nos escândalos de abusos sexuaisCIDADE DO VATICANO, domingo, 14 de março de 2010 (ZENIT.org).-
Fracassaram as tentativas de vários de meios de comunicação, especialmente na Alemanha, de envolver Bento XVI nos casos de sacerdotes pederastas, constata o porta-voz vaticano.
O padre Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, analisou nos microfones da Rádio Vaticano as últimas notícias que se difundiram sobre casos de abusos sexuais atribuídos a sacerdotes.
“É evidente que nos últimos dias alguns buscaram – com certo obsessão, em Ratisbona e Munique – elementos para envolver pessoalmente o Santo Padre nas questões dos abusos. Para todo observador objetivo fica claro que estes esforços fracassaram”, disse o sacerdote.
Em particular, como ele mesmo recorda, tentou-se lançar a culpa no cardeal Joseph Ratzinger de ter reintroduzido no ministério, quando era arcebispo de Munique, em 1980, um sacerdote que posteriormente foi culpado de abusos sexuais.
O padre Lombardi cita o “amplo e detalhado comunicado” da arquidiocese de Munique em que se mostra como o Papa não tem nenhuma responsabilidade no caso. O cardeal Ratzinger limitou-se a acolher em sua diocese esse sacerdote para que pudesse ser submetido a um tratamento terapêutico, mas não aceitou sua reintegração pastoral.
De fato, o porta-voz explica que o cardeal Ratzinger, sendo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, estabeleceu e aplicou as rígidas normas que a Igreja Católica assumiu como resposta aos casos de abuso que se descobriram nos últimos anos.
“Sua linha foi sempre a do rigor e a coerência na hora de enfrentar as situações mais difíceis”, explica o padre Lombardi.
O jesuíta afirma que as normas da Igreja de forma alguma “buscaram ou favoreceram qualquer tipo de cobertura para tais delitos, e mais, deram fundamento para uma intensa atividade para enfrentar, julgar e punir adequadamente estes delitos no contexto do direito eclesiástico”.
Por este motivo, o padre Lombardi conclui: “apesar da tempestade, a Igreja vê bem o caminho que deve seguir, sob a guia segura e rigorosa do Santo Padre”.
E deseja: “como já dissemos, esperamos que esta tribulação possa ser ao final uma ajuda para a sociedade em seu conjunto para assumir melhor a proteção e a formação da infância e da juventude”.

sexta-feira, 12 de março de 2010

ESPANHÓIS CONTRA ABORTO

Quase um milhão de espanhóis marcharam contra lei do aborto e pelo direito à Vida
9 março 2010
MADRI,
Quase um milhão de espanhóis saíram este domingo às ruas das diversas cidades do país para defender o direito do não nascido e para exigir ao governo socialista de Rodríguez Zapatero a derrogação da “Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva e da Interrupção Voluntária da Gravidez”, a lei do aborto aprovada pelo Senado e finalmente assinada pelo Rei Juan Carlos.
302 Associações pró-vida convocaram a imponente “Marcha Internacional pela Vida 2010″ celebrada simultaneamente na maior parte das capitais de províncias da Espanha.
A mais importante das manifestações teve lugar sem dúvida em Madrid, onde mais de 600.000 pessoas, muitas delas famílias inteiras, marcharam entre a Plaza Cibeles e a Porta do Sol com camisetas vermelhas, globos e cartazes. O ato em Madrid concluiu com a leitura, pela jornalista Sonsoles Calavera, do manifesto que exige a derrogação da nova Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva e Interrupção Voluntária da Gravidez.
Outras 10.000 pessoas se concentram em Castilla e León, em um clima pacífico e familiar, para protestar contra a recente aprovação na Espanha da lei do aborto mais permissiva da Europa. A mobilização mais numerosa da província teve lugar em Burgos, onde se reuniram 5.000 pessoas, seguida de Soria, com 1.500.
Em Sevilha, ao sul do país, mais de 7,000 manifestantes convocados por todas as irmandades e confrarias de Sevilha se concentraram este domingo em Sevilha para a “III Marcha pela Vida” local, para defender os direitos da mulher grávida e dos não-nascidos e exigir a derrogação da “Lei Orgânica de Saúde Sexual e Reprodutiva e da Interrupção Voluntária da Gravidez”.
Outras 5.000 partiram nas principais cidades da Galícia (La Coruña, Vigo, Pontevedra e Ferrol), enquanto que Barcelona foi cenário da concentração para reivindicar a defesa do direito à vida das crianças não nascidas e rechaçar a nova Lei do aborto.
Mais de 3.000 pessoas encheram a praça Bonanova e seus arredores em Barcelona levando numerosos cartazes, pôsteres e globos; enquanto no estrado se alternavam várias intervenções e atuações dirigidas às crianças.
Tania Fernández, da plataforma “Direito a Viver”, recordou em Barcelona que em 8 de março é o Dia Internacional da Mulher e destacou que o aborto é também “violência contra as mulheres grávidas e as meninas que representam mais da metade de abortos que se produzem”.

FONTE: Bíblia Catolica News

quarta-feira, 10 de março de 2010

CONFERÊNCIAS QUARESMAIS II

28 de Fevereiro
2º Tema: A Vocação sacerdotal – chamamento de Deus/contexto familiar / Social.
Orador: Padre Álvaro Alves dos Santos


Diferentes linguagens sobre o sacerdote
As linguagens variam conforme o sujeito que as constrói no horizonte dos seus interesses. A igreja tem uma linguagem própria sobre o sacerdócio.
Bento XVI cita o próprio Cura d´Ars. Para ele, o sacerdote «é o maior tesouro que o bom Deus pode conceder a uma paróquia e um dos dons mais preciosos da misericórdia divina» em outro momento, o santo exclama: «Oh, como é grande o padre! (…) se lhe fosse dado compreender-se a si mesmo, morreria. (…) Deus obedece-lhe: ele pronuncia duas palavras e, à sua voz, Nosso Senhor desce do céu e encerra-se numa pequena hóstia.

Profissão e vocação
Atravessa o ministério presbiteral a tensão inevitável. Tem duas faces: vocacional e profissional. Profissão e vocação ressoam diferentemente, embora se entrecruzam. A vocação se opõe antes do lado do carisma, da inspiração, enquanto a profissão cultiva o ofício, o encargo.

Conceituação de profissão
Na origem da palavra estão dois étimos: pró+fateor. Fateor significa declarar, confessar. Pró denota fazê-lo de alguém, pessoa ou instituição. Ao exercer uma profissão, declaramos diante da sociedade a nossa habilidade para determinado exercício. A profissão busca principalmente o reconhecimento social.
Vocação
No coração da palavra «vocação» se esconde o étimo «voc», de vox do latim. Em português significa voz. Que voz está na origem da vocação.
A psicologia ouve-a como realização pessoal. Movem-se o gosto, o prazer, a felicidade que a vocação promete até a paixão. Seguem-se atitudes de entrega, dedicação, empenho, à custa mesmo de sacrifícios.

O problema da escolha vocacional
No que se refere às profissões, a sociedade impõe regras. Algumas severas. Controla-se o seu exercício, exigindo cursos, diplomas, inscrições em órgãos do Estado. A vocação como tal, escapa de tais sujeições. Ela brota do coração. Mas, no momento em que se assume aspectos profissionais, cai sob as mesmas obrigações.
No caso da vocação sacerdotal, temos claramente dois momentos. O candidato, com base no discernimento espiritual, chega à convicção de que tem vocação. Sente-se chamado por Deus para tal missão eclesiástica. Nesse momento, interfere Igreja institucional para aceitá-lo ou não. E ela impõe condições para a realização de tal vocação.
Houve uma grande participação nos debates com cerca de 12 intervenções da assembleia.
Na próxima quinta-feira, o Pe. José Álvaro Borja apresentará o tema: As dimensões da formação sacerdotal – Humana, Espiritual, Intelectual, Pastoral. Convidamos de modo especial os jovens e adolescentes a participarem no encontro.

In Água Viva – Folha Semanal Inter-Paroquial – Praia, Cabo Verde, 28 de Fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

CONFERÊNCIAS QUARESMAIS

18 de Fevereiro
1º Tema: Quem é o Padre? Sua identidade e missão na Igreja.
Orador:Padre António Ferreira, Pe. Ima
O Padre António Ferreira, Pe. Ima, disse na sua apresentação que:
O Padre é um Pai: ao baptizar gera novos filhos para a Igreja. Sustenta os filhos com a Palavra e a Eucaristia educa-os, ensinando-lhes a amar a todos, na Igreja e no mundo como numa família. O Padre é o distribuidor de graças de Deus e Pai de todos. Faz tudo para que nada falte aos seus filhos.
O Padre é um Presbítero. O significado da palavra «presbí tero» é ancião, isto é, pessoa experiente, que conhece os sonhos dos homens, suas fraquezas, as durezas do seu caminho, os perigos que corre. Aquele homem experiente, aquele presbítero adivinha a as necessidades de cada um. E diz-lhe: «Vem por aqui. Do outro lado não tens saída. És uma pessoa, és digno.»
O Padre é um sacerdote: existem sacerdotes em todas as culturas. A sua função é trazer Deus para o meio dos homens e levar os homens para Deus. Jesus Cristo é Deus no meio de nós. Deus já veio ter connosco. E como é que vamos ter com Deus? Seguindo Jesus Cristo, cumprindo a vontade do Pai como ele cumpriu. No nosso caminho para Deus, o sacerdote torna Jesus presente na Eucaristia, nosso sustento mais forte, nossa comunhão com os irmãos, nossa força para a missão.
O Serviço do Padre: O Padre ensina, como profeta, celebra e santifica como sacerdote; governa para que a Igreja seja uma organização de comunhão, para que seja um povo, não um aglomerado de pessoas. A Identidade do Padre é relacional, é estar em comunhão com o Bispo, de quem é o cooperador, com os colegas padres e com o povo de Deus.
Houve uma grande participação nos debates com 16 intervenções da Assembleia.
Na próxima quinta-feira, o Pe. Álvaro Alves dos Santos apresentará o tema: A Vocação sacerdotal – chamamento de Deus/contexto familiar / Social.
Convidamos de modo especial os jovens e adolescentes a participarem no encontro.

In Água Viva – Folha Semanal Inter-Paroquial – Praia, Cabo Verde, 21 de Fevereiro de 2010